18/12/12

Informativo da UENF

Campos dos Goytacazes (RJ), terça, 18 de dezembro de 2012 – Nº 3.117

Prêmio Celso Furtado: pesquisa da UENF recebe 2º lugar

Marcela Pessoa

“Nós somos o Vale. Nós valemos. Mais pelo que somos, menos pelo que temos.” É com essa frase de Gonzaga Medeiros que a mestre em Políticas Sociais pela UENF Marcela Pessôa começa sua dissertação de mestrado, ‘Caminhos do Jequitinhonha:  Análise do Projeto de Combate à Pobreza Rural  como política pública para o desenvolvimento socioeconômico do  Vale do Jequitinhonha-MG’. Orientado pelo professor Marlon Ney, do Laboratório de Estudo do Espaço Antrópico (LEEA) do Centro de Ciências do Homem (CCH) da UENF, o trabalho ganhou o 2º lugar no Prêmio Celso Furtado de Desenvolvimento Regional, na categoria Mestrado.

Marcela, que atualmente é doutoranda do Programa de Sociologia Política da Universidade, disse que ganhar o prêmio foi uma grande surpresa.

— Quando eu soube da premiação fiquei muito feliz, não só pelo prêmio em si, mas por se interessarem pelo meu tema. Além disso, Celso Furtado é muito admirado por mim, o que me deixou mais feliz ainda — disse a estudante, que em sua pesquisa abordou os aspectos positivos e negativos do Projeto de Combate à Pobreza Rural (PCPR) como política pública para o desenvolvimento socioeconômico do Vale do Jequitinhonha-MG e também o surgimento do Instituto de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e do Norte de Minas (Idene).

Não é a primeira vez, porém, que Marcela recebe um prêmio pelo seu trabalho. O primeiro foi o de Melhor Apresentação Oral pelo Centro de Ciências do Homem (CCH) no 13º Encontro de Iniciação Científica e 8ª Mostra de Pós-Graduação da UENF, realizado em 2008. O segundo ocorreu em 2011, também por Melhor Apresentação Oral do CCH na VIII Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, XI Mostra de Pós-Graduação e III Mostra de Extensão – IFF/UENF/UFF.

Apesar de todas essas conquistas, a trajetória da estudante até chegar ao doutorado não foi nada fácil. Vinda da cidade de Araçuaí, no Noroeste de Minas Gerais, Marcela nunca se imaginou em Campos, principalmente na UENF.

— Tudo começou quando meu pai decidiu que eu tinha que fazer ensino superior. Então eu vim para Campos morar com uma tia, porém não sabia ainda onde ia estudar. Foi aí que minha tia falou da UENF. Posso dizer que a minha vida acadêmica está diretamente ligada a esta Universidade — disse.

Após ingressar no curso de Ciências Sociais, a estudante decidiu seguir a área ambiental do curso. Mas, três meses antes da apresentação, decidiu trocar o tema e abordar algo relacionado a sua terra natal.

— Um dia encontrei uns trabalhadores rurais na rodoviária e falei com uma amiga:  ‘aposto que eles são de Araçuari’, e eram. Foi então que eu resolvi dar voz ao povo de lá, que vinha para Campos trabalhar na cana-de-açúcar — contou a estudante.

E assim, depois de falar sobre os migrantes do interior de Minas Gerais para Campos, Marcela continuou seus estudos sobre o nordeste de Minas Gerais em sua dissertação de mestrado. Ela conta que, para dar prosseguimento à pesquisa, passou por muita dificuldade. Com poucos recursos, muitas vezes viajou de carona em caminhões e teve que dormir na casa de pessoas humildes para poder continuar o trabalho.

— Mas valeu a pena. Em tudo na vida, o que importa é fazer o que a gente gosta, por paixão — diz.

‘Carta do Rio’ defende democratização do ensino superior

Dez anos depois do primeiro vestibular com mecanismos de ações afirmativas para a UENF e a Uerj, duas das instituições pioneiras no país em sistemas de cotas raciais ou sociais, um grupo de pesquisadores, gestores e ativistas reunidos no Seminário “Dez anos de ações afirmativas – conquistas e desafios” lança o documento “Carta do Rio”.  O documento lista 12 medidas que considera necessárias para dar sequência à agenda de democratização do ensino superior no Brasil.

O seminário foi organizado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso, organismo internacional intergovernamental e autônomo, presente em 17 países) com apoio da Fundação Ford e do Laboratório de Políticas Públicas da Uerj, tendo ocorrido nos dias 21 e 22/11/12, na Uerj.

Afirmando-se comprometidos com o sucesso acadêmico das instituições, grupos e pessoas beneficiadas, os mais de 100 signatários defendem que o país deve considerar a proposta de amplo acesso às universidades como “expressão da garantia do direito à educação”.

– As ações afirmativas são um importante caminho, e os desafios que apresentam devem ser compreendidos como parte do processo de transformação da instituição universitária e de democratização da sociedade brasileira – proclama a Carta do Rio, no primeiro de seus 12 itens.

Confira a íntegra da Carta do Rio.

Transferências e reingresso: resultado

A UENF divulga o resultado dos editais de transferência, reingresso e isenção de vestibular que preveem ingresso dos candidatos selecionados no primeiro semestre letivo de 2013, incluindo o edital específico da área de Ciências Biológicas.

Confira os resultados:

Resultado do edital de Transferências internas e externas

Resultado do edital de Reingresso e isenção de vestibular

Edital específico de transferências internas nas Ciências Biológicas

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