A fotografia e as interações entre educação, ciência e artes a partir do ensino de física – pseudônimo – Fotografia Artesanal Precária e de Gambiarra
Este projeto de extensão se utiliza da produção de imagem a partir de métodos arcaicos como um rico instrumento didático sob uma perspectiva multidisciplinar. Dentre os diversos métodos para a produção de imagem podemos destacar a câmera escura e a “pinhole”. A escolha pela utilização da câmera escura e da pinhole justifica-se pela facilidade de construção da câmera e de sua ampla capacidade que este instrumento proporciona para a discussão de conceitos básicos das Ciências Exatas e da Terra, além de promover a interação com as áreas das Artes, História e Geografia. Além de possibilitar a inter-relação destas áreas de conhecimento aparentemente tão distantes, poderá proporcionar a aproximação entre escola Ensino Básico/Médio e Universidade e conhecimento sobre a realidade no Município de Campos e da região Norte Fluminense. Propomos ainda uma educação pela imagem, ou seja, uma educação que tem a imagem como potencial capaz de levar o educando ao encontro de uma aprendizagem conectada ao mundo que o cerca a sua cidade e da região, abrindo perspectivas de conhecimento sobre os processos de transformação, assim “o uso de imagens como mobilização para a pesquisa deve levar o aluno a duvidar das verdades anunciadas e das paisagens exibidas. Essa suspeita instigará a busca de outras fontes de pesquisa para investigar as raízes da configuração socioespacial apresentadas, necessárias para sua análise crítica” . Produzir imagens fotográficas se constitui em um exercício/treinamento de um olhar crítico para o mundo. O cinema, a pintura, a fotografia, o vídeo e todas as produções imagéticas que se constituem em expressões artísticas possuem inúmeros potenciais educativos. Seria conveniente que a tradição educacional que o mundo ocidental criou, pautada em rígidas divisões acadêmico-científicas não deixasse de buscar o diálogo com todas as áreas do conhecimento.