Pesquisa premiada pode ajudar na adaptação de implantes ortopédicos

Maria Eduarda em pesquisa no LAMAV

A aluna Maria Eduarda Araújo Ribeiro, 22 anos, de Campos dos Goytacazes, começou cedo a graduação. Ela entrou na UENF aos 17 anos para cursar  engenharia metalúrgica e de materiais. No 3º período, entrou na Iniciação Científica.

Para ela, a inserção na IC foi essencial para o crescimento tanto acadêmico, quanto pessoal, ajudando a enfrentar melhor os desafios propostos, enxergá-los de forma mais prática e racional. “Hoje, estou no 9º período, e vivenciando uma nova etapa: a conclusão da graduação. Com ela, novos desafios, mas enfrentados com paciência. Pretendo seguir na área acadêmica, buscando a entrada em um curso de mestrado, podendo dar continuidade ao trabalho já desenvolvido”, explica.

A pesquisa “Biocompósitos de PHB-HV reforçados com Nanodiamantes encapsulados para fins ortopédicos” foi premiada no IX Congresso Fluminense de Iniciação Científica (Confict). “Esse trabalho é muito gratificante, principalmente por ter alcançado resultados tão importantes. Espero que logo seja possível ver essa pesquisa avançar mais e mais, até que o material desenvolvido esteja sendo empregado em seus devidos fins”, avalia.

Conheça a pesquisa

A linha de pesquisa envolve o desenvolvimento de biomateriais, a partir de polímeros e compósitos. O objetivo é desenvolver um biocompósito formulado com PHB-HV (Polihidroxibutirato-co-valerato) reforçado com nanopartículas de diamante, a fim de verificar sua potencial aplicação em implantes ortopédicos, por exemplo. “Atualmente, nosso trabalho busca adquirir um nanocompósito capaz de ser empregado na área biomédica, mais especificamente na área ortopédica”, diz Maria Eduarda, que é orientada pelo professor Rubén Sanchez, no Laboratório de Materiais Avançados (LAMAV) do CCT.

O desafio inicial encontra-se nas ligas convencionais empregadas nesses implantes, que apresentam uma rigidez muito superior ao do osso. Além disso, há ligas que liberam íons maléficos ao corpo humano. Portanto, é necessário buscar um material que seja capaz de substituí-las, apresentando um módulo de elasticidade mais próximo ao do corpo humano.

Os resultados obtidos por ensaio de flexão mostraram que a incorporação dos nanodiamantes tem efeito positivo nas propriedades mecânicas do material injetado. Como continuidade da pesquisa, é importante avaliar outras formulações e verificar a viabilidade da aplicação por meio de testes in vitro.

Por Francislaine Cavichini

Retornar à home da Revista