13/03/13

Informativo da UENF

Campos dos Goytacazes, quarta-feira, 13 de março de 2013 – Nº 3.132

Observatório da Educação aprova projetos da UENF

Professor Marlon Ney

A qualidade da educação básica que um indivíduo recebe é decisiva não só na sua vida profissional, como também no seu papel social. No Brasil, a baixa qualidade do ensino público básico resulta em uma significativa desigualdade de oportunidades educacionais, fazendo com que os recursos privados tenham grande peso na formação do indivíduo. Porém recentes esforços governamentais têm garantido um maior acesso às escolas e as ações públicas têm se voltado para a questão educacional.

Criado no ano de 2006 com a finalidade de valorizar o magistério e contribuir para a elevação do padrão de qualidade da educação básica, o Programa Observatório da Educação (Obeduc) aprovou em seu último edital 68 projetos que propõem estudos e pesquisas no âmbito da educação, comtemplando a UENF com a aprovação de dois projetos.

Um deles é o projeto ‘Índices de desigualdade na qualidade da educação básica no Brasil, grandes regiões e unidades da federação’, coordenado pelo professor do Laboratório de Estudos do Espaço Antrópico (LEEA) Marlon Ney. O projeto pretende investigar onde se localizam as maiores desigualdades na qualidade da educação básica no país e também analisar, por meio do questionário socioeconômico, as principais características do ambiente educacional dos indivíduos com baixo, médio e alto desempenho nas provas do Enem.

— As análises serão realizadas para todo o país e para cada grande região, unidade da federação e município, avaliando e comparando o nível de desigualdade na qualidade do ensino básico — explica Marlon.

Como estratégia de disseminação dos resultados, pretende-se criar um banco de dados que deverá ser disponibilizado na internet, servindo de base para futuras pesquisas e elaboração de artigos científicos. Além disso, também deverão ser apresentadas palestras em escolas públicas e universidades.

Outro projeto contemplado foi ‘Diagnóstico da qualidade de ensino no Proeja: um estudo na Região Norte e Noroeste Fluminense com foco nos aspectos formativos e metodológicos’, coordenado pelo professor Gerson Tavares, do Laboratório de Estudos da Educação e Linguagem (LEEL). O trabalho pretende diagnosticar a qualidade dos cursos de PROEJA oferecidos a jovens e adultos em instituições federais, estaduais ou municipais na região.

Professor Gérson Tavares

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) destina-se àqueles que não tiveram acesso ou não concluíram os ensinos fundamental e médio. A Educação Profissional de Jovens e Adultos (Proeja) surgiu em 2005 como uma proposta de integração da educação profissional à educação de jovens e adultos, enquanto política de educação para inclusão social.

Segundo Gerson, a razão mais contundente do projeto diz respeito ao contexto político, econômico e social regional, no qual Campos dos Goytacazes detém o maior território e maior população.

— O município concentra aproximadamente 65% do Produto Interno Bruto (PIB) da região Norte Fluminense, com o recebimento dos royalties do petróleo. O PIB per capita (2009) do município foi 45.117 reais, enquanto o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi 0,752, ocupando em 2000 a 54º posição entre os municípios do estado do Rio de Janeiro. Tais números evidenciam a má utilização dos recursos e a má gestão na educação — afirma.

O projeto também pretende focar a atuação em sala de aula, propondo estratégias pedagógicas e experiências inovadoras em ensino de ciências, aperfeiçoando uma proposta desenvolvida em 2006 pelos professores Marília Paixão (LCFIS/UENF) e Ernesto Macedo (IFF) e intitulada ‘Educando Jovens e Adultos para a Ciência com Tecnologias de Informação e Comunicação’.

Os resultados da pesquisa serão disseminados em eventos científicos nacionais e também através de publicações de artigos científicos em periódicos nacionais e internacionais, além de um livro contendo todas as informações obtidas.

Os dois projetos aprovados têm duração de quatro anos e incluem bolsas para graduandos, mestrandos, doutorandos e professores de educação básica.

Rebeca Picanço

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