Campos dos Goytacazes (RJ), segunda-feira, 21 de novembro de 2011 – Nº 3.009
Expansão da UENF na pauta do Conselho Curador
A necessidade de expansão da UENF foi um dos assuntos abordados sexta-feira, 18/11, durante a última reunião do Conselho Curador da Universidade, que congrega membros da própria comunidade universitária e representantes das Secretarias de Estado de Ciência e Tecnologia (Sect), Fazenda (Sefaz) e Planejamento (Seplag). Durante a reunião, realizada na UENF, os conselheiros receberam um documento no qual estão elencados dez motivos para a expansão da UENF. Um dos itens do documento chama a atenção para a carência do Estado, lembrando que “os investimentos em Educação, Ciência e Tecnologia são basilares para o desenvolvimento sustentável”.
Além do reitor da UENF, Silvério de Paiva Freitas, e do vice-reitor, Edson Correa da Silva, estiveram presentes o subsecretário de Estado de Educação Profissional e Ensino Superior, Luiz Edmundo Horta Barbosa Costa Leite (representante da Sect), o subsecretário de Fazenda, Paulo Sérgio Braga Tafner (representante da Sefaz) e Cristina Lucia de Barros Vianna (representante da Seplag). Pela UENF estiveram ainda presentes Arnoldo Rocha Façanha (representante dos docentes) e Maurício Falcão Aguiar (representante dos técnicos).
Após a reunião, os membros do Conselho Curador visitaram o Laboratório de Materiais Avançados (LAMAV), a Centrífuga Geotécnica e o Laboratório de Ciências Físicas, onde receberam informações sobre as pesquisas em andamento. No LAMAV, foram recebidos pela professora Ana Lúcia Diegues Skury; na Centrífuga, pelo professor Fernando Saboya; e no LCFIS, pelos professores Helion Vargas e Marcelo Gomes da Silva.
Veja, na íntegra, os dez motivos expostos no documento divulgado na reunião do Conselho Curador:
1- Preceito constitucional – Conforme estabelecido no artigo 49 das Disposições Transitórias da Constituição de 1989 do Estado do Rio de Janeiro;
2- Plano Orientador de Darcy Ribeiro – Conforme desenvolvido no primeiro volume da Revista Terceiro Milênio (1993)
3- Preceito estatutário – conforme previsto no artigo 1º do Estatuto da UENF (Decreto nº 30.672/2002)
4- Garantia Legal para aumento da força de trabalho – A Lei 4.800/2006 prevê um quantitativo de professores e técnico-administrativos muito superior ao existente hoje. No caso de docentes, por exemplo, o quadro atual representa menos da metade do previsto por Lei;
5- Papel da UENF no Desenvolvimento Regional – As propostas de expansão da UENF são congruentes com o atual Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro patrocinado pelo Governo Estadual e que está sob a responsabilidade da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-RJ);
6- Demanda da Região e apoio da sociedade – Sendo a mais carente do nosso Estado, esta região clama por iniciativas do Governo que levem a dias melhores, havendo já a consciência de que investimentos em Educação, Ciência e Tecnologia são basilares para o desenvolvimento sustentável. Os setores mais expressivos da sociedade da região estão reivindicando a instalação de campi da UENF por meio de mobilizações de várias naturezas. Está mais do que na hora do nosso Governo Estadual responder PRESENTE a este chamamento da sociedade.
7-Papel social específico – Instalada no interior do nosso Estado, a UENF forma recursos humanos qualificados e de alto nível, facilitando o acesso da população à formação superior, oferecendo um leque abrangente de cursos de graduação e garantindo um numero expressivo de vagas na formação de docentes para o Ensino Básico. Esta grande tarefa precisa ser ampliada significativamente diante do tamanho do desafio.
8- Compromissos assumidos em público – Os clamores populares têm sido respondidos pelos dirigentes eleitos (Governador, Prefeitos e Parlamentares), de forma até entusiasta, pela instalação de campi da UENF em locais estratégicos da região. Esses compromissos precisam ser honrados. A consolidação e ampliação da UENF constitui uma ação efetiva da participação do Poder Público na solução dos problemas mais candentes da região.
9– Missão diante dos grandes empreendimentos – A região tem sido alvo de grandes projetos econômico-industriais tais como o Complexo Portuário do Açu, o Complexo Logístico Naval Farol / Barra do Furado, além das empreitadas da Exploração do Petróleo atual e Projetos do Pré-Sal. Nestas circunstâncias, a Universidade é a instituição chamada para intervir, por exemplo, na qualificação dos profissionais necessários, nos estudos de impactos socioambientais e,sobretudo, na perenidade e sustentabilidade do desenvolvimento humano/ambiental desejado nos dias de hoje.
10 – A UENF está fazendo a sua parte – Concebida por Darcy Ribeiro, criada por Leonel Brizola e projetada por Oscar Niemeyer, esta jovem Universidade tem mostrado a que veio. Seus cursos de graduação e programas de pós-graduação têm sido bem avaliados. Em 18 anos já foram produzidas mais de 2.200 teses de mestrado e doutorado, a maioria abordando soluções de problemas da região. Seus pesquisadores ocupam posições de destaque em publicações em revistas internacionais; alguns dos quais são laureados com comendas da maior expressão científica. São vários os prêmios já recebidos, decorrentes de avaliações externas nacionais e internacionais das mais credenciadas. Por estas razões, a UENF está sendo bem cotada com vistas à celebração de parcerias, como por exemplo, no Programa Federal “Ciência sem Fronteiras”, dentro do Projeto de Internacionalização.
Aberto I Simpósio de Neurociências da UENF
Pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento – como Filosofia, Psicologia e Educação — estão participando do I Simpósio de Neurociências da UENF “Neuromania — Uma aventura interdisciplinar”, aberto na manhã desta segunda-feira, 21/11, no Auditório Multimídia do Centro de Ciências do Homem (CCH) da UENF. Dividido em três módulos — Neurofilosofia, Neuropsicologia e Neuroeducação —, o Simpósio se estende até quarta-feira, 23/11.
Ao abrir o evento, a professora Sylvia Joffily, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Neuropsicologia Cognitiva da UENF (NEPENC), explicou que o título do Simpósio remete à forte tendência hoje existente em se fazer parcerias entre as diversas áreas do conhecimento e a neurologia. Esta verdadeira “mania” começou, segundo Sylvia, a partir das modernas técnicas de neuroimagem, que mostraram as relações concretas entre a mente humana e as estruturas cerebrais.
— A associação do prefixo neuro às tradicionais áreas do conhecimento denuncia o fundamental papel que o sistema nervoso central desempenha na instalação, desenvolvimento e manutenção da cognição e comportamento dos homens, desde seus mais elementares reflexos até suas mais abstratas reflexões morais — disse.
Segundo Sylvia, o simpósio tem por objetivo primordial alertar as pessoas para a fragilidade da condição humana, totalmente dependente de seu sistema nervoso (cérebro), além de divulgar os mais recentes resultados de pesquisas na área de neurociências.
— O simpósio é dirigido a todas as pessoas interessadas na preservação da nossa espécie — afirma.
Segundo Sylvia, as neurociências se caracterizam pela fusão entre o estudo do comportamento (a ciência da mente) e a ciência natural (a ciência do cérebro). Enquanto a primeira se refere ao estudo de um grupo de funções desempenhadas pelo cérebro, a ciência do cérebro dedica-se ao estudo neural de toda manifestação comportamental humana, desde as mais simples reações motoras e perceptivas, processos linguísticos, criativos, emocionais, sociais, julgamentos morais e éticos.
— Assim, as neurociências pretendem explicar o comportamento em termos de atividade neural individual e como esta atividade neural está influenciada pelo ambiente, inclusive pelo comportamento das demais pessoas — explica.
Pesquisas na área de neuroeducação, de acordo com a professora, evidenciam o papel fundamental da alfabetização e do letramento na proteção e duração da saúde cognitiva/cerebral de jovens e idosos. Através da neurociência, sabe-se que o ensino básico de qualidade não é apenas uma questão educacional, mas de saúde pública.
— Se não forem tomadas, rapidamente, as providências necessárias para resgatar o ensino público brasileiro, principalmente o ensino fundamental (alfabetização e letramento), das precárias condições em que se encontra, nos depararemos em curto período de tempo, com o genocídio cognitivo das futuras gerações.
II Festival de Economia Solidária de 08 a 10 de dezembro
Organizado pelo Fórum Local de Economia Solidária de Campos dos Goytacazes, o II Festival de Economia Solidária acontece de 08 a 10/12, na Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima. O Festival terá artesanato, exposições, apresentações culturais e culinária afro-brasileira.
O evento conta com a participação da Rede de Economia Solidária, que envolve 25 grupos autogestionários ligados ao Fórum Local de Economia Solidária. O Festival terá cozinhas Quilombé (inserção dos quilombos do Imbé), dança, canto, teatro, cinema e outras manifestações culturais, além da Exposição “Arte Ofício”, com trabalhos da Fundação Cultural Oswaldo Lima.
A realização do Festival envolve a participação de vários parceiros, como Fundação Municipal Zumbi dos Palmares, Secretaria Municipal de Família e Assistência Social, Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima e Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares (ITEP/UENF).
Política pública – Na visão dos organizadores, a economia solidária como política pública de inserção de grupos sociais mais vulnerabilizados é estratégica para o Brasil vencer a pobreza e experimentar um novo modelo de economia sustentável. O pilar do modelo está na primazia do trabalhador sobre o lucro. Os empreendimentos solidários e populares surgem como alternativa ao trabalho informal e precário, baseando-se na valorização da cooperação entre os indivíduos no desenvolvimento de atividades coletivas para a geração de renda e na construção da cidadania.
Feirinha Agroecológica entra na rotina da comunidade da UENF, toda terça
A Feirinha Agroecológica da UENF, que acontece todas as terças-feiras, existe há aproximadamente cinco anos. Antes localizada em frente ao Colégio Salesiano, a feirinha vem crescendo cada vez mais. Depois de ser convidada pela UENF, que se interessou pelos seus métodos de produção e cultivo, mudou o seu local para o prédio P5 da Universidade. Os seus produtos são famosos por não utilizarem agrotóxicos em seu processo de produção.
Clemilda Graça França e Edison Gomes França são agricultores do assentamento Zumbi dos Palmares e vendedores da Feira Agroecológica desde o seu início. Dividem o assentamento com mais 534 famílias, e muitas delas não utilizam produtos químicos para produzir. O projeto orientado e coordenado pelo professor Fábio Coelho, do Laboratório de Fitotecnia da UENF, visa melhorar a qualidade dos produtos agrícolas, a qualidade de vida do consumidor e também dos trabalhadores, que são expostos a este trabalho todos os dias.
O projeto conta com a participação de professores e agrônomos bolsistas que visitam os assentamentos e ajudam na parte técnica, fazendo levantamento de pragas e propondo melhorias no cultivo dos produtos. Segundo Clemilda, os professores utilizam aparelhos que detectam qualquer tipo de contaminação química existente na área.
– Esta interação proporciona um mútuo aprendizado: os agricultores aprendem, mas também nos ensinam – conta o professor Fábio Coelho.
Segundo Janete Carla Felipe, bolsista Universidade Aberta da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PROEX) da UENF, que também colabora com o projeto, é grande a variedade de produtos cultivados e vendidos na feirinha:
– Eles produzem de tudo: banana, arroz, laranja, hortaliças, mostarda, aipim, jiló, doces, couve, ovos da roça, feijão e muitos outros.
Edison se orgulha de suas plantações:
– Temos plantações de cana, goiaba, aipim, limão, coco… Temos 175 pés de coco!
O movimento da feira já foi fraco, mas depois de divulgações a feira cresceu e se tornou bastante conhecida entre os alunos e funcionários da UENF.
– No período de férias não temos os alunos, mas os professores e funcionários estão sempre comprando.
A feirinha também tem suas sacolas ecológicas, confeccionadas para diminuir o uso das sacolas plásticas, que são prejudiciais ao meio ambiente. A feira acontece toda terça-feira, no P5 da UENF, e está aberta para quem ainda não experimentou seus produtos.
Vídeos no Ensino da Arte: Ensinando e Aprendendo com a DVDteca Arte na Escola
As escolas públicas da região Norte-Fluminense receberam do MEC, no ano de 2010, uma caixa contendo 30 DVDs da DVDteca Arte na Escola. Estes DVDs vêm acompanhados de um material educativo de grande potencial, que possibilita um melhor uso dos vídeos nas salas de aula, estimulando práticas pedagógicas mais criativas e eficazes, tanto no ensino da Arte como de outras disciplinas.
Pensando em auxiliar os professores na aplicação deste material, o Pólo Regional Arte na Escola – UENF promoveu oficinas de cunho teórico-prático voltadas para o uso dos vídeos, a partir de uma nova concepção de Ensino.
As oficinas foram ministradas pela equipe de arte-educadores do Pólo e aconteceram na Casa de Cultura Villa Maria – UENF, no período de 27 de outubro a 07 de novembro de 2011 com professores indicados pela direção das escolas. Participaram 35 professores de diferentes áreas do conhecimento representando 12 escolas.
Em 2012 as oficinas voltarão a ser oferecidas procurando atender todas as escolas da rede pública da região, dando prosseguimento a mais uma das ações de Educação Continuada promovidas pelo Pólo Arte na Escola – UENF.
As oficinas realizadas foram:
Título da Oficina DVD utilizado
Arte Contemporânea Carlos Fajardo: para todos os sentidos
Arte Popular: Cerâmica A herança de Mestre Vitalino
Arte Afro-Brasileira Mestre Didi: Arte Ritual
Arte Moderna Brasileira Lasar Segall: um modernista brasileiro
Arte e Cultura Regional As fábulas de Antônio Poteiro
A Arte da Escultura Monumentos de Franz Weisman
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Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF)
Assessoria de Comunicação Social (ASCOM)
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