Análise de vidros silicatos é tema de pesquisa premiada

O campista Vinicius Rodrigues Gomes, 24 anos, foi premiado no XI CONFICT apesar de ter iniciado na Iniciação Científica há relativamente pouco tempo. Aluno de escola pública, ele concluiu o ensino médio no Instituto Federal Fluminense (IFF). Durante sua vida de estudante conheceu pessoas que já tinham ingressado na universidade e o incentivaram a cursar engenharia metalúrgica na UENF.

“Os estudantes do Laboratório de Materiais Avançados (LAMAV) têm uma boa comunicação e divulgam as oportunidades com todos do curso. Foi em uma dessas divulgações que a Iniciação Científica apareceu pra mim. Foi o maior desafio da minha vida, já que era uma coisa completamente nova. Mas fazer algo com minhas próprias mãos e descobrir coisas novas é tão gratificante que compensa todo o esforço. Fazer pesquisa é muito gratificante”, declarou o estudante.

Vinícius conta que a sua trajetória na UENF não seria a mesma sem a IC e que o aprendizado, as conquistas, pequenas e grandes, as amizades, muita coisa valeu a pena nesse caminho. “Espero, no futuro, poder exercer minha função de engenheiro. Usar a experiência que a pesquisa me trouxe para o ambiente de trabalho. Esta conquista foi muito importante para mim e para minha orientadora, afinal foi uma recompensa para dois anos de trabalho duro”, afirma Vinícius.


Conheça a pesquisa

A pesquisa que premiou o estudante no XI CONFICT fala sobre o “Desenvolvimento de vidros silicatos com resíduo de beneficiamento de rochas ornamentais”, e é desenvolvida no Laboratório de Materiais Avançados (LAMAV), do Centro de Ciência e Tecnologia (CCT), com a orientação da pós-doutoranda Michelle Pereira Babisk. O objetivo é fabricar vidros com resíduos de rocha ornamental.

“Fazemos vidros como os de garrafa e os de refratários de forno, mas usamos os resíduos do corte de rochas ornamentais como quartzito, granito e mármore como matérias primas. Descobrimos, comparando com vidros comerciais de garrafa e de Pyrex, que os resíduos servem para fazer esses tipos de vidro”, relata o estudante.

Vinicius ressalta ainda que o foco da pesquisa é achar uma forma sustentável de destinar resíduos de corte de rochas ornamentais como granitos, mármores e quartzitos coletados em Cachoeiro de Itapemirim no Espírito Santo. O estudante salienta que na composição dos resíduos há substancias que são usadas para a fabricação do vidro.

“Fizemos uma investigação grande e constatamos que 30% da rocha ornamental se transforma em resíduo no corte, então é importante que se pesquisem alternativas para a destinação desses resíduos a fim de diminuir o impacto ambiental que eles causam. Os vidros feitos com resíduos de granito, mármore e quartzito não ficaram atrás dos vidros comerciais, as propriedades foram bem similares”, conclui.

Por Jane Ribeiro

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