Eu vivi, eu conto!

Estudantes contam como a Iniciação Científica e Tecnológica contribuiu para o ingresso na pós-graduação

 

 

João Batista da Silva Santos

“Costumo dizer que a Iniciação Científica (IC) conduziu-me a outro patamar acadêmico: de graduando a mestrando no Programa de Cognição e Linguagem no CCH – UENF. Atuo na linha de Pesquisas Interdisciplinares em Comunicação, Educação e Novas Tecnologias da Informação. A minha relação acadêmica com a IC iniciou-se no início do ano de 2017, quando estava cursando Licenciatura em Pedagogia na UENF. Tive total apoio da Professora Eliana Crispim França Luquetti ao conduzir os meus primeiros passos na pesquisa acadêmica, unido ao meu querer em fazer pesquisa. Com o decorrer do tempo, fui tendo autonomia e confiança para apresentar meus estudos em diversos Congressos Nacionais e Internacionais; além disso, participei de publicações de artigos em revistas e anais. Sem dúvidas, a IC foi primordial para que tudo acontecesse e despertasse o meu interesse pela Academia. Portanto, foi no mestrado que pude exercer a minha profissão “Professor” lecionando por um período na disciplina Didática nos cursos de Licenciatura em Matemática e Química. A oportunidade deu-se pela disciplina de mestrado Prática Docente e foi primordial para o meu crescimento profissional”.

João Batista da Silva Santos / Mestrando em Cognição e Linguagem.

 


Danilo Barreto de Souza

“Entrar para uma universidade pública e ter oportunidade de trabalhar como pesquisador na Iniciação Científica parecia um sonho, mas foi uma realidade que agregou muito conhecimento não só à minha formação profissional/acadêmica, mas também à formação como cidadão. Pesquisei durante alguns anos a prática e o perfil político dos vereadores de quatro municípios da Região Norte Fluminense e vi o quão importante é que todos participem da política, ainda que de forma indireta. Anos depois, ainda utilizo boa parte do que aprendi e pesquisei nos meus trabalhos e estudos. Além disso, procuro sempre levar as informações de minhas pesquisas de forma clara e didática a toda a sociedade e instituições interessadas. Sem dúvidas, a Iniciação Científica, além de ter ajudado a me manter no município em que estudava, foi um divisor de águas”.

Danilo Barreto de Souza / Mestrando em Políticas Sociais

 


Anderson Jamar Neves Maciel

“Em 2013 ingressei na graduação em Ciências Sociais da UENF e tive o prazer de participar do projeto como bolsista de IC durante três anos e meio. Nesse período contribui para pesquisas sobre o desenvolvimento urbano da cidade de Macaé-RJ atrelado ao processo de industrialização do município com a chegada da indústria petrolífera na região. Hoje desenvolvo um projeto de pesquisa sobre divulgação científica e o desenvolvimento das novas tecnologias de comunicação e informação para compreender como essas tecnologias podem contribuir na produção de espaços de diálogos plurais entre ciência e sociedade. O avanço da pandemia de COVID-19 vem reorientando os objetivos da pesquisa, colocando em evidência a importância da comunicação pública da ciência como um dos meios de combate à pandemia frente à disseminação de desinformações e ataques à legitimidade do conhecimento científico. A Iniciação Científica muito contribuiu para minha formação e minha permanência na universidade. Desejar e defender que outros possam ter acesso a essa oportunidade é retribuir a todos e todas que colaboraram e continuam colaborando na minha trajetória. Nesse momento é oportuno afirmar que Ciências Humanas é Ciência! Devemos ter direito a investimentos e acesso a programas de bolsa de Iniciação Científica como qualquer outra área do conhecimento. Temos muito a colaborar com o desenvolvimento social, econômico e tecnológico do País”.

Anderson Jamar Neves Maciel / Mestrando do Programa de Políticas Sociais

 


Thalita Barreto Sarlo

“O aprendizado de começar uma pesquisa acadêmica ainda na graduação certamente diferencia os alunos dos demais que não tiveram essa oportunidade. Em graduações que tem de tudo um pouco, como a Administração Pública, é legal poder se aprofundar em uma das áreas que o curso propõe. A minha escolha foi trabalhar misturando Sociologia e Políticas Públicas e eu adorei o processo. Li muita coisa que não leria normalmente e fui muito bem orientada para aprender leitura e pesquisa acadêmicas. Pude, portanto, escrever um pré-projeto para participar da seleção do Mestrado com muito mais tranquilidade, pois mesmo se tratando de um tema diferente do que fiz no IC, eu já tinha um “amadurecimento” como pesquisadora, além da internalização das teorias; é importante saber o que é um problema de pesquisa, um objeto de estudo e ter alguma noção de metodologia de pesquisa. Sou muito grata por ter tido essa oportunidade concedida pelo PIBi-UENF e acredito na Ciência como transformação do indivíduo e da sociedade. Espero que outros estudantes possam ser contemplados como eu fui e valorizem a educação pública e a pesquisa de qualidade”.

Thalita Barreto Sarlo / Mestranda em Sociologia Política

 


 

Mariana Sena Lopes

“A Iniciação Científica da UENF contribuiu de maneira significativa para minha formação acadêmica e profissional. Por meio dela, em 2017, iniciei meus primeiros passos no aprendizado da pesquisa científica, no 4º período da graduação em Pedagogia. Essa oportunidade surgiu com o ingresso no Projeto de Pesquisa intitulado “Mulheres na Pesca: Mapa de conflitos socioambientais em municípios do Norte Fluminense e das baixadas Litorâneas” (https://mulheresnapesca.uenf.br/), coordenado pela Professora Silvia Alicia Martínez. O fascínio pela educação, agregado aos estudos do projeto, me fizeram voltar o olhar para a educação das mulheres trabalhadoras da pesca artesanal no município de São João da Barra, do qual sou oriunda. Esse processo foi crucial para a qualidade de minha formação acadêmica em diferentes aspectos, tanto no âmbito da pesquisa científica, quanto no âmbito pessoal, me proporcionando uma evolução enquanto cidadã, me dando um novo olhar para a sociedade e gosto pela pesquisa, além de me ensinar a superar limites. Minha perspectiva hoje, principalmente em tempos de pandemia com o enfrentamento da COVID-19, cuja época ocasiona certa vulnerabilidade ao ensino público, é a preservação da educação pública e de qualidade que sempre será direito de todos os cidadãos e que me possibilitou novas perspectivas de vida”.

Mariana Sena Lopes / Mestranda em Políticas Sociais