Breve Histórico

As atividades de pesquisa, ensino e extensão em Nematologia foram iniciadas na UENF em outubro de 1999, com a chegada do Prof. Ricardo M. Souza à universidade. A Profa. Claudia Dolinski iniciou suas atividades em janeiro de 2002, inicialmente atuando de forma voluntária, vindo a ingressar no quadro permanente da instituição em maio de 2005. Em 2006 formalizou-se junto ao CNPq o Grupo de Pesquisa em Nematologia (GPN).

No tocante às atividades de extensão destaca-se o trabalho desenvolvido de 2004 a 2010 junto à Associação de Goiabicultores de Cachoeiras de Macacu (RJ), visando à produção orgânica de goiabas, com ênfase no controle biológico do gorgulho-da-goiaba com o uso de nematoides entomopatogênicos.

No tocante às atividades de pesquisa, foram desenvolvidos estudos sobre nematoides entomopatogênicos visando ao controle biológico de pragas agrícolas (nas culturas da cana-de-açúcar, goiaba e citrus), de carrapatos bovinos e do mosquito Aedes aegypti. Estuda-se também nematoides fitoparasitas nas culturas do café, goiaba, maracujá, abacaxi, coco e espécies florestais nativas do bioma Floresta Atlântica. Nematoides de “vida-livre” associados à Floresta Atlântica também são tema de pesquisas.

Ao longo dos anos, diferentes cientistas de outras instituições desenvolveram atividades junto ao GPN. Destacam-se o Prof. Manuel Mota (Universidades de Évora e Lisboa, Portugal), que aqui permaneceu em licença-sabática no ano de 2012; e outros que lecionaram cursos organizados pelo GPN: Itamar Glazer (Agricultural Research Organization, Israel), Patricia Stock (University of Arizona, EUA), Edward Lewis (University of California, Davis, EUA), Robin Stuart (Florida Department of Agriculture and Consumer Services, EUA) e Raquel Campos-Herrera (Universidade do Algarve, Portugal).

De 2000 a 2023, 32 estudantes de pós-graduação e pós-docs atuaram no GPN. Esses pós-graduandos e pós-docs são oriundos da Argentina, Colômbia e Brasil. Do Brasil, dos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Bahia. Os egressos do GPN estão lotados em empresas privadas, institutos federais e universidades no Brasil, Argentina e Colômbia.

Em síntese, a contribuição do GPN à Nematologia é relevante, podendo ser mensurada pelo expressivo número de artigos científicos, livros e capítulos de livros publicados, e diversos convites para apresentação de palestras e cursos em eventos nacionais e no exterior. O GPN é referência nos estudos sobre alguns patossistemas e no controle biológico de certas pragas agrícolas. Os professores do GPN atuaram também em diferentes posições na administração da UENF, na presidência da Sociedade Brasileira de Nematologia (dois mandatos) e na Editoria-Chefe do periódico Nematoda.