Campos dos Goytacazes (RJ), quarta, 03 de outubro de 2012 – Nº 3.084
Da Baixada Campista para Coimbra
Aluna da UENF embarca para intercâmbio na universidade mais tradicional de Portugal
Diana não esperava sequer ingressar na UENFNascida e criada na localidade de Beira do Taí, na Baixada Campista, a estudante Diana Azeredo Rangel sempre sonhou ser bióloga e agora está prestes a ir além das suas expectativas: aluna de Ciências Biológicas da UENF, Diana embarca neste sábado, 06/10, para um período de seis meses de intercâmbio na Universidade de Coimbra, em Portugal. Fundada no século XIII (1290), a Universidade é a mais antiga de Portugal e uma das mais tradicionais do mundo.
Aos 22 anos, a aluna campista terá seu período de intercâmbio custeado pelo programa Ciência sem Fronteiras, do governo federal. No primeiro edital de seleção, o programa contemplou 13 alunos da UENF com bolsas de estudos nos Estados Unidos, Austrália ou Portugal. Os recursos são do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Em outro programa federal, financiado pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), sete alunos de licenciatura em Física da UENF também embarcaram para um período de até dois anos na Universidade de Coimbra.
– Sempre fui pessimista, tive baixa autoestima. Nunca pensei sequer que fosse passar para a UENF. Mas meu namorado me incentivou muito, e acabei passando na segunda reclassificação, em 2009 – conta Diana, que agora tem uma meta bem mais ambiciosa: fazer doutorado “sanduíche” nos Estados Unidos, recebendo parte da formação no Brasil e parte no exterior.
Iniciação Científica abriu as portas para o intercâmbio
Diana Rangel tem atuado como bolsista de Iniciação Científica em projeto da professora Marilvia Dansa de Alencar Petretski, da UENF, que estuda o besouro Rhodnius prolixus (barbeiro), transmissor da Doença de Chagas. Para ser bolsista e poder se candidatar ao intercâmbio no exterior, a estudante precisou superar não apenas suas próprias inseguranças, mas também as notas baixas que teve no início do curso. Afinal, para fazer jus a uma bolsa de Iniciação Científica é preciso, entre outros critérios, ter C.R. acumulado (nota média na ponderação de todas as disciplinas) igual ou superior a 7,0.
– No primeiro período, meu C.R. foi 5,5, então tive que compensar muito nos semestres seguintes para chegar à média 7 – conta a estudante, lembrando que quando atingiu o patamar exigido, já se começava a falar nas oportunidades de intercâmbio pelo programa Ciência sem Fronteiras.
Diana fez toda a sua formação básica em escolas públicas: Escola Municipal Tarcílio Siqueira Cordeiro, em Beira do Taí; Escola Municipal CEMSTIAC e Liceu de Humanidade de Campos.
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