Anomalias do desenvolvimento dentário em cães é destaque no XI CONFICT

Iasmin

Desafios e perseverança – esses foram os caminhos encontrados pela estudante Iasmin Flor Lourenço Gonçalves, 24 anos, para ingressar na UENF. Bolsista de uma escola particular em Campos, Iasmin vislumbrou a universidade durante a preparação para o ENEN, através do Pré Vest Uenf. Segundo ela, um degrau muito importante para o ingresso no curso dos sonhos.

“Em 2014 eu larguei meu emprego de vendedora e me dediquei durante um ano para o vestibular. Todos os dias eu estudava pela manhã e à tarde em casa, e à noite ia para o pré vestibular na UENF. Mas para isso era preciso pegar dois ônibus para ir e dois para voltar. Era muito cansativo, chegava em casa às 23h todos os dias. Mas a recompensa veio em 2015, quando fui classificada no ENEM e ingressei no curso de Medicina Veterinária”, explica a estudante.

Iasmin conta que a partir daí um novo mundo se abriu para ela que logo começou a fazer parte da Iniciação Científica, onde ela está tendo a oportunidade de conhecer como a universidade pública produz ciência e como os estudantes podem fazer parte desse mundo.

“Desde que entrei na UENF fui muito bem orientada pela professora Ana Bárbara Freitas Rodrigues Godinho e esse universo tem me encantado a ponto de eu nunca mais querer sair daqui. Quero continuar produzindo Ciência e contribuir de alguma forma com a sociedade, principalmente, para meus futuros pacientes”, concluiu.


Conheça a pesquisa

A pesquisa que deu a Iasmin Flor o reconhecimento no XI CONFICT, com orientação da professora Ana Bárbara Freitas Rodrigues Godinho, consiste em investigar ocorrências de anomalias do desenvolvimento dentário nos sincrânios de cães pertencentes ao acervo da Seção de Anatomia do Laboratório de Morfologia e Patologia Animal. Esses defeitos ocorrem durante a fase embrionária devido a algum problema ocorrido durante a gestação ou por fatores relacionados à raça do cão, que geralmente tem 42 dentes; devido a esses problemas, alguns nascem com um ou dois dentes a mais, configurando a anomalia que se chama dente supranumerário.

Ela explica que após a identificação, o prognóstico é levado para análise na Seção de Anatomia Animal do Laboratório de Morfologia e Patologia Animal, no Hospital Veterinário da UENF, no Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias (CCTA). No laboratório é possível uma avaliação mais precisa, quanto a sua forma e tamanho, através de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV); assim é possível olhar melhor o aspecto dos constituintes do dente.

“Também fazemos outro tipo de análise: a Espectroscopia de Energia Dispersiva (EDS), que tem por objetivo determinar a quantidade de mineral existente em cada porção do dente, em vários pontos. O resultado dessas duas avaliações colabora para a identificação da anomalia existente no dente examinado. Essa pesquisa visa ajudar o médico veterinário na clinica a identificar acometimento do dente e fazer a correção necessária para evitar o desenvolvimento de doença periodontal, preservando a função mastigatória do paciente e sua saúde sistêmica”, informou a estudante.

 

Por Jane Ribeiro

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