Campos dos Goytacazes (RJ), quinta, 17 de novembro de 2011
Homoparentalidade: tese da UENF vira livro
Tese de doutorado de Daniela Bogado Bastos de Oliveira, a segunda concluída no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política da UENF, em 28/04/11, acaba de ser publicada como livro. A obra, ‘Famílias contemporâneas: as voltas que o mundo dá e o reconhecimento jurídico da homoparentalidade’, sai pela editora Juruá.
O lançamento nacional ocorreu na última segunda, 14/11, em Belo Horizonte (MG), durante o VIII Congresso Brasileiro de Direito de Família, realizado pelo IBDFAM (Instituto Brasileiro de Direito de Família). Em Campos (RJ), o livro será lançado na próxima segunda, 21/11, às 17h30, no salão do júri do Fórum Teresa Gusmão de Andrade (Av. 15 de Novembro, 289 – quarto andar).
Acontece no dia 26/11, sábado, a seleção para o Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (PROFMAT) – polo UENF, referente ao ano de 2012. São 346 inscritos concorrendo a 20 vagas. A prova será realizada no prédio do Centro de Ciência e Tecnologia da UENF (Av. Alberto Lamego, 2.000 – Parque Califórnia – Campos dos Goytacazes, RJ).
O Exame Nacional de Acesso consistirá numa única prova com duração máxima de quatro horas. O horário limite para acesso às salas de prova é até as 13h. Nenhum candidato será admitido na sala da prova após o horário estabelecido. Portanto, é recomendável que os candidatos cheguem com uma hora de antecedência portando documento de identificação original com foto, cópia do protocolo de inscrição no PROFMAT e caneta esferográfica azul ou preta.
Veja aqui o Manual do Exame.
Pesquisador da UENF improvisa parafernália para demonstrar comportamento das ondas sonoras durante Semana Acadêmica Unificada
Alunos do curso de Licenciatura em Física da UENF tiveram uma ideia radical para incluir na Semana Acadêmica Unificada 2011, que se encerrou na última sexta, 11/11: chamaram o engenheiro, físico e professor José Augusto Pedro Lima para demonstrar na prática como as ondas sonoras são geradas e se propagam. José Augusto é conhecido na UENF como ‘Zé Gaiver’, em alusão ao personagem MacGyver, do seriado ‘Profissão Perigo’, capaz de resolver qualquer situação na base do improviso e da criatividade, mas sempre embasado em seus conhecimentos de Física.
E ele não decepcionou: montou, num pequeno auditório, uma parafernália misturando tudo quanto é objeto capaz de produzir algum tipo de som, desde ruídos ate sons melodiosos. Foram dois violões, triângulos de diferentes tamanhos, chapa metálica, simulador de eco (uma geringonça que foi montada usando um radinho de pilha, alto falante, mola e braço de toca-discos) e até uma ‘monotarra’ −- espécie de guitarra improvisada com uma ripa de madeira, um captador magnético feito com uma bobina de máquina de costura e uma única corda de aço.
Teve ainda uma cordinha ligada por duas extremidades (uma das quais balança gerando movimento ondulatório), que o físico chama pelo nome de ‘kit didático para estudos de ondas estacionárias em cordas’. Tudo isto auxiliado por um computador e um programa capaz de representar na tela, em gráficos ou esquemas visuais, o comportamento das ondas sonoras.
A oficina foi desenvolvida no início da noite de 08/11, terça, na sala 209 do Centro de Ciência e Tecnologia (CCT) da UENF. Era uma atividade específica do IX Encontro de Licenciatura em Física, que compôs a programação da Semana Acadêmica Unificada da UENF 2011. Todo o aparato serviu para fazer demonstrações de como o som é produzido e percebido no cotidiano das pessoas.
– As notas produzidas por instrumentos de corda são fruto de relações entre massa, comprimento das cordas e sua tensão – explica o professor, lembrando que o som produzido pela chapa metálica não tem nota musical definida pelo fato de ser uma superfície e, sendo assim, o som tem a possibilidade de sofrer múltiplas reflexões ao longo de vários caminhos diferentes.
A pedido do músico e amigo Tim Rescala, José Augusto chegou a desenvolver, anos atrás, um módulo eletrônico capaz de converter as batidas de um sapateado no som de diferentes instrumentos.
– Os sapatos, acionados pelo sapateador que lê as notas em uma partitura especial, tinham anteninhas que mandavam sinal de rádio para um módulo com saída MIDI. Aí podia sair som de bateria, de guitarra… menos de sapato!
Da barulheira à gastura
Para entender a aula prática do professor José Augusto, é preciso dominar certos conceitos básicos do estudo das ondas. Por exemplo, quando um som é alto, ensurdecedor, é porque as ondas sonoras são de elevada amplitude. Mas o que isto significa?
Uma boa maneira de entender é recorrer à analogia com as ondas do mar antes da arrebentação. A amplitude se refere à distância entre o ponto mais baixo e o mais alto de uma onda. Ou seja, as ondas de uma ressaca têm amplitude muito maior do que as marolinhas de um mar calmo.
Já os sons agudos ou graves estão relacionados à frequência. Quando é alta, som agudo; quando é baixa, som grave. E o que é frequência? É o número de oscilações ocorridas por unidade de tempo – no caso do mar, a frequência é alta quando um ponto do oceano balança muitas vezes para cima e para baixo num certo intervalo de tempo.
E a gastura, aquele mal-estar que se sente diante de certos sons, como o do giz arranhando o quadro negro? Será que a Física pode explicá-la ou se trata de mecanismo puramente psicológico? José Augusto não tem uma resposta ortodoxa, mas arrisca uma hipótese:
– A gastura geralmente é produzida por um som agudo, de alta frequência. Pode ser que isto provoque uma ressonância em uma região nervosa sensível do dente da pessoa, gerando o mal-estar −- especula o professor, meio sério, meio de brincadeira.
Mas, de qualquer forma, o que seria ressonância? É o fenômeno que ocorre quando um corpo começa a vibrar com intensidade máxima em algumas frequências específicas, sob o efeito de uma fonte sonora externa.
Um cientista no laboratório da vida
Carioca, José Augusto Pedro Lima é um talentoso engenheiro e pesquisador que atualmente se encontra afastado, por questões de saúde, do espaço físico onde fica a área de pesquisa do Laboratório de Ciências Físicas (LCFIS) da UENF. Apesar da saudade dos tempos no laboratório, a atual situação de José Augusto se transformou na sorte de estudantes que contam com um professor tão familiarizado com a aplicação prática das teorias que ensina.
Foi a convivência com os alunos na disciplina Física III/Física Ondulatória, do curso de Licenciatura em Física e das Engenharias, que suscitou o convite para a demonstração realizada durante a Semana Acadêmica Unificada.
Pioneiro na implantação da Oficina de Apoio Eletrônico do Laboratório de Ciências Físicas (LCFIS), José Augusto chegou à UENF já em 1993, como engenheiro eletrônico. Em 2002, após aprovação em concurso, tornou-se professor associado do LCFIS. Quando chegou, lembra, era tudo ‘barro e lama’.
– Estou momentaneamente fora do laboratório, mas meus conhecimentos científicos não ficam apenas na sala de aula. Aplico tudo no meu dia a dia, até para resolver pepinos domésticos. Ciência, para mim, não é só elucubração, mas também aplicação.
Cancelado seminário com professor da USP
Foi cancelado o seminário “A abominável diversidade metabólica em Angiospermas”, que seria realizado nesta quinta, 17/11, às 16h, devido à impossibilidade de comparecimento do professor Massuo Jorge Kato, do Instituto de Química da USP. A informação é da coordenação do Programa de Pós-Graduação em Biociências e Biotecnologia.
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