Premiado em 2016 aprende no Mestrado ferramentas para aplicar na Biologia
Ronaldo da Silva Francisco Junior, 21 anos, segue a vida fazendo o que mais gosta: estudar. Com a conclusão da graduação em Ciências Biológicas na UENF e a premiação no VIII CONFICT, ele decidiu pelo Mestrado no Programa de Pós-graduação em Modelagem Computacional na área de Bioinformática no Laboratório Nacional de Computação Científica – LNCC em Petrópolis.
Além do Mestrado, Ronaldo continua em colaboração com o laboratório do professor Enrique Medina-Acosta na pesquisa da graduação. “Minha vinda para o LNCC foi com o objetivo de aprender ferramentas computacionais de alto desempenho na área de Biologia para aplicar nos projetos da UENF, além disso, pretendemos criar uma ponte de colaboração entre o LNCC e a UENF”, explicou o jovem que também já foi Premiado no Congresso Brasileiro de Genética e homenageado com uma Menção Honrosa pela coordenação do curso de Bacharelado em Ciências Biológicas pelo destacado desempenho acadêmico.
Mas quem vê o biólogo, graduado por uma das melhores instituições públicas de ensino do País, não imagina por toda dificuldade que ele passou até chegar aqui. Veio de uma família humilde, estudou e encarou as dificuldades da escola pública, passando pelas incertezas das suas escolhas profissionais, da sua própria capacidade de superar o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), sendo o primeiro da família a cursar o ensino superior. Com muito esforço, dedicação aos estudos e com uma longa rotina diária, debruçado sobre os livros ele superou todas as barreiras e venceu, entrando no ensino superior de forma exemplar.
Conheça a pesquisa – Na UENF, Ronaldo realizou seu sonho de estudar genética, de conhecer o “mundo das bases nitrogenadas” e por meio da sua bolsa de Iniciação Científica PIBIC/UENF se dedicou exclusivamente a sua premiada pesquisa, desenvolvida no Laboratório de Biotecnologia. Este trabalho avaliou alterações epigenéticas nos genes do genoma humano associadas a doenças que apresentam regulação através do fenômeno denominado imprinting genômico.
“Nós, seres humanos, somos organismos diploides, apresentamos metade do nosso material genético vindo do nosso pai e a outra metade vinda de nossa mãe. Estes genes, em sua maioria, expressam-se de forma conjunta para dar a característica do indivíduo, sendo denominado de genes de expressão bialélica. Porém, por volta de 1% de nossos genes sofrem ação do imprinting genômico, que faz com que apenas um alelo dos nossos genes sejam expressos, tendo associados a eles alguns tipos de doenças.”, detalhou Ronaldo.
Os resultados conclusivos deste projeto poderão no futuro ajudar a entender e assim identificar a presença de doenças como a Síndrome de Prader-Willi e Síndrome de Angelman, entre outras.