Campos dos Goytacazes (RJ), quarta-feira, 08 de agosto de 2012 – Nº 3.065
Cheiro de saúde
Minicurso ensina deficientes visuais a cultivar hortas usando tato, olfato, audição e paladar
Como portadores de deficiência visual podem cultivar suas próprias hortas orientando-se por sabores, texturas, cheiros e som? Esta será uma das 52 opções de minicursos oferecidos durante a 8ª Semana do Produtor Rural na UENF, de 20 a 24/08. As inscrições estão abertas até 17/08, na coordenação de Extensão do Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias (andar térreo do CCTA/UENF).
O curso vai ensinar a montar uma horta sensorial em canteiros alternativos, feitos com a utilização de pneus usados, o que permite o manuseio das plantas por pessoas portadoras de deficiência física, seja motora ou visual, já que evita a necessidade de as pessoas se abaixarem até o nível do solo e ainda minimiza riscos de queda.
Com uma parte teórica e outra prática, as atividades do curso ‘Horta sensorial: sabores, cheiros, texturas e sons’ acontecerão no dia 24/08. O público alvo são pessoas portadoras de deficiência motora ou visual, bem como seus familiares, além de profissionais da área de saúde e a população em geral.
Pela manhã, das 8h às 12h, será trabalhada a parte teórica sobre os cuidados no cultivo e manejo de hortaliças, na Sala de Conferências do CCTA. Às 14h, a UENF disponibilizará transporte dos participantes até o Educandário São José Operário, onde será ensinada a construção da estrutura com pneus e o cultivo através do manuseio sensorial. Em lugar da visão, os alunos acionarão sentidos como o tato, o olfato, a audição e o paladar para reconhecer as plantas e suas características.
— O objetivo do minicurso é ajudar as pessoas com deficiência visual a ganhar autonomia para produzir a horta em suas próprias casas, aliando uma atividade prazerosa com o aumento da auto-estima e melhoria do padrão alimentar desta parcela da população — diz a agrônoma Cláudia Pombo Sudré, doutora em Genética e Melhoramento de Plantas e responsável pela apresentação do minicurso.
A taxa de R$ 10,00 (dez reais) permite inscrição em até três minicursos da 8ª Semana do Produtor Rural na UENF, organizada pela Coordenação de Extensão do CCTA. Para conferir a grade completa, com 52 cursos rápidos e mais de 1 mil vagas, clique aqui.
Projeto de Extensão – O minicurso é fruto de um projeto de extensão iniciado em 2009 junto aos alunos do Educandário dos Cegos — Serviço de Assistência São José Operário, localizado no Parque Califórnia, em Campos dos Goytacazes. Apoiado pela Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da UENF (PROEX), o projeto tem a coordenação da professora Rosana Rodrigues, do Laboratório de Melhoramento Genético Vegetal (LMGV). Através do projeto, alunos de várias faixas etárias com deficiência visual aprendem a cultivar e manusear hortaliças, destinando a produção ao consumo no próprio Educandário.
Segundo a agrônoma Claudia Pombo Sudré, da UENF, a ideia do minicurso é estender os benefícios do projeto a outras famílias que tenham pessoas com deficiência visual ou mesmo idosos. Outra intenção é atingir professores da rede pública de ensino para que o trabalho possa ser realizado também em escolas.
O projeto envolve a participação de vários bolsistas, como o aluno Bruno Sardinha, do Educandário São José Operário; a agrônoma Cíntia Bento e os estudantes de agronomia Márcio Couto Ozias Vieira e Vinícius Mathias, da UENF.
Professores da UENF serão coordenadores da Faperj
Os professores Antônio Teixeira do Amaral Júnior (pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação) e Carlos Logullo (assessor de Assuntos Internacionais e Institucionais), da UENF, foram indicados pelo Conselho Superior da Faperj para coordenadores da área de Ciências Agrárias. Eles irão atuar na avaliação de projetos submetidos à Faperj, na área de Ciências Agrárias, por um período de dois anos, podendo ser o mandato prorrogado por mais dois anos.
A área de Ciências Agrárias da Faperj conta com quatro coordenadores. Além de Amaral e Logullo, também irão compor a coordenação os professores Nelson Moura, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), e Walter Lillenbaum, da Universidade Federal Fluminense (UFF). A posse dos professores será realizada em sessão solene na Academia Brasileira de Ciências (ABC), no Rio de Janeiro, marcada para 17/08 às 15h.
— O convite que nos foi feito, de integrar o comitê de avaliação de projetos de pesquisa, é uma importante reverência à nossa Universidade — disse Amaral.
Caminhos de Barro: inscrições ainda podem ser feitas
Ainda há vagas para o curso de Arte Cerâmica do projeto Caminhos de Barro, da UENF, cujas aulas tiveram início na última terça, 07/08. As inscrições podem ser feitas até sexta, 10/08, das 9h às 12h e das 14h às 17h, de segunda à sexta-feira, na sede do projeto. Para tanto, é necessário fornecer cópias do documento de identidade, CPF e do comprovante de residência, além de uma foto 3×4.
O projeto começou em 2000, no distrito de São Sebastião, mais especificamente na Escola Estadual Leôncio Ribeiro Gomes. Segundo o professor Jonas Alexandre, coordenador do Caminhos de Barro, a ideia surgiu a partir da necessidade de criar alternativas de trabalho e renda para os moradores que vivem em torno do parque cerâmico. Na escola, o curso pode ser feito tanto pelos alunos quanto pelos seus pais, de forma gratuita.
— A partir de 2007, surgiram novas demandas que expandiram o projeto. Hoje temos várias unidades, chamadas de ‘satélites’, onde são realizados cursos. O objetivo é não só ensinar a criar peças de argila, como também promover uma terapia ocupacional, motora e estimular a criatividade — explica Jonas.
Atualmente, o Núcleo UENF atende a vários satélites, como a Escola Estadual Leôncio Ribeiro Gomes, o Asilo Nossa Senhora do Carmo, APOE, Educandário São José Operário, Instituto Nossa Senhora da Lapa, Escola Municipal Francisco de Assis (no Matadouro) e o Colégio Estadual Atilano Chrysóstomo de Oliveira (Saturnino Braga), que está em fase de implementação. A partir de uma parceria com o professor Marcelo Gantos, do CCH, o curso passou a ser ministrado também na UENF. O público alvo são os professores da rede municipal e estadual.
— O objetivo é que eles possam aprender as técnicas de arte cerâmica na UENF e repassar este conhecimento para os seus alunos nas escolas. Porém, o curso é aberto ao público em geral. Até crianças podem participar, desde que estejam com os responsáveis. — disse.
Para a educadora do projeto Euzi Licassali, que trabalha com cerâmica há 12 anos, este tipo de atividade agrega um enorme valor ao barro, que pode ser feito no forno a lenha, a gás ou elétrico. As peças produzidas na UENF são expostas e comercializadas em diversas feiras da cidade. Os produtos variam de R$ 1,00 a R$ 50,00.
Mais informações podem ser obtidas através dos telefones 2724-1574 e 9893-1132, das 9h às 17h. Acesse também o blog do projeto.
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