Estudo do CCTA quer aumentar a produção de Tambaqui

Jorge Lucas pesquisa como melhorar produção de Tambaqui

O estudante Jorge Lucas Marinheiro da Silva, 22 anos, se mudou do Rio de Janeiro para Campos dos Goytacazes para cursar Graduação em Zootecnia na Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF). Ex-aluno do Colégio Pedro II, ele se interessou pela UENF devido ao destaque da Universidade em pesquisas científicas. Ele conta que desde a época escolar sempre teve vontade de atuar em um projeto científico e o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) abriu as portas para a realização desse sonho. Então, assim que entrou para a UENF procurou o Laboratório de Zootecnia (LZO), no Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias (CCTA).

“Tenho admiração por peixes desde a infância. Com a abertura do edital de bolsas de Iniciação Científica, o professor Manuel Vazquez Vidal Júnior me ofereceu a oportunidade de junto a ele elaborar um projeto para concorrer à bolsa”, relata o estudante.

Jorge Lucas avalia a Iniciação Científica e Tecnológica como de extrema importância para a vida acadêmica do graduando.

“Foi a partir dela que pude ter experiências similares na área de trabalho e pude realizar experimentos que poderão ajudar outros pesquisadores e produtores na área de piscicultura. Para o futuro tenho o interesse de realizar mais experimentos com o aprendizado das técnicas de piscicultura”, pontua.

Conheça a pesquisa

A pesquisa desenvolvida por Jorge Lucas foi elaborada em duas fases com finalidade de ajudar na melhora da produção de Tambaqui, cujo nome científico é Colossoma macropomum. Segundo ele, a primeira fase foi descobrir qual seria a densidade ideal de estocagem no período larval. O trabalho consiste em saber qual o maior número de larvas de Tambaqui que pode ser estocado em um determinado volume de água, sem comprometer o desenvolvimento do animal, para que haja a produção de um maior número de peixes.

A segunda fase foi identificar se os animais que inicialmente foram estocados em uma alta densidade tinham a capacidade de ter um ganho compensatório. “Nada mais é que avaliar se os peixes conseguiam ganhar peso a ponto de alcançar os que foram estocados numa densidade menor. E com esse experimento pudemos descobrir que na produção de Tambaqui é possível usar uma densidade de estocagem mais alta no período larval desde que depois haja uma reestocagem para que os animais possam ter o ganho compensatório”, esclarece.

Com a apresentação dessa pesquisa, Jorge Lucas foi premiado no X Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica (CONFICT), o primeiro em que participou. “Eu agradeço e dedico essa premiação aos meus familiares e ao meu orientador, o professor Manuel Vazquez Vidal Júnior, por me proporcionar essa incrível experiência”, finaliza o estudante.

Por Francislaine Cavichini

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