Pesquisas superam desafios na UENF
Segundo os coordenadores dos Programas de Pós-graduação do Centro de Biociências e Biotecnologia (CBB) da UENF, os projetos de pesquisa desenvolvidos na IC são um instrumento valioso para aprimorar a qualidade do estudante, ampliar os conhecimentos e possibilitar maior desenvolvimento pessoal e profissional.
“A IC é a porta de entrada para a pós-graduação” — A Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais (PPGERN) do CBB, professora Angela Pierre Vitória, acredita que a experiência na IC pode ser uma grande potencializadora para quem pretende ingressar na pós-graduação. Ela aconselha a todos os estudantes que estão chegando à universidade a aproveitar a oportunidade de interagir com os grupos de pesquisas com os quais ele tem mais afinidade.
“Os alunos que fazem a IC chegam à pós-graduação com uma bagagem muito mais completa, eles já sabem o que está esperando por eles no mestrado e doutorado. Observamos que eles têm muito mais facilidade para lidar com a questão dos objetivos a serem cumpridos. Mas isso não significa que o estudante que não tenha feito a IC não tenha capacidade para ingressar numa pós-graduação. Não é isso. Mas, os que fazem tem uma facilidade maior com a leitura em língua estrangeira, sabem quais as partes dos projetos científicos, enfim a IC é uma etapa muito importante.”, informou.
Profa. Angela Pierre Vitória, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais
A professora ressalta ainda que os estudantes melhor classificados no processo seletivo do PPGERN são aqueles que fizeram a IC. “Essa é a bagagem que eles trazem para nós. Além disso, eles se sentem mais à vontade para dar sugestões e se apropriam muito mais rápido da pesquisa, diferente do estudante que nunca frequentou um laboratório”, ressaltou a professora.
“A IC é a base para a formação continuada” — O coordenador do Programa de Pós-Graduação em Biociências e Biotecnologia (PGBB), Professor Arnoldo Rocha Façanha, também tem a opinião de que a IC é a base para a formação continuada e a autonomia científica e tecnológica do profissional. Ele acredita que o estudante que teve uma boa experiência na IC ingressa na pós-graduação bem mais preparado.
“A IC é de suma importância para os estudantes, uma espécie de alicerce. É preciso para certas áreas, como a Biociências e Biotecnologia, uma formação bem estruturada e é isso que a IC vem proporcionando aos estudantes de PG”, enfatiza o coordenador.
Professor Arnoldo acrescenta que a universidade está aberta a receber todos, mas informa que os estudantes que participaram da IC e são avaliados pelas bancas examinadoras ao ingressar na pós-graduação recebem muitos elogios.
Prof. Arnoldo Rocha Façanha, coordenador do Programa de Pós-graduação em Biociências e Biotecnologia
“Percebemos também que aquele estudante que fez uma boa IC muita vezes alcança um destaque espetacular, conseguindo, inclusive, aprovação direta para o doutorado em universidades de excelência. A interação entre os orientadores e o estudante é fundamental, a troca de experiência é um grande nivelador. O jovem consegue trabalhar com mais autonomia e a UENF dá essa oportunidade ao estudante com laboratórios e equipamentos de ponta disponíveis. Esse é o nosso diferencial, proporcionar ao estudante uma qualificação desde o momento que o estudante ingressa na Iniciação Científica”, relatou o professor.
“A Iniciação Científica é decisiva para o futuro acadêmico” — O coordenador do Programa Pós-Graduação em Biotecnologia Vegetal (PBV), Prof. Thiago Motta Venâncio, ressalta que a IC aproxima o estudante da pós-graduação.
“Boa parte dos nossos ingressantes na PG veio da Iniciação com projetos muitas vezes premiados. O contato deles com os orientadores e com os laboratórios facilita muito na hora de uma seleção”, destaca o coordenador.
O programa de IC é reconhecido em todo o país e segundo o professor Thiago, capacita os estudantes para o futuro acadêmico. “A universidade que tem o programa de Iniciação Científica como da UENF deveria ter um dispositivo regimental que permita colocar o estudante no doutorado direto. Existem vários estudantes que fizeram uma IC forte na nossa universidade que tem essa capacidade”, frisou o coordenador.
Prof. Thiago Motta Venâncio, coordenador do Programa de Biotecnologia Vegetal
Para o professor, a IC contribui com vários fatores que auxiliam no sucesso acadêmico de quem pensa no futuro.
“Um dos principais fatores é o talento, mas não podemos esquecer do comprometimento e da parceria com o professor orientador, que percebe a dedicação do estudante e, com certeza, investe nele. Meu conselho é para que todos tentem ingressar no laboratório que tenham afinidade, até mesmo para saberem o que realmente querem para o futuro, acumulando experiência com os erros e acertos”, finalizou.