Pesquisa busca identificar e quantificar os principais poluentes em dois ambientes na UENF

Água limpa e Saneamento — A poluição at­mosférica nas grandes cidades tem sido muito discutida, principalmente pelos danos à saúde humana. Na UENF, a professora Maria Cristina Canela Gazotti, do Laboratório de Ciências Quí­micas do Centro de Ciência e Tecnologia (CCT), aborda em suas pesquisas pontos importantes que estão dentro dos objetivos elaborados pela Agenda 2030: a Saúde e o Saneamento básico.

“A contaminação dos ambientes internos de­pende dos poluentes externos (carregados pelo vento e por outros agentes), da emissão de materiais presentes nos ambientes internos (solventes, pinturas, vernizes, carpete, ma­deiras, produtos de limpeza, entre outros) e também dos próprios indivíduos que frequen­tam estes locais. Em um projeto intitulado “Purificação do ar para a saúde e a eficiên­cia energética em edifícios utilizando sistemas híbridos baseados em filtração, precipitação eletrostática e fotocatálise heterogênea”, a pesquisadora objetiva “identificar e quantifi­car os principais poluentes em dois ambientes internos na UENF e em seguida propor a elimina­ção destes poluentes por meio de sistemas de tratamento de ar”.

Os poluentes estudados são os bioaerossó­is, compostos orgânicos voláteis e material particulado. O objetivo segundo a pesqui­sadora é construir um protótipo para a descontaminação de ambientes interiores e melhorar a qualidade de vida dos ocupantes destes ambientes. Este sistema poderá ser apli­cado em casas, escritórios, hospitais, escolas e residências de idosos.

Saneamento — Segundo a professora Maria Cristi­na Canela, no Brasil e no mundo, o acesso à água limpa é cada vez mais difícil uma vez que a fal­ta de saneamento e o descarte de muitos resíduos químicos e biológicos em corpos aquáticos é cada vez maior.

Os agrotóxicos estão incluídos nos resídu­os químicos que de maneira direta ou indireta chegam até os corpos aquáticos e até mesmo na água tratada. Esses agentes são utilizados para diversos fins, sendo o principal, aumentar a produtividade agrícola. Porém podem causar diversos danos aos ambientes aquáticos e pro­blemas de saúde aos seres humanos. A relação dos agrotóxicos com diversas doenças , como por exemplo, câncer, Parkinson, Alzheimer, esclerose múltipla e diabetes, tem sido investigada em diver­sas partes do mundo.

Os processos de tratamento de água e efluentes não são suficientes para remover completamente estas substâncias, principalmen­te devido às suas propriedades físico-químicas. Em um projeto intitulado “Agrotóxicos em águas superficiais e tratadas: destino e remediação usando processos oxidativos avançados como tratamento terciário”, a pesquisadora pretende estudar a degradação de agrotóxicos organofos­forados (inseticidas) e triazínicos (herbicidas). Para isso, serão utilizados processos oxidativos avan­çados com peróxido de hidrogênio e dióxido de titânio, através de testes iniciais em laboratório e em uma planta piloto usando luz solar, com reatores cilíndricos parabólicos compostos (CPC).

Por Jane Ribeiro

Retornar à home da Revista