Melhoramento do milho-pipoca é tema de pesquisa
Ele veio do interior do Estado do Rio de Janeiro, de uma cidade chamada Sumidouro, para estudar na UENF. Marcelo Serafim de Andrade Junior, 22 anos, do 6° período do curso de Agronomia estudou o ensino fundamental e médio em escola pública em Duas Barras, também no interior do estado. Chegar até a Universidade foi um período de grande desafio para Marcelo.
“Após me tornar discente da UENF vivi um período de adaptação muito difícil, pois apesar de cada dia mais me apaixonar pela faculdade e pelo curso que escolhi, o distanciamento da minha família e amigos de infância “pesava” muito. Para superar essa e outras dificuldades a Iniciação Científica foi uma das coisas que mais me ajudou. A IC vem me proporcionando muitos ensinamentos através de trabalhos enriquecedores realizados por diversos pesquisadores; isso me leva a um enorme crescimento acadêmico e pessoal, que por sua vez me permite criar cada vez mais laços com a ciência, de tal modo que meus planos na universidade aumentam a cada dia. Após a graduação, com certeza, irei me inscrever para o mestrado também na UENF, que me encantou e me acrescentou como ser humano e graduando” relatou.
Conheça a pesquisa
A pesquisa desenvolvida pelo Marcelo Serafim é orientada pelo professor Marcelo Vivas, do Laboratório de Engenharia Agrícola (LEAG) do Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias (CCTA). É um trabalho de base, essencial para subsidiar os trabalhos voltados para obtenção de genótipos resistentes a doenças no programa de melhoramento do milho-pipoca da UENF.
“A helmintosporiose é uma doença foliar causada por fungos. Ela é uma das principais doenças do milho-pipoca e provoca perdas de produção que podem chegar a 50%; por isso a importância de se obterem genótipos resistentes. Para esta pesquisa, obtivemos isolados associados à mancha de helmintosporiose nas regiões Norte e Noroeste Fluminense, para avaliar dois fatores que influenciam diretamente no crescimento e na multiplicação dos fungos: temperatura e tipo de meio de cultivo. As estruturas dos fungos foram cultivadas in vitro, dentro de um recipiente de vidro, no ambiente controlado do laboratório”, disse o estudante.
Marcelo informa ainda que através desta pesquisa é possível visualizar as diferenças entre fungos. “A pesquisa nos dá ainda suporte para identificar os fungos que causam diferentes doenças e a influência que os fatores ambientais como a temperatura e o meio de cultivo ocasionam em seu desenvolvimento”, finaliza.
Por Jane Ribeiro