Iniciação Científica da UENF na visão dos coordenadores
Professora Kátia Valevski Sales: “IC como ferramenta valiosa no processo de aprendizagem”
Membro da Comissão de Bolsas de Iniciação Científica PIBIC entre os anos de 1996 e 1999 e presidente desta Comissão no período de 1998-1999, a professora Kátia Valevski Sales ressalta que nas primeiras edições do então Encontro, a Universidade tinha um corpo discente bem menor. Segundo ela, as exposições e discussões dos trabalhos aconteciam nos próprios prédios relativos a cada um dos Centros.
“Os desafios nestes primeiros anos de evento foram muitos. Nessa época não haviam apresentações orais. Pessoalmente, foi um período de grande satisfação, onde pude contribuir com essa que é uma das pérolas da Universidade, que é a formação dos jovens cientistas de nosso país. A grande preocupação era garantir que os alunos tivessem, na Iniciação Científica, uma ferramenta valiosa de incremento ao processo de aprendizagem acadêmica e foi neste período que começamos a monitorar o rendimento acadêmico e vincular um Coeficiente de Rendimento (CR) mínimo à concessão de bolsa de Iniciação Científica. Outro aspecto que introduzimos foi a normatização dos tratamentos (direitos e deveres) entre os bolsistas de Iniciação Científica do CNPq e os que tinham bolsas UENF”, lembra.
Professor Edmilson José Maria: “Aumentamos, de uma única vez, 16 novas bolsas de IC do CNPq”
Como coordenador da IC entre os anos de 1999 e 2001, Edmilson conta que tanto na gestão do programa quanto na preparação dos encontros teve a colaboração dos representantes dos quatro Centros que se reuniam para discutir estratégias de captação de recursos em órgãos de apoio. Ao final de cada evento, mesmo exausta, a equipe se sentia recompensada pelo trabalho. “A maior expectativa na época, por ser uma Universidade nova, era captar o maior número de bolsas do CNPq apresentando aos avaliadores o que a UENF tinha de melhor. No ano de 2001 conseguimos aumentar de uma única vez 16 novas bolsas de IC do CNPq, o que em nossa avaliação foi fruto de um trabalho integrado entre os orientadores e a coordenação do evento em mostrar as pesquisas de ponta da UENF num evento integrado da IC e a Primeira Mostra da Pós-Graduação”.
Professora Rosana Rodrigues: “Desafio em liderar representantes dos quatro Centros”
Coordenadora da Iniciação Científica entre julho de 2002 e julho 2003, e entre julho de 2005 e julho de 2007, a atual Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, professora Rosana Rodrigues, enfatiza as diferenças entre os eventos nos quais esteve à frente.
“Tive a oportunidade de participar como coordenadora do PIBi/UENF em duas ocasiões bem distintas. Na primeira vez, o Programa ainda estava amadurecendo. Apesar de ter algum conhecimento sobre a dinâmica dos processos de seleção e avaliação dos bolsistas, o desafio de liderar uma equipe de representantes dos quatro Centros da UENF na condução do PIBi, na consolidação das normas internas do Programa e, principalmente, na organização dos Encontros de Iniciação Científica foi grande, em especial pela falta de estrutura inerente ao processo de construção da Universidade”, lembra.
Segundo a professora Rosana Rodrigues, o Centro de Convenções da UENF não existia e o único auditório era a sala multimídia do CCH e uma das dificuldades na realização dos eventos era acomodar as pessoas na hora da apresentação dos pôsteres. “Tudo era feito com poucos recursos, muita criatividade e disposição dos professores e bolsistas”, comenta Rosana.
Em 2005, na segunda gestão, o Programa já estava plenamente consolidado, inclusive com o reconhecimento do CNPq, pela premiação como Destaque do Ano na Iniciação Científica (em 2003). “O Programa tinha crescido em termos de número de bolsas e de sua importância para a visibilidade acadêmico-científica da UENF. Foi com a realização de um Encontro de IC que tivemos a oportunidade de inaugurar o Centro de Convenções em 2007, o que foi um salto em termos de logística de organização”, frisa a professora Rosana Rodrigues.
Professora Maria Cristina Canela: “Iniciação Científica desperta o espírito científico”
Para a professora Maria Cristina Canela, coordenadora da Iniciação Científica e organizadora do Encontro entre julho de 2003 e julho de 2005, o desafio na Iniciação Científica se baseia em despertar o espírito científico em estudantes e fazer com que eles se interessem em fazer ciência, independente do apoio financeiro das agências de fomento.
“Para mim, este foi o objetivo principal e o maior desafio nos anos em que organizei o evento. O melhor resultado foi o 10º Encontro, que contou com a presença de ilustres avaliadores do CNPq. Neste período, a UENF também ganhou o primeiro Prêmio Institucional de Iniciação Científica dada pelo CNPq, para a instituição que tinha maior número de egressos do PIBIC nos cursos de pós-graduação”, salienta.
Professora Adriana Jardim: “Estar à frente do CONFICT exige grande responsabilidade”
De acordo com a professora Adriana Jardim, coordenadora da IC e presidente do CONFICT entre os anos de 2011 e 2015, estar à frente de um evento de tamanha importância requer muita responsabilidade e coragem para encarar desafios. Ela conta que o primeiro CONFICT em que esteve na coordenação foi, certamente, o mais intenso.
“Organizar o CONFICT é uma responsabilidade imensa. Os quatro anos em que fiquei à frente do evento foram bastante prazerosos e aprendi muito a lidar com as pessoas, suas expectativas e suas diferentes opiniões. Foi certamente uma escola que levarei para a vida. Cada edição superou minhas expectativas em termos de números de trabalhos apresentados e também na qualidade deles. Os maiores desafios eram com relação aos imprevistos de última hora e a maior satisfação era ver o ânimo e a vontade dos alunos em mostrar suas pesquisas e poder contribuir com a evolução de cada um deles”, conclui.
Conheça os temas dos encontros da Iniciação Científica nos seus 23 anos
