Dissertações de Mestrado 2018 – ALEXANDRE MAGNO ALVES DE OLIVEIRA

Resumo

Atualmente é crescente o interesse do setor da construção por alternativas ao cimento Portland. Um dos principais motivadores dessa busca é a elevada emissão de CO2 durante a fabricação do clínquer, principal composto desse cimento. Os geopolímeros se apresentam como uma dessas alternativas. Esses materiais são o resultado da ativação de uma matéria-prima (precursor) silicosa ou silicoaluminosa por uma solução altamente alcalina, cujo resultado possui propriedades aglomerantes. Entretanto, segundo estudos, para que o potencial ecológico do geopolímero seja factível, este precisaria ser conformado na ausência de silicato alcalino, um material caro e que em sua fabricação emite mais CO2 que o próprio cimento Portland. O desenvolvimento de geopolímeros livres de silicatos alcalinos e que possuam propriedades próximas às do cimento Portland surge como uma forma de contribuir para o desenvolvimento de novos materiais de construção, bem como para a produção de ligantes com baixa emissão de CO2. Assim, este trabalho se concentrou na análise física, química e mecânica de argamassas geopoliméricas, ativadas por soluções isentas de silicatos alcalinos. A matéria-prima utilizada foi o metacaulim comercial (fonte de aluminossilicato) e as soluções alcalinas foram à base de hidróxidos (NaOH, KOH e NaOH + KOH). Realizou-se um estudo inicial com 20 diferentes composições, avaliando-se a resposta (trabalhabilidade, eflorescência e resistência à compressão) das argamassas frente à variação da relação ativador/precursor e da composição da solução ativadora. As composições com as maiores resistências à compressão foram submetidas a análises químicas por difração de raios X, termogravimetria e análise térmica diferencial. Ao fim, elegeu-se uma composição para ser submetida à novas condições de ensaio, avaliando-se a resistência à compressão ao alterar-se as condições de cura e materiais. Além disso, a composição selecionada foi submetida aos ensaios classificatórios da NBR 13281 (ABNT, 2005), e os resultados foram comparados aos de argamassas industrializadas disponíveis no mercado. Ao final do estudo foi possível atestar a viabilidade tecnológica da argamassa geopolimérica, e compreender melhor o efeito do uso dos hidróxidos alcalinos de forma singular e também de forma conjunta.

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