Pimentas ornamentais é tema de pesquisa

Incentivo foi a palavra-chave para que o estudante Eduardo Salomão Soares Filho, 20 anos, do 5º período no curso de Agronomia ingressasse na UENF. Natural da cidade de Jacundá no interior do Pará sempre teve contato com a área rural, onde toda sua família trabalhava. A universidade e seus atributos foram apresentados pela irmã, que está hoje no último ano de Agronomia, que o incentivou e deu o maior apoio para que ele pudesse enfrentar a saudade da família.

“Ficar longe dos meus pais não foi fácil, mas recebi muito apoio da minha irmã, dos amigos e colegas de laboratório, que me dão total suporte e disponibilidade para seguirmos com a pesquisa e acabam sendo minha família aqui. Na pesquisa, a minha orientadora, professora Rosana Rodrigues, é uma inspiração para mim e espero seguir os mesmos passos e me tornar um profissional reconhecido na área. O que me chamou sempre a atenção foi a excelência da universidade em formar profissionais e pesquisadores e as inúmeras oportunidades oferecidas para os alunos”, disse ele.

Não dá para pensar em carreira sem citar a IC, segundo Eduardo. Para ele todos os estudantes de graduação deveriam passar pela a IC, uma ferramenta agregadora na formação acadêmica.

“A IC é hoje uma ferramenta muito agregadora na formação acadêmica e de extrema importância para a minha trajetória e de todos aqueles que sonham em seguir na área da pesquisa, pois desde a graduação nos integra com a área que desejamos fazer carreira, e estamos sempre aprendendo cada vez mais. Um dos pontos que eu destaco e que vem fazendo a diferença para nós estudantes é a apresentação dos resultados da minha pesquisa no CONFICT. Espero, em breve, ter a oportunidade de apresentar em outros congressos da área e tenho muito interesse em ingressar na pós-graduação e concluir o mestrado e doutorado no Melhoramento Genético Vegetal.” relata o estudante.


Conheça a pesquisa

A pesquisa desenvolvida pelo estudante Eduardo Salomão Soares Filho no Laboratório de Melhoramento Genético Vegetal, do Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias (CCTA), é coordenada pela professora Rosana Rodrigues. Eduardo conta que o experimento da sua pesquisa foi instalado no início do semestre, semanas antes da paralisação, em função da pandemia, mas que mesmo assim ele e seu grupo tem conseguido dar conta dos trabalhos.

“Temos seguido todas as medidas de segurança recomendadas para que o nosso experimento não pare. Estamos avaliando o desempenho agronômico e qualidades ornamentais de quatro pré-cultivares de pimenta, do programa de melhoramento genético da UENF, cultivadas em vasos com três volumes diferentes. O experimento está sendo conduzido na Unidade de Apoio à Pesquisa, em casa de vegetação localizada no campus da Universidade. Nosso objetivo é identificar pimentas com características adequadas às exigências do mercado de ornamentais e registrá-las no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). As pimentas ornamentais têm um crescente mercado no Brasil” informou.

Eduardo garante que futuramente as sementes dessas cultivares estarão disponíveis no mercado. “Esse um produto tecnológico que traz mais uma opção de produção e renda para produtores familiares e de produto ornamental para os consumidores”, finaliza.

Por Jane Ribeiro

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