Internacionalização: 13 universidades querem cooperação com UENF

Pelo menos 13 universidades, sediadas em dez países da Europa ou da América do Norte, manifestaram interesse em estabelecer cooperação com a UENF durante a 23ª Conferência Anual da European Association for International Education (EAIE – 2011), realizada em Copenhagen, na Dinamarca, com 4.200 participantes de 87 diferentes países. A UENF foi uma das quatro universidades do Rio de Janeiro presentes, ao lado da Uerj, UFRJ e PUC-Rio. Todas participaram do evento, de 13 a 16/09, dividindo estande contratado pelo governo do Estado. Ainda participaram do evento a USP, Unicamp, Unesp, UFSCAR e Faap de São Paulo, UFRGS, UFMT e UFSC.

Quem representou a UENF no evento foi o vice-reitor e presidente da Comissão de Internacionalização da Universidade, professor Edson Corrêa da Silva. Ele voltou de Copenhagen com demandas por cooperação de universidades situadas na Alemanha, Austrália, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, México, Portugal, República Tcheca e Suécia.

– Estamos pensando o melhor arranjo institucional para tratar desta questão no cotidiano da UENF. A idéia é que haja uma instância para fomentar a internacionalização e que se consiga implantar uma cultura a este respeito na comunidade universitária – explica Edson Corrêa.

O propósito de fortalecer a inserção internacional da UENF já estava definido antes mesmo da posse da atual Administração, mas o anúncio do programa ‘Ciência sem Fronteiras’, do governo federal, exigiu novo ritmo nas ações da UENF.  O programa prevê a concessão de 75 mil bolsas para estudantes ou pesquisadores brasileiros no exterior até o final de 2014, sem contar outras 25 mil que se espera conseguir com financiamento privado. O anúncio do programa despertou forte interesse em universidades de todo o mundo em estabelecer parcerias com as instituições brasileiras, o que, segundo Edson, praticamente impõe à UENF estar presente nos fóruns mais importantes sobre internacionalização.

Bélgica e Brasil: parceria com presença da UENF

A UENF também participou do encontro ‘Bélgica e Brasil: parceiros em pesquisa’, realizado em Bruxelas, na Bélgica, dias 05 e 06/10. A reunião tratou das oportunidades de cooperação entre os dois países a partir da edição do programa ‘Ciência sem Fronteiras’.

Inserido nas atividades da Europalia – maratona de eventos culturais enfocando o Brasil, com início em 04/10/11 e término em 15/01/12 -, o encontro teve dois momentos distintos. O primeiro dia, mais político, teve a participação da presidente Dilma Roussef; do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante; do presidente do CNPq, Glaucius Oliva; do diretor de Cooperações Internacionais do CNPq, Manoel Barral Netto; e do embaixador da Bélgica no Brasil, Claude Misson.

No segundo dia, 05/10, foram tratados aspectos mais específicos afetos à cooperação entre instituições brasileiras e belgas. O representante da UENF foi o professor Carlos Logullo, assessor da Reitoria para ações de internacionalização. Ele conta que estavam presentes o presidente da Capes, Jorge Guimarães;  o embaixador da Bélgica no Brasil, Claude Misson. Além da UENF, cinco universidades federais brasileiras participaram do evento. Ao final da reunião ficou decidido que autoridades belgas apresentarão ao CNPq e à Capes documento com demandas e possibilidades de interação em projetos ligados ao Ciência sem Fronteiras.

Na mesma viagem à Europa, o assessor da UENF esteve na Universidad Zaragoza, na Espanha, onde estabeleceu contatos com vias a possíveis ações de cooperação.

Na Uerj, Departamento elevou patamar da pesquisa

A criação de um Departamento de Cooperação Internacional (DCI) elevou de forma ‘expressiva’ a quantidade e a qualidade da produção científica da Uerj. A afirmação foi feita pela professora Cristina Russi Guimarães Furtado, diretora do Departamento, durante mesa temática sobre internacionalização da pós-graduação realizada na UENF nesta quinta, 20/10, como parte da programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. O debate teve ainda a participação do professor Edson Corrêa da Silva, vice-reitor e presidente da Comissão de Internacionalização da UENF.

Cristina, que está à frente do Departamento desde 2008, relatou a experiência da Uerj com a criação de uma instância específica para cuidar da área, que remonta ao ano 2002. Segundo a professora, até então a universidade não tinha ‘quase nenhum’ aluno saindo para atividades de intercâmbio, situação que mudou fortemente nos últimos anos.

– Hoje o Departamento está vinculado à Sub-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, mas o crescimento da demanda aponta para a tendência de que se transforme em uma Sub-Reitoria de Assuntos Internacionais – disse.

Em sua fala, Edson Correa da Silva demonstrou que a UENF precisa construir uma instância para tratar da internacionalização e que os primeiros passos estão sendo dados neste momento. Ao mesmo tempo em que pensa o desenho da estrutura a ser criada, a UENF busca conhecer a experiência de universidades mais maduras e fazer-se presente às principais oportunidades de interação com as melhores universidades do exterior. Recentemente, a Universidade esteve em dois eventos internacionais do tipo na Europa (veja matérias acima).

– O tema da internacionalização foi posto por nós já no debate das eleições para a Reitoria, mas a edição do programa ‘Ciência sem Fronteiras’, pelo governo federal, nos obrigou a acelerar o processo – explica o vice-reitor.