14/11/12

Informativo da UENF

Campos dos Goytacazes (RJ), quarta-feira, 14 de novembro de 2012. Número 3.103

 Escola de Extensão oferece primeiro curso

Instituída há um ano, a Escola de Extensão da UENF acaba de ser regulamentada pelo Conselho Universitário e já começou a oferecer cursos para a população. Além do curso de gastronomia e artes culinárias, que começou a ser ministrado no último sábado,10/11, já está previsto um curso para qualificação de técnicos na área de petróleo e gás – Promimp da Petrobras.

— O cenário regional é de muita demanda por qualificação, e agora a UENF poderá ajudar a atendê-la não apenas nos níveis de graduação, mestrado e doutorado, mas também em áreas mais específicas e que exijam uma formação mais rápida, como é o caso da Pós-Graduação lato sensu — afirma o pró-reitor de extensão, Paulo Roberto Nagipe da Silva.

Os coordenadores e vice-coordenadores dos cursos deverão ser profissionais da UENF, mas o corpo docente poderá integrar profissionais externos. Os cursos de Extensão deverão ser aprovados e certificados pela PROEX (Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da UENF). O primeiro curso oferecido pela Escola de Extensão, “Saber com Sabor”, teve como público-alvo as 20 merendeiras vencedoras do 5º Prêmio 2012 Melhores Receitas, promovido pela Secretaria de Educação do Município de Campos (Smec). Ao final do curso, que começou neste sábado (10/11) com a coordenação do professor Luis Humberto Castillo Estrada (CCTA/UENF), as alunas receberão um certificado de cozinheiras profissionais. Serão quatro módulos, com aulas nos dias 10 e 24 de novembro e 1º e 8 de dezembro.

Evento discute história e cultura dos afro-brasileiros

Foi aberto na noite da última segunda-feira, 12/11, o evento ‘Olhares África-Brasil’, que reuniu no ginásio do Instituto Superior de Educação Professor Aldo Muylaert (Isepam), professores e alunos para uma reflexão em torno da história e cultura dos negros africanos no Brasil. Este ano, o evento contou com a parceria do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) da UENF, tendo como uma das organizadoras a professora e coordenadora do NEABI, Maria Clareth Reis.

A diretora geral do Isepam, Ângela de Alvarenga, participou da mesa de abertura e enfatizou a importância da cooperação entre as duas instituições, lembrando a importância de discutir as questões das minorias.  Também participaram da mesa de abertura a professora do Isepam responsável pelo evento, Vera Vasconcelos, e o diretor do Centro de Ciências do Homem (CCH) da UENF, Sérgio Arruda. Ele destacou a importância da criação do NEABI e afirmou que o evento contribui para a construção de um país, de fato, civilizado.

— É obrigação das universidades abordar o assunto com a devida importância científica. Nós compomos a linha dorsal da humanidade, que é a capacidade de refletir — disse.

A programação seguiu com a palestra ‘Ações afirmativas: um balanço da conjuntura da luta contra o racismo no Brasil’, ministrada pelo professor especialista em História da África, Amauri Mendes, que criticou a naturalização da desigualdade no Brasil.

— Até há pouco tempo, a raça negra não era um tema legítimo do ponto de vista acadêmico e muitas instituições se recusavam a discutir o assunto — afirmou.

O evento, que se estendeu até a terça-feira, ainda contou com a apresentação de pôsteres dos trabalhos sobre história afro-brasileira das turmas de licenciaturas em Pedagogia do Isepam e do CCH/UENF. Um dos trabalhos orientados pela professora Vera Vasconcelos abordava as relações étnico-raciais na escola, com o objetivo de mostrar os benefícios da vinda dos negros africanos para o Brasil, indo além do lado negativo ilustrado nos livros didáticos.

— Em sala de aula percebemos que o racismo ainda é muito forte.  Vivemos um mito da democracia racial e precisamos colocar o dedo na ferida – disse Vera.

A noite foi encerrada com dança e comida típicas. Os participantes do evento assistiram à encenação da lenda afro-indígena Maculelê, apresentada pela Escola de Cultura Popular Mãos Negras, e também puderam apreciar o mungunzá, prato típico da culinária africana, popularizado no Brasil como canjica.

 

 

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