CONFICT e CONPG: “Ciência no nosso dia-a-dia”

O X Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica (CONFICT) e o III Congresso Fluminense de Pós-Graduação (CONPG), sob o tema “Ciência no nosso dia-a-dia” foram sucesso de público.

O evento discutiu temas atuais e apresentou pesquisas desenvolvidas nos Programas de Iniciação Científica e Tecnológica e nos Programas de Pós-Graduação das três maiores instituições de ensino superior das regiões Norte e Noroeste Fluminense: UENF, IFF e UFF-Campos.

Durante os cinco dias de Congresso, de 25 a 29 de junho, os estudantes lotaram o anfiteatro principal do Centro de Convenções Oscar Niemeyer, na UENF, para prestigiar palestras de grandes nomes da Ciência no Brasil. Além disso, os participantes puderam optar por 17 temas de minicursos.

O X CONFICT contou com a participação de 1.974 estudantes, 345 professores e 628 trabalhos das três instituições envolvidas. Somente da UENF foram 1.026 estudantes, 181 orientadores inscritos e 374 trabalhos, sendo 64 orais e 310 banners.

Já o III CONPG teve um total de 730 trabalhos apresentados, sendo 603 de Pós-Graduandos da UENF, com 210 apresentações orais e 393 em banner.

Conheça os palestrantes e os temas destacados

A abertura do X Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica (CONFICT) e do III Congresso Fluminense de Pós-Graduação teve como conferencista o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), professor Ildeu de Castro Moreira, que ministrou palestra para uma plateia repleta de estudantes, servidores e professores das três universidades participantes: UENF, UFF-Campos e IFFluminense. O evento teve como tema “Ciência no nosso dia-a-dia”.

 

Com o assunto “Crise e desafios na ciência brasileira”, o professor Ildeu lembrou as dificuldades que a Ciência vem passando no Brasil, o que não é uma exclusividade do Estado do Rio de Janeiro. “Muitos que se formam têm ficado sem emprego devido ao momento crítico do nosso país. O investimento federal em Ciência e Tecnologia, por exemplo, equivale hoje a 1/3 do que havia há dois anos”, frisou.

O professor ressaltou ainda a importância do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) para a formação dos estudantes. “A chance dos graduandos que participam da Iniciação Científica concluir um Mestrado e Doutorado é muito maior. É um programa exitoso que deve ser melhorado”, afirmou o palestrante.

 

 

O segundo dia de evento contou com a palestra do professor Jorge Luiz Alves Natal, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele explanou sobre “Ciência no nosso dia-a-dia: economia, mídia especializada e crise” destacando que a sociedade paga o preço por conta de uma política de juros que atende a alguns empresários e penaliza a maioria da população. “No Brasil paga mais tributos quem ganha menos”, pontuou.

 

 

 

 

No último dia de evento, o Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), professor Egberto Gaspar de Moura, palestrou sobre “Ciência entre o público e o privado”. O palestrante mostrou dados relativos aos investimentos feitos pelas agências públicas de fomento nas instituições públicas e privadas. Comparou investimentos na área de Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação no Brasil e em outros países, mostrando a importância da participação do Estado na manutenção de atividades ligadas à pesquisa e ao desenvolvimento, que levam ao aumento da qualidade de vida dos povos.

 

 

Finalizando a programação, o presidente da Sociedade Brasileira de Química, o professor Aldo José Gorgatti Zarbin ministrou sobre “O fazer Ciência em 10 palavras ou de onde vem, mesmo, o conhecimento?”. Ele explicou, detalhadamente, as 10 palavras que não podem faltar no fazer científico: criatividade, inspiração, sagacidade, determinação, sabedoria, simplicidade, ética, oportunidade, representatividade e paixão, exemplificando sempre com fatos da história da ciência e dos cientistas.

 

 

Por Francislaine Cavichini

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