Programa de Iniciação Científica e Tecnológica possibilita oportunidades-26a edição “Conhecendo a Ciência”
Os coordenadores dos Programas de Pós-graduação do Centro de Ciências do Homem (CCH) da UENF defendem a opinião de que a Iniciação Científica é primordial e possibilita oportunidades apresentando um melhor desempenho nos processos seletivos para ingresso nos cursos de pós-graduação.
Todo estudante de graduação deveria se inserir nas atividades de IC — A Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Políticas Sociais, Renata Maldonado Da Silva, que foi bolsista de IC na Universidade Federal do Rio de Janeiro, acredita que a Iniciação Científica foi e é determinante para que o estudante de graduação inicie seu primeiro contato com a pesquisa na instituição e, a partir disso, possa dar prosseguimento às suas atividades acadêmicas no mestrado e doutorado.
“Sempre, em minhas aulas, sinalizo a importância para os alunos de estarem em uma instituição universitária como a UENF, que articula o tripé ensino, pesquisa, extensão e que, em função disso, tem um impacto profundo na sua formação acadêmica. Penso que a UENF é um local privilegiado, pois o Programa de IC disponibiliza várias oportunidades para que os alunos desenvolvam suas atividades de pesquisa durante a graduação. Minha experiência como bolsista de IC ao longo de toda a minha graduação foi estratégica para a minha trajetória profissional e acadêmica. Por isso, assim que cheguei à UENF, quis participar como representante do Programa de IC no CCH”, esclarece.
Para a coordenadora, o estudante que consegue ter um bom desenvolvimento nas atividades de pesquisa, durante a graduação, se sente muito mais confiante em concorrer ao mestrado e posteriormente ao doutorado.
“Em função disso, ele já é capaz de propor um tema de pesquisa no processo seletivo, tendo claros os critérios necessários à elaboração de um projeto. Esse processo se desenvolve com mais tranquilidade, e ele já é capaz de detectar quais são os seus interesses acadêmicos, o que vai influenciar no perfil do programa de pós-graduação para o qual deseja se inserir e, consequentemente, sua linha de pesquisa”, disse a coordenadora.
Profª Renata Maldonado atual coordenadora do Programa de Pós-Graduação de Políticas Sociais
Outro ponto importante destacado pela professora Renata é a fundamental importância dos orientadores no estímulo ao aprimoramento de atividades científicas, a publicização do conhecimento construído nos programas de IC e pós-graduação, incentivando, sobretudo, a colaboração científica entre discentes e docentes em prol da sociedade.
“Penso que o papel da coordenação é, principalmente, destacar a relevância da pós-graduação no processo de construção do conhecimento científico e, sobretudo, sinalizar a intervenção que os estudantes realizam com suas pesquisas na realidade. É importante que os alunos tenham clareza do seu papel na sociedade”, finalizou.
A ICT contribui para o desenvolvimento do espírito científico do estudante — Essa é a opinião da professora Denise Cunha Tavares Terra do Laboratório de Gestão e Políticas Públicas (LGPP), que já exerceu recentemente a função de Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Políticas Sociais (PPGPS). Segundo ela, a Iniciação Científica (IC) permite um melhor engajamento do estudante de graduação na pesquisa científica, incentivando uma maior articulação entre a graduação e a pós-graduação, antecipando a aprendizagem de metodologias e técnicas de pesquisa científica, e estimulando o desenvolvimento da reflexão e do pensamento científico, decorrentes das condições criadas para o contato com os temas e questões de pesquisa de uma área de conhecimento.
Profª. Denise Terra ex coordenadora do Programa de Pós-Graduação de Políticas Sociais
“A IC permite que os candidatos aos Programas de Pós-graduação apresentem um melhor desempenho nos processos seletivos. Os que tiveram a oportunidade de participar da IC tendem a possuir maior facilidade na elaboração dos projetos de pesquisa, nas apresentações orais em seminários e eventos científicos, bem como na produção científica, de fundamental relevância para qualquer programa de pós-graduação” enfatizou.
Denise acrescenta ainda que os estudantes que passaram pela IC, em sua maior parte, se destacam pela maior autonomia na efetivação da aprendizagem, maior independência intelectual, maior embasamento teórico e domínio da documentação como método de estudo pessoal, apresentando maior capacidade de leitura, análise e interpretação de textos científicos.
“A IC contribui para o desenvolvimento do espírito científico do estudante estimulando-os à participação em grupos de pesquisa, e ao engajamento em projetos e grupos de estudos supervisionados pelos docentes que participam das linhas de pesquisa dos programas de pós-graduação. Esse trabalho, devemos destacar, é sempre feito junto com os orientadores. A pesquisa e a reflexão são objetivos da vida científica universitária e o orientador tem um papel relevante no estímulo e formação desses novos pesquisadores”, finalizou a professora.
A Iniciação Científica favorece e amplia a formação acadêmica — A professora Wania Amélia Belchior Mesquita é coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política (PPGSP) da UENF e ressalta que no programa há ampla participação de bolsistas do PIBi-UENF nos projetos coordenados pelos professores do PPGSP e integrados às linhas de pesquisas do Programa. No último ano, 26 bolsistas de IC participaram de projetos de pesquisas no PPGSP.
“É de se registrar que o investimento na Iniciação Científica já é uma tradição da UENF, que por três vezes (2003, 2009 e 2016) recebeu do CNPq o Prêmio Destaque do Ano na Iniciação Científica na categoria “Mérito Institucional”. A distinção se baseia justamente no percentual de egressos da Iniciação Científica titulados em cursos de mestrado ou doutorado, o que pode ser considerado um indicador reconhecido de efetividade e de grande importância para o PPGSP na sua relação com a graduação da UENF, especialmente com os cursos de Bacharelado de Ciências Sociais e Administração Pública e com a Licenciatura em Pedagogia”, disse.
Profª. Wania Mesquita coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política
A professora Wania também destaca que o trabalho de interação da Iniciação Científica e o PPGSP também tem ocorrido por meio de seminários, palestras e minicursos, integrados.
“Registra-se também a participação dos bolsistas anualmente no Fórum Discente do PPGSP. Para além da participação nas atividades programadas, muitos bolsistas de IC atuam como monitores voluntários nesse evento. Essas ações contribuem para melhorar as atividades entre os dois níveis de formação já existentes e mesmo apontar outros, de modo a intensificar e consolidar essa integração”, declarou a professora.
A UENF vem preparando seus estudantes para passos mais longos — O professor e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Cognição e Linguagem (PGCL) do Centro de Ciências do Homem (CCH), Carlos Henrique Medeiros de Souza, ressalta que os projetos de pesquisa desenvolvidos na UENF são um instrumento valioso para aprimorar a qualidade do estudante, ampliar os conhecimentos e possibilitar maior desenvolvimento pessoal e profissional.
“Acho muito importante e gostaria de destacar o modelo de Iniciação Científica que é trabalhado na UENF. Como todos nós somos doutores e como temos a função de passar conhecimento, isso faz com que os estudantes tenham contato permanente com diversos profissionais e em diversas áreas e com isso sejam influenciados a participar dos grandes eventos que acontecem na universidade relacionados na área da IC e da pesquisa. Acredito que a UENF tem cumprido o seu papel de preparar o estudante para o ingresso no mestrado e doutorado com mais confiança. Essa é a oportunidade que a universidade vem dando para que o estudante se torne um grande pesquisador” declarou o coordenador.
Prof. Carlos Henrique Medeiros de Souza coordenador do Programa de Pós-Graduação em Cognição em Linguagem