Sistema ecológico aquático é tema de pesquisa

Gabrielly de Oliveira Leonardo, 25 anos, veio de uma escola pública tradicional da cidade de São Fidélis e hoje cursa Licenciatura em Biologia na UENF. O primeiro contato com a universidade e o curso veio através de uma amiga que cursava bacharelado em Ciências Biológicas. Essa foi a oportunidade que ela teve para pesquisar mais sobre o curso. A grande quantidade de áreas de estudo e de laboratórios chamaram a sua atenção e a partir de então procurou formas de ingressar no curso.

“Inicialmente ingressei no curso a distância pelo CEDERJ, mas logo depois mudei para o curso presencial. Foi a partir de então que iniciei minha formação como pesquisadora através da bolsa de Iniciação Científica. Penso que os primeiros desafios enfrentados foram os de muitos colegas meus: o de sair de sua cidade pequena e conseguir formas de me manter em outra cidade. Foi aí que a bolsa foi fundamental”, disse a estudante.

Para Gabrielly, a IC tem proporcionado conhecimento e aprendizado com importante relevância não somente para o aluno e para a universidade, mas para a sociedade.

“Em minha trajetória a bolsa foi importante também por me auxiliar financeiramente e por permitir o contato com novos sonhos, um caminho novo a seguir. Um sonho totalmente influenciado pela participação no Programa de Iniciação Científica e Tecnológica é o de seguir com o mestrado após a graduação” relatou.


Conheça a pesquisa

A estudante Gabrielly Leonardo atua no Laboratório de Ciências Ambientais (LCA), do Centro de Biociências e Biotecnologia (CBB), orientada pela professora Marina Satika Suzuki. O título da pesquisa é “Aspectos Fitoecológicos da Comunidade Fitoplanctônica de um trecho do Rio Paraíba Do Sul – RJ, em Campos dos Goytacazes, como ferramenta para educação ambiental”.

“Fitoplâncton pode ser definido como o conjunto de organismos aquáticos microscópicos que têm capacidade fotossintética e que vivem dispersos na coluna de água. Como são muito pequenos e fotossintetizantes, eles são responsáveis pela formação de material orgânico que serve de alimento para outros organismos em curtíssimo espaço de tempo (dias), e também pela liberação de oxigênio não somente na água, mas também para a atmosfera. Como o metabolismo é acelerado, podem ser também usados como organismos indicadores das condições ambientais nas quais se desenvolvem, explica.

Gabrielly ressalta que durante a pesquisa é realizada a análise da ocorrência de organismos fitoplanctônicos no Rio Paraíba do Sul e por meio dessa ocorrência, que varia com o tempo, são elaborados materiais como cartilhas, panfletos e jogos para serem utilizados no processo de educação ambiental da comunidade local.

“O objetivo é apresentar o sistema ecológico aquático, que é pouco conhecido e invisível a olho nu, bem como os fatores antrópicos que ameaçam sua integridade e seu funcionamento natural. Com isso, visa-se a conscientização dos problemas ambientais e consequentemente a preservação da qualidade ambiental do rio. A metodologia de apresentação ao público foca no formato simples e atraente para despertar o interesse da população leiga, pois acreditamos que este é o papel da universidade: produzir conhecimento e compartilhar com a sociedade a responsabilidade pela manutenção e melhoria das condições ambientais.” conclui Gabrielly.

Por Jane Ribeiro

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