Dissertações de Mestrado 2007 – MAIKON CAETANO RAMOS PESSANHA

Resumo

A utilização de tubulações de plástico reforçado por fibras de vidro (PRFV) em plataformas offshore teve início com a proeminente necessidade de materiais mais leves e resistentes à corrosão. Tais tubulações são utilizadas tanto em plataformas de perfuração quanto de produção de petróleo, além de sistemas de tratamento de efluentes. As juntas em tubulações de PRFV podem ser coladas, laminadas ou ainda mecânicas. Tem-se notícia de que no Brasil estas tubulações trabalham a temperaturas de 85ºC com transientes térmicos de até 115ºC. Em plataformas offshore na Bacia de Campos foram encontradas, nas tubulações de PRFV, as seguintes falhas: delaminação, blooming, rupturas de juntas coladas e defeitos de suportação. Frente aos inúmeros tipos de falhas encontradas nas juntas coladas de tubulações de PRFV, este trabalho buscou inicialmente caracterizar adesivos e tubos utilizados nestes tipos de juntas por meio de identificação química, degradação térmica e desempenho termomecânico. Além disso, como a grande freqüência de falha neste sistema tem sido nas juntas tubo-adesivo, pretendeu-se também avaliar o comportamento do adesivo por meio de ensaios de tração direta e o comportamento da junta colada por meio de ensaios hidrostáticos. Para tanto foi desenvolvido um equipamento de ensaios hidrostáticos que simulasse as condições encontradas in loco, ou seja, pressões e temperaturas de até 85ºC, visto que não existe na literatura estudo deste tipo. Desta forma, no presente trabalho foi verificado que a introdução da temperatura indicou queda de desempenho mecânico em algumas juntas coladas, sendo que estas ainda apresentaram deformações excessivas mesmo antes de atingirem a ruptura. Além disso, deve-se destacar que a utilização da ASTM D 1599 (2005) para qualificar juntas coladas para aplicação no Brasil não é eficaz, visto que estas tubulações trabalham a temperaturas da ordem de 85ºC e a referida norma não considera este parâmetro.

 

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