18/11/11

Campos dos Goytacazes (RJ), 18 de novembro de 2011.  Nº 3.008

MEC: UENF novamente entre as 15 melhores

Vista aérea da UENF: modelo institucional sucessivamente reconhecido
A avaliação do MEC destaca a UENF nas quatro edições do IGC

Pelo quarto ano consecutivo, a UENF figura entre as 15 universidades de melhor avaliação no Brasil segundo o Índice Geral de Cursos (IGC) elaborado pelo Ministério da Educação (MEC). De acordo com os dados divulgados pelo MEC no fim da tarde desta quinta, 17/11/11, a UENF tem o 15º melhor IGC contínuo do Brasil e o segundo do Estado do Rio. O melhor índice entre as universidades brasileiras é o da Unicamp, que nos anos anteriores não tinha se submetido à avaliação.

No total, 218 universidades públicas, privadas ou institutos federais figuram na relação do MEC  na categoria ‘universidades’. A UENF é a terceira melhor estadual da lista, logo atrás das paulistas Unicamp e Unesp.

O IGC de uma instituição é resultado da média ponderada dos conceitos obtidos pelos cursos de graduação e pós-graduação. O MEC acaba de atualizar a avaliação dos cursos de graduação ligados às Ciências Agrárias. Os três cursos da UENF avaliados – Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia – foram aprovados com conceito 4, numa escala de 1 a 5.

O chamado ‘Conceito Preliminar de Curso’ (CPC) do MEC é construído com base em dois parâmetros: notas dos alunos no Enade e avaliações in loco, feitas por especialistas, quanto às condições de ensino, em especial corpo docente, instalações físicas e organização didático-pedagógica.

Confira as avaliações das instituições de todo o Brasil (fonte: MEC)

Confira as avaliações de cursos de todo o Brasil (fonte: MEC)

O Índice Geral de Cursos (IGC) é um indicador relativamente novo do Ministério da Educação. Nas quatro edições do IGC já elaboradas a UENF se mantém entre as 15 melhores universidades do Brasil.

A UENF também figura entre as 100 melhores universidades da América Latina segundo a classificação proposta pela agência britânica QS(Quacquarelli Symonds). A lista, divulgada em outubro, levou em conta critérios associados à reputação acadêmica, qualidade do ensino, produção científica e empregabilidade dos ex-alunos, entre outros.

Emborê: pesquisas vão permitir gestão sustentável do aquífero

O engenheiro Ricardo Portella, da Petrobras, durante sua explanação

Dentro de aproximadamente um ano estará concluído o estudo sobre o maior aquífero do Estado do Rio de Janeiro, o Emborê, fornecendo assim conhecimentos necessários para a gestão sustentável  de seus recursos. A informação foi dada pelo professor Gérson Cardoso da Silva Junior(UFRJ), coordenador do projeto, ao participar da abertura do II Workshop do Projeto Emborê, no Centro de Convenções da UENF.

O projeto Avaliação hidrogeológica da formação Emborê na porção emersa da Bacia Sedimentar de Campos integra a Rede Temática denominada “Gerenciamento de Água no Segmento de Produção de Petróleo”, financiada pela Petrobras. Os estudos vêm sendo feitos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pela UENF, com a colaboração da Universidade Federal Fluminense (UFF) e do Departamento de Recursos Minerais (DRM).

— A escassez de dados hidrogeológicos na região e a necessidade de obter conhecimentos mais aprofundados sobre as reservas subterrâneas de água determinaram a criação do projeto. Com isso saberemos quais as áreas de maior potencial hidrogeológico, quais delas necessitam de proteção ambiental e ainda teremos orientação quanto aos diferentes tipos de uso para o aquífero — disse.

O reitor da UENF, Silvério de Paiva Freitas, foi representado na cerimônia de abertura pelo pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários da UENF, professor Paulo Nagipe. Também fizeram parte da mesa de abertura o engenheiro Ricardo Portella (Cenpes-Petrobras),  o geólogo Anderson Marqus (DRM) e o professor Adalberto da Silva (UFF).

Em sua explanação, Ricardo Portella disse que já foram investidos R$ 48 milhões dos R$ 64 milhões previstos para pesquisas no âmbito da Rede Temática “Gerenciamento de Água no Segmento de Produção de Petróleo”.  Além da UENF e da UFRJ, a Rede abrange a PUC-RJ, UFRRJ, Unicamp e as Universidades Federais do Rio Grande do Norte,Sergipe e Ceará.

Confira a programação do II Workshop do Projeto Emborê.

Raio-X da caça ilegal

Tese na UENF mapeia perfil de caçadores e lista espécies mais atingidas no RJ

Daniela e Carlos Ruiz

Utilizando técnicas de rastreamento semelhantes às dos caçadores, a pesquisadora Daniela Teodoro Sampaio, da UENF, conseguiu traçar o perfil dos indivíduos que se dedicam à caça ilegal na região das Baixadas Litorâneas do Estado do Rio. Eles possuem emprego, baixa escolaridade e capturam principalmente animais de sete espécies: tatu (Dasypus novemcinctus; D. septemcintus), paca (Agouti paca), capivara (Hydrochaeris), cateto (Tayassu tajacu), cotia (Dasyprocta sp.), teiú (Tupinambis sp.) e jacupemba (Penelope superciliaris). Espécies como veado (Mazama spp.) e anta (Tapirus terrestris) já não são vistos na região.

O estudo foi realizado em três áreas da Mata Atlântica com fisionomias semelhantes, mas diferentes padrões de proteção: a Reserva Biológica Poço das Antas (RBPA), perto de Casimiro de Abreu; a Reserva Biológica União (RBUN), próximo a Rocha Leão (distrito de Rio das Ostras); e a fazenda particular Rio Vermelho (FRV), em Rio Bonito. Daniela se tornou doutora em Ecologia e Recursos Naturais em 31/10, após apresentar tese orientada pelo professor Carlos Ramon Ruiz-Miranda, do Laboratório de Ciências Ambientais da UENF. O trabalho tem como título “A caça ilegal de animais silvestres na Mata Atlântica, baixada litorânea do Estado do Rio de Janeiro, Brasil: eficiência de proteção de reservas biológicas e triangulação do perfil da caça”.

As espécies mais comercializadas são paca, tatu, capivara, cateto e preá, sendo os compradores identificados como pessoas de maior poder aquisitivo, que podem ser representadas por apreciadores do sabor da carne ou por proprietários de bares e restaurantes da região.

Armadilha de caça

Metodologia – Segundo Daniela, o estudo foi desenvolvido através de levantamento de evidências de caça deixadas por caçadores ou o encontro com eles dentro das florestas pelo método de rastreamento. Além disso, foram utilizados o Modelo Linear Generalizado, para identificar a importância dos acessos que facilitam a entrada de caçadores às matas e, também, a triangulação de dados e triangulação de métodos em pesquisa para descrever o perfil da caça.

– Seguimos sinais como armadilhas, trabucos, disparos e encontramos caçadores nas matas, cevas e jiraus, além de cachorros de caça, galhos e arbustos cortados com facão na mata, pegadas, acampamentos de caçadores e outras evidências – explica a pesquisadora.

Apesar da detecção da caça nos três fragmentos estudados, Daniela conta que as reservas biológicas foram, como seria de se esperar, mais efetivas na proteção contra a caça do que a fazenda particular na proteção aos animais. A solução para minimizar a prática estaria em providências como o aumento do número de fiscais, mais rigor nas punições, ações integradas entre diferentes organismos ambientais, ações policiais de inteligência e educação ambiental, mais e melhores empregos para os atuais caçadores.

A escola na Universidade

Professores se atualizam na UENF para dinamizar aulas de ciências

Professores de escolas públicas se capacitam em atividade prática na UENF
Professores de escolas públicas se atualizam em teoria e prática na UENF

Vinte professores do ensino básico público e doze estudantes concluem neste sábado, 19/11, na UENF, o curso de “Educação continuada Atualização em Ciências – Ênfase em Biologia Celular e Ensino Inclusivo”. Com atividades teóricas e práticas, o grupo se reúne todo sábado, desde 08/10, em programação coordenada pelo pesquisador Renato Augusto DaMatta, do Laboratório de Biologia Celular e Tecidual (LBCT) da UENF.

Gustavo Glória Viana, um dos participantes do curso, é professor da Escola Estadual Silvio Bastos Tavares, onde coordena o laboratório de Biologia e de Ciências ali instalado por projeto Faperj coordenado por Renato DaMatta. Cerca de 150 alunos se beneficiam do laboratório, mas o número poderia ser maior se mais professores utilizassem a estrutura.

– Dá para sentir a diferença. Esta semana mesmo tivemos uma experiência muito interessante com uma aluna durante uma observação de fungos, protozoários, células vegetais e animais – conta Gustavo, que é formado em Ciências Biológicas (licenciatura e bacharelado) e mestre em Produção Vegetal, além de atuar também na rede municipal de Campos.

Já Ana Cristina Ladeira foi aprovada em concurso e brevemente vai começar a atuar na Escola Municipal Lions I, no bairro de Santa Rosa, em Guarus, Campos. Ana reconhece as dificuldades do ensino básico na rede pública, mas diz que “culpar os governos é muito fácil”.

– Estou gostando muito. A parte teórica é muito boa, e a prática abre nossa visão para atuar em sala de aula – diz a professora, que é zootecnista, licenciada em Ciências Biológicas e em Química e mestre em Produção Animal.

O curso vem sendo ministrado por Fernando Costa e Silva-Filho (UFRJ/UENF), João Cláudio Damasceno de Sá (CEDERJ-UENF), Nadir Francisca Sant’Anna (UENF) e Renato Augusto DaMatta (UENF, coordenador).

– Claro que queremos promover a atualização desses professores. Mas também temos um objetivo muito forte de despertá-los para a utilização dos laboratórios didáticos disponíveis nas próprias escolas, que na maioria das vezes ficam subutilizados – explica DaMatta.

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