Pesquisa desenvolve abrasivos para corte de rochas ornamentais
Natural de Santo Antônio de Pádua, a estudante Thaís Melo Fernandes, 22 anos, veio para Campos estudar na UENF. Toda a trajetória escolar foi em escola pública e a facilidade nas disciplinas de exatas fez com que ela escolhesse o curso de Engenharia Metalúrgica e de Materiais.
A estudante conta que desde que chegou à instituição, há 4 anos, foi muito bem acolhida por todos os colegas e professores. “Fiz vários amigos, estudei bastante. Após o meu 1º semestre do curso me candidatei para uma bolsa de Iniciação Científica com a professora Márcia Giardinieri de Azevedo, no setor de Materiais Superduros, do Laboratório de Materiais Avançados (LAMAV), do Centro de Ciência e Tecnologia (CCT)”, lembra.
Ela ressalta que a Iniciação Científica tem sido primordial na trajetória acadêmica, pois desde que iniciou o projeto, em 2015, tem adquirido diversos tipos de conhecimento, como prática laboratorial, realização de ensaios mecânicos, caracterização dos materiais, análise e interpretação de dados científicos, que são aprendizados que vão muito além de uma sala de aula.
“No futuro, quero ser uma profissional bem-sucedida, com uma formação sólida e grata por todas as oportunidades que a vida me proporcionou. A UENF, especialmente, me oferece, diariamente, um alto nível de conhecimento com professores extremamente capacitados, laboratórios bem equipados e um ambiente agradável para estudar, fazer novos amigos e aprender coisas novas”, enfatiza a estudante.
Conheça a pesquisa
Bolsista de Iniciação Científica no Laboratório de Materiais Avançados, Thaís Melo atua no setor de Materiais Superduros, desde 2015, quando ainda estava no 2º período da graduação. Desde então, ela trabalha no desenvolvimento de segmentos abrasivos feitos de liga metálica à base de ferro, cobre, níquel, estanho e carbeto de tungstênio (Fe-Cu-Ni-Sn-WC) com adições de carbeto de boro (B4C) e/ou diamante para aplicação em ferramentas de corte de rochas ornamentais, mais especificamente serras que são compostas por uma chapa de aço e segmentos abrasivos.
A estudante esclarece que a metodologia deste trabalho foi dividida em várias etapas. “Primeiramente, foi feita uma pesquisa bibliográfica sobre o desempenho das serras de corte nas indústrias de rochas ornamentais e a pesquisa revelou que ainda existe a necessidade de investimentos neste setor. Por isso, resolveu-se buscar inovações para o desenvolvimento tecnológico, produzindo uma ferramenta de corte (serra circular) com maior desempenho e um melhor custo/benefício para essas indústrias. Com base nesses objetivos, focou-se no estudo dos segmentos abrasivos”, pontua.
A produção desses segmentos acontece conforme processos industriais, a partir da sinterização a quente dos pós, sob condições controladas de temperatura, tempo e pressão e, depois de prontos, esses são caracterizados física e mecanicamente. Esses ensaios servem para determinar a viabilidade prática da utilização da ferramenta produzida na aplicação idealizada pelo projeto.