XI Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica (CONFICT) e IV Congresso Fluminense de Pós-Graduação (CONPG)

xi confict

O Centro de Convenções da UENF ficou pequeno para a cerimônia de abertura oficial do XI Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica e do IV Congresso Fluminense de Pós-Graduação, realizados na última semana do mês de junho.

O XI CONFICT apresentou o 24º Encontro de Iniciação Científica da UENF, o 16º Circuito de Iniciação Científica do IFFluminense e a 12ª Jornada de Iniciação Científica da UFF. O Congresso também apresentou os trabalhos da Edição 2018-2019 do Programa Viva Ciência, da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes.

Os dois Congressos contaram com a participação de 2047 estudantes e professores, e somente na Iniciação Científica foram apresentados 643 trabalhos das três instituições envolvidas. Considerando somente os trabalhos da UENF foram 313 trabalhos de IC, sendo 64 orais e 249 banners. Na pós-graduação foram726 trabalhos, sendo 551 da UENF.


A Cerimônia de abertura do XI CONFICT e IV CONPG

Durante a abertura, o auditório do Centro de Convenções ficou lotado de estudantes, professores, técnicos de laboratório e administrativos. O Reitor da UENF, Luis Passoni, abriu a cerimônia parabenizando os organizadores pelo evento e fez um balanço positivo do CONFICT e do CONPG nos últimos quatro anos.

“Tivemos nestes últimos anos grandes expoentes da ciência, elaboradores da política científica nacional falando para nós. Reforçamos a nossa parceria com o IFF e a UFF e este ano com a Prefeitura de Campos. Estamos muito felizes e realmente esse é o momento em que a universidade mostra todas as suas ações para a comunidade científica e também à população em geral, destacando o que realmente se faz dentro de uma universidade e o que ela tem para oferecer”, enfatizou o Reitor.

A Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da UFF, Andrea Brito Latge, representando o Reitor da UFF, lembrou que também foi aluna de Iniciação Científica. “Esse é para mim um momento de grande importância, porque a minha primeira Iniciação Científica me traz muitas lembranças daquela época, como bolsista do CNPq. A Iniciação Científica é um movimento brasileiro que consegue inserir o estudante na vida acadêmica e científica como nenhum outro programa. É a primeira vez que venho a este Congresso Científico, mas estou encantada e pronta para valorizar ainda mais os programas, que com certeza serão abrilhantados no futuro”, declarou a Pró-reitora.

O Reitor do IFFluminense, Jefferson Manhães de Azevedo, falou sobre a importância de se apresentar as pesquisas para que os gestores apliquem as políticas públicas adequadas. “O CONFICT é hoje reconhecido nacionalmente e traz uma riqueza muito grande de possibilidades. Através de eventos como este com certeza vamos conseguir melhorar a qualidade da comunicação com os gestores e manter o ensino de qualidade”, afirmou.

A cerimônia foi abrilhantada com um concerto da Camerata de Cordas do IFF Guarus, regida pelo professor Charles Viana e com integrantes do curso de Licenciatura de Música do IFF.


Conferências

Profa. Dra. Débora Foguel — Ao ministrar palestra no XI CONFICT e IV CONPG, a professora Débora Foguel do Instituto de Bioquímica da UFRJ enfatizou o papel das universidades públicas no Brasil e destacou a UENF nesse cenário.

“Aqui se ensina bem porque se pesquisa bem. Isso é um fato que merece destaque. A pesquisa melhora a qualidade do ensino, não tenho a menor dúvida e a constatação está aqui na UENF, um evento desse porte e com merecido destaque para vários estudantes”, declarou.

luiz davidovich

Prof. Dr. Luiz Davidovich — A conferência de encerramento foi proferida pelo físico Luiz Davidovich, presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), que falou para uma plateia empolgada, que lotou o auditório do Centro de Convenções. Explanando sobre a “Importância Histórica da Ciência para o Desenvolvimento do País”, destacou alguns dos problemas que precisam ser enfrentados pela Ciência no Brasil.

“Considerando o início tardio da Ciência brasileira, temos que admitir que ela é um grande sucesso. É impressionante o que a Ciência brasileira conseguiu até hoje. Um dos principais desafios do Brasil é ser capaz de olhar para o mundo e identificar áreas que futuramente serão economicamente importantes”, disse. Ao final, Davidovich foi aplaudido de pé pelo público.


Mesas Redondas

mesa redonda

A primeira mesa redonda realizada durante o Congresso foi intitulada “Desenvolvimento regional e financiamento das pesquisas nas Universidades”. A mesa teve como debatedores Ana Lúcia Assad (diretora executiva da Associação A.B.E.L.H.A), Carlos Ruiz-Miranda (professor do Laboratório de Ciências Ambientais da UENF e presidente da Associação Mico-Leão-Dourado), e Romeu Silva Neto (professor do IFF e superintendente de Ciência, Tecnologia e Inovação da Prefeitura de Campos dos Goytacazes).

Dificuldade de obter financiamentos — Ficou claro na fala dos palestrantes que, para se conseguir financiamento para pesquisas, é necessário criatividade e talento para negociar. Ana Lúcia Assad falou sobre sua experiência em parcerias público-privadas para o financiamento de pesquisas no Brasil. Segundo ela, há muitos desafios e desconhecimento da maioria das empresas de que existe pesquisa no Brasil. “Muitos acham mais fácil negociar lá fora, mas isso muitas vezes ocorre porque os pesquisadores em geral não sabem fazer marketing. Existe um desconhecimento enorme do setor empresarial e da sociedade sobre o que é feito na universidade. Este é um aprendizado que devemos ter de forma contínua”, relatou.

O professor Carlos Ruiz-Miranda fez uma explanação sobre como financiar pesquisas nas universidades na área ambiental. Segundo ele, é importante que haja um planejamento em longo prazo. “É difícil ter uma proposta de longo prazo se não há continuidade das verbas. É preciso que se tenha um bom currículo para se conseguir bons financiamentos. O pesquisador pode ter uma ideia genial, mas se não tiver um bom currículo não consegue o aporte necessário”, concluiu.

Finalizando a mesa, o Superintendente de Ciência, Tecnologia e Inovação da Prefeitura de Campos dos Goytacazes, Romeu Silva Neto falou sobre os projetos do governo municipal para financiar a ciência no município. “Podemos destacar o projeto Viva Ciência, que começou com 30 bolsas e pretende dobrar este número nas próximas edições, atendendo não só Iniciação Científica, mas também mestrado e doutorado. Os bolsistas deste projeto também estão apresentando seus trabalhos no XI CONFICT”, disse.

mesa redonda 2

A importância da cultura no âmbito universitário — A segunda mesa redonda teve como tema “Gestão Cultural nas IES: perspectivas em debate”, com as Doutoras Aline S. Portilho (produtora cultural do IFFluminense), Elis A. Miranda (professora do Departamento de Geografia da UFF/Campos), e Simonne Teixeira (professora do Laboratório de Estudos do Espaço Antrópico da UENF e Diretora da Casa de Cultura Villa Maria).

A professora Simonne falou sobre a “Teia Interuniversitária de Arte – uma proposta de gestão compartilhada de uma casa de cultura universitária”. “O objetivo é criar novos movimentos culturais, manter ativa a cena cultural e escolhemos a Villa Maria porque é a que tem o melhor espaço para atividades culturais, além de se localizar em um lugar central, que facilita o acesso”, explicou.

A professora Elis de Araújo falou sobre a proposta do Galpão Cultural da UFF, que deverá ser instalado em um prédio antigo, em área doada pela Rede Ferroviária para a construção desse espaço cultural em Campos dos Goytacazes. “Foi feita uma pesquisa que mostrou uma carência imensa de espaços culturais nos municípios da região. Existe uma circulação muito grande de jovens em Campos, que é um polo universitário. É importante que haja um plano de cultura para as universidades”, disse.

Já a professora Aline Portilho falou sobre sua experiência na participação da elaboração do Plano de Cultura do IFF, documento que passou a orientar todas as ações culturais promovidas pela instituição. A elaboração do plano contou com a participação de representantes dos diversos campi do IFF, por meio de consulta pública online e audiências. O IFF é uma instituição de múltiplas territorialidades”, disse.


Visitantes

visitantes

A UENF recebeu através do projeto de extensão “Conhecendo a UENF”, a visita de alunos e professores de várias escolas. Os alunos e professores conheceram o Centro de Convenções da UENF, e o estande da Revista Conhecendo a Ciência. As crianças e jovens ficaram empolgados com os estandes e com os projetos desenvolvidos pela Universidade. As edições da Revista Conhecendo a Ciência surpreenderam também esse público, pelo conteúdo e apresentação, funcionando como uma forma de estímulo ao ingresso na UENF.


Comissão organizadora do XI CONFICT e IV CONPG

comissão organizadora

Dezenas de estudantes de Graduação, Mestrado e Doutorado e ainda Pós-Doutorandos participaram da organização do XI Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica (CONFICT) e do IV Congresso Fluminense de Pós-Graduação (CONPG) que aconteceram simultaneamente no Centro de Convenções da UENF.

A comissão organizadora foi formada a partir de uma reunião, feita com as professoras Maria Cristina Gaglianone e Valdirene Moreira Gomes com todos os interessados das três instituições promotoras do evento – UENF, IFF e UFF. Em seguida, teve início a organização das atividades pré-evento, como o fechamento da programação das apresentações orais e banners, distribuição dos espaços e definição de horários das apresentações dos estudantes; organização de mesas redondas; distribuição de material e controle de frequência, entre outros.

Com muita garra e dedicação os estudantes e colaboradores deram conta do trabalho, em especial nos cinco dias que antecederam o evento e na semana de realização dos congressos, quando o trabalho foi intensificado. O trabalho pré e durante os congressos pode ser também conferido nas fotos disponíveis na galeria de fotos dos eventos.


Concurso de fotos FOTOCONFICT

    FOTOCONFICT

Com o tema “Sua IC em um click”, o concurso de fotografias expôs fotos de estudantes de Iniciação Científica ou Iniciação Tecnológica, com tema relacionado ao seu plano de trabalho. As 13 fotos inscritas provocaram intensa interação com o público virtual, com mais de 10.000 curtidas no facebook.

A fotografia premiada com o maior número de curtidas foi do estudante Caíque Barcellos da Silva, do curso de Licenciatura em Biologia da UENF, com o título “Ninho de abelha sem ferrão resistindo aos impactos da urbanização”.

“Participar deste concurso trouxe pra mim um incentivo maior como estudante e pesquisador, mostrando que a fotografia tem ligação direta com a pesquisa envolvida trazendo resultados surpreendentes. Estou muito contente com esse prêmio que recebi hoje”, declarou Caíque.

 

Por Jane Ribeiro

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