05/08/13

Informativo da UENF

Campos dos Goytacazes, segunda-feira, 05 de agosto de 2013 – Nº 3.170

Superando barreiras

Deficiente visual desde os três anos de idade, Hugo Antônio ingressou este ano no curso de Zootecnia da UENF

Hugo Antônio

Quem vê o rapaz moreno, de chapéu e óculos escuros andando pelo campus da UENF não imagina que ele será o primeiro zootecnista deficiente visual do Brasil.

— Não sei no mundo, mas no Brasil eu sou o primeiro — conta Hugo Pereira Antônio, de 19 anos, que ingressou no curso de Zootecnia da UENF este ano.

Natural de Rio Claro e criado em Angra dos Reis, Hugo conta que a perda da visão veio como sequela de um câncer que teve aos três anos de idade. Até chegar a Universidade, ele teve que percorrer um longo caminho, permeado de dificuldades.

— Quando eu tinha cinco anos, via todo mundo indo pra escola e queria estudar também. Foi aí que entrei numa escola de ensino regular, só que enquanto as outras crianças estavam aprendendo a ler e a escrever eu estava brincando de massinha. Não gostava daquilo, queria escrever também. Então minha mãe correu atrás dos serviços da Prefeitura de Angra e instalaram um centro de atendimento a deficientes visuais no município, e foi lá que me alfabetizei — conta.

Durante a vida escolar, Hugo tirava boas notas e contava sempre com um  “leitor” para ajudá-lo nas tarefas. Ele explica que nunca foi de estudar muito, por isso preferia ter alguém que lesse para ele e também o explicasse os conteúdos.

— Se eu pudesse voltar, faria o ensino médio todo de novo, pois algumas coisas passaram despercebidas nessa época e agora, na faculdade, estou vendo o quanto são importantes.  Quando fiz o Enem na primeira vez não estudei nada, fui com a coragem — diz.

Antes de ingressar na UENF, Hugo passou para o Instituto Federal da Bahia, mas não quis ficar por lá. Logo depois passou para a UENF e, mesmo não conhecendo a Universidade, resolveu matricular-se. Segundo Hugo, a prova do Enem foi feita com a ajuda de pessoas que liam as questões para ele. Hoje, o futuro zootecnista mora na cidade de Campos sozinho e diz que o apoio da Universidade tem sido muito importante. Além de receber bolsa, ele conta com a ajuda  dos colegas, que o ajudam na locomoção dentro do campus.

Ele conta que, na escolha do curso, o que pesou foi o fato de gostar muito de animais, mas não ter vontade de se formar em Veterinária.

— Eu não queria ver os bichos doentes, queria era cuidar deles. Quando era pequeno, tive cavalos, cachorros, sempre gostei muito, e quis arrumar um jeito de transformar a diversão em uma profissão — conta Hugo.

A deficiência não  é um empecilho para que Hugo tenha uma vida normal — ele cuida da casa sozinho, adora artes plásticas,  tem curso de informática e ainda é formado em um curso de massoterapia. Para fazer tudo isso, ele conta com a ajuda da mãe, sua maior apoiadora.

—Minha mãe sempre me apoiou em tudo que quis fazer. Por exemplo, quando eu tinha dez anos, queria aprender a andar de bicicleta; me ralei todo, mas aprendi. Depois resolvi aprender a andar a cavalo. Quando fui para a Bahia, ela largou tudo pra ir comigp. Hoje moro em Campos sozinho. Minha mãe me soltou tanto e olha aí no que deu — diz.

Letícia Barroso

 Seminário tem extensão como tema

SeminarioFoi realizado na última quarta-feira, 31/07, o I Seminário de Extensão Universitária do Centro de Ciências do Homem (CCH) da UENF. Sob a coordenação da professora Maria Clareth, o seminário contou com a participação de aproximadamente 120 pessoas, entre bolsistas dos cursos de Administração Pública, Pedagogia, Ciências Sociais do CCH e também de outros centros como Biologia, Matemática, Agronomia, Engenharia de Produção, Medicina Veterinária e Ciência da Comunicação. Também estiveram presentes estudantes do Ensino Médio de São João da Barra além de bolsistas da Universidade Aberta e dos cursos de Pós-graduação do CCH.

Na apresentação, o pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários da UENF, Paulo Nagipe, fez uma breve explanação sobre o papel da extensão no campo universitário, apresentando alguns projetos. O assessor da PROEX, Alcimar Chagas, por sua vez, sugeriu discussões mais aprofundadas sobre extensão universitária. Durante o evento, também aconteceu uma apresentação de Jongo e a exposição de 23 projetos do CCH.

—  Algumas questões foram apontadas no debate, dentre elas: como fazer extensão de qualidade com um número tão reduzido de bolsistas? E, por fim, considerando a relevância da discussão proposta neste I Seminário, os participantes sugeriram dar continuidade ao debate numa Mesa Redonda na V Mostra de Extensão que será realizada em outubro  — disse a professora Maria Clareth.

Escola de Cachoeiro do Itapemirim visita a UENF

ESCOLA CAHOEIROA UENF recebeu na última semana a visita de alunos do 3° ano do ensino médio da Escola Estadual Agostinho Simonato, de Cachoeiro do Itapemirim, Espírito Santo, dentro do projeto “Aprenda mais conhecendo a UENF”. A visita teve início no Espaço da Ciência, onde os alunos puderam conhecer um pouco mais sobre a fauna regional. A explanação foi feita pelo coordenador do Espaço da Ciência, professor Ronaldo Novelli.

Logo após os alunos seguiram para a Unidade de Apoio à Pesquisa, onde são desenvolvidas pesquisas do Laboratório de Reprodução e Melhoramento Genético Animal (LRMGA) da Universidade.  No local, eles foram recebidos pelo professor Ângelo Jose Burla Dias, que explicou rapidamente aos alunos como funcionam as pesquisas nesta área.

O aluno Mateus Cortezini, de 18 anos, disse que a visita à UENF foi muito proveitosa para a sua futura vida universitária.

— Primeiro fomos em um lugar onde existem muitos bichos, o que eu adoro. Segundo que eu nunca tinha vindo à UENF, nem sabia da sua existência, e é bom saber que existe uma instituição desse tamanho por perto — disse o estudante, acrescentando que pretende pesquisar mais sobre os cursos da universidade.

A professora responsável, Rosa Maria Estefanato, que leciona História,  ressaltou que o projeto é muito importante para que os alunos conheçam um ambiente universitário.

— Nossa cidade é pequena, não há uma universidade com essa estrutura para mostramos aos alunos. Então para eles está sendo ótimo fazer esta visita, principalmente para ampliar os conhecimentos. Os alunos ficam muito perdidos quando saem do ensino médio. Pensam logo em trabalhar, muitos nem cogitam em entrar para uma universidade  — afirmou.

Após a visita à UAP, os alunos seguiram até a Casa Ecológica, onde aprenderam mais sobre energias renováveis e receberam um panorama geral dos cursos da universidade, encerrando a visita. O projeto “Aprenda mais conhecendo a UENF” é desenvolvido pela Gerência de Comunicação (ASCOM), juntamente com a Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PROEX). As visitas são organizadas pelos bolsistas Universidade Aberta Daniella Costantini (relações públicas) e Álvaro Sardinha (publicitário) e podem ser agendadas pelo email conhecendoauenf@gmail.com ou pelo telefone (22) 2739-7119.

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