Eu vivi, eu conto

A Iniciação Científica e Tecnológica permite que o aluno de graduação desperte o interesse pela pesquisa cientifica e incentiva talentos em potencial. Arielle Bessiatti, de 25 anos, foi uma das estudantes cujo olhar pela área acadêmica foi ressignificado após o ingresso na IC.

“Minha jornada científica teve início em 2015 quando iniciei a graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro na modalidade EAD, sendo oriunda do pólo de Itaperuna – RJ. Por ser aluna da modalidade EAD, sempre tive vontade de conhecer a UENF de forma presencial, mas ainda não sabia como realizar esse desejo e assim durante um tempo esse sonho ficou adormecido. No ano de 2019, fui convidada pelo Dr. Leonardo de Sá, que era um aluno egresso da UENF, e atuava como professor no município de Carangola, para conhecer os laboratórios da UENF e ter um contato presencial com os professores e a Universidade. No entanto, apesar da grande vontade de iniciar imediatamente algum projeto, havia algumas limitações que me preocupavam, a distância entre minha cidade e a Universidade e a situação financeira, eram algumas delas. Mas não desisti.

Durante   a   visita   à   UENF   fui   apresentada à professora Valdirene   que   prontamente me apresentou sua equipe de pesquisa e o laboratório onde toda sua linha de pesquisa era desenvolvida.

Aquele momento foi muito especial pra mim, pois me trouxe um encantamento pelo universo científico, era uma realização muito grande estar ali. Logo comecei a fazer parte da equipe onde   fui   prontamente   acolhida e dei início ao meu projeto de iniciação científica, sendo ele intitulado “Detecção e Caracterização de peptídeos antimicrobianos de sementes de plantas do gênero Capsicum”, sob a coorientação da Me. Larissa Resende”, conta Arielle, que, atualmente, desenvolve seu projeto de mestrado no Laboratório de Fisiologia e Bioquímica de Microrganismos (LFBM), sob orientação da professora Dr.ª Valdirene Moreira Gomes.

Nesta caminhada, Arielle se deparou com um empecilho no andamento de suas pesquisas: a pandemia. No entanto, ela conta que, com empenho   e   dedicação,   conseguiu   adaptar o projeto para dar continuidade em casa. “Decidimos, então, realizar uma pesquisa bibliográfica e levantar o que houvesse de disponível na literatura sobre peptídeos antimicrobianos de Capsicum.”, conta.

Graças a essa pesquisa, desenvolvida durante a Iniciação Científica, Arielle conseguiu publicar seu primeiro artigo científico. Escrito em inglês, o artigo intitulado ““Antimicrobial peptides of the genus Capsicum: a mini review”, na revista Horticulture, Environment and Biotechnology” foi publicado na revista Horticulture, Environment and Biotechnology em julho de 2022. “Essa publicação foi muito gratificante, pois sei que meu trabalho pode contribuir para o trabalho de outras pessoas.

No fim do ano de 2020, defendi minha monografia e já iniciamos o processo de preparação para a seleção de mestrado. Com muita alegria fui aprovada em 5º lugar no programa de   Biotecnologia   Vegetal, onde atualmente realizo a identificação e caracterização e atividade antifúngica de proteínas transferidoras de lipídos de sementes de Capsicum chinense contra espécies do gênero Candida.

Este projeto tem me proporcionado muito aprendizado e amadurecimento profissional, além da capacidade de me desenvolver como pesquisadora e como pessoa também, o que me motiva cada vez mais a me aperfeiçoar e já vislumbrar a oportunidade de um doutorado como mais uma etapa da minha formação acadêmica.”, revela Arielle.


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