UENF tem Agência de Inovação

Paranhos: 'Hora de desbravar a inovação'A UENF acaba de aprovar no Conselho Universitário a criação da sua Agência de Inovação. A nova instância, que assume e amplia as atribuições da atual Diretoria de Projetos, nasce com três missões primordiais: (1) atuar como proponente e gestor da política de inovação da UENF; (2) reforçar as relações universidade-empresa, atuando na transferência de tecnologia para o setor produtivo; e (3) cuidar da propriedade intelectual de tudo o que é produzido na UENF, incluindo desde pedidos de patente até registros de softwares, cultivares, marcas e obras literárias.

A Agência de Inovação da UENF terá duas gerências e uma assessoria. A Gerência de Projetos vai se dedicar à área de convênios, enquanto a Gerência de Patentes e Transferência de Tecnologia vai cuidar da propriedade intelectual. A Assessoria para Incubadora de Empresas e Parque Tecnológico será voltada para a participação da UENF em empreendimentos como o da incubadora tecnológica TEC Campos.

– Praticamente todas as universidades estão trabalhando a questão da inovação nos últimos anos, especialmente depois que o governo federal associou a inovação à ciência e tecnologia – avalia Ronaldo Paranhos, diretor de Projetos da UENF.

Paranhos lembra que a UENF já tem 31 patentes depositadas, além de dois softwares e duas marcas registradas. A Incubadora TEC Campos, da qual a UENF é uma das consorciadas e fundadoras, abriga hoje 45 empreendimentos. São 28 pré-incubadas, 13 incubadas e quatro empresas associadas – negócios já constituídos que pretendem inserir inovação em seus processos.

Duas empresas foram graduadas em junho deste ano, quando se desligaram da Incubadora e se inseriram no mercado. Uma é do ramo de publicidade, outra do setor de petróleo.

A implantação da Agência de Inovação da UENF deve se dar assim que o texto aprovado no Conselho Universitário passe pela Assessoria Jurídica e seja publicado no diário Oficial.

Primeiro passo: criar ‘agenda de inovação’

Uma das tarefas da Agência de Inovação da UENF é instaurar e fomentar uma cultura de inovação no próprio ambiente acadêmico. Para começar a encarar o desafio, Ronaldo Paranhos pretende elaborar uma ‘agenda de inovação’ para 2012. Serão seminários, palestras e outros eventos, preferencialmente organizados em parceria com outras instituições.

O parâmetro para desenhar a empreitada é a experiência da incubadora TEC Campos, constituída em 2006 através da associação entre UENF, IFF (então Cefet Campos) e um conjunto de outras instituições: Acic, Censanet, Fenorte, Fundenor, Prefeitura de Campos, Pró-IFF (antiga Fundação Cefet Campos), Sebrae e Sistema Firjan. Para Paranhos, o desafio na região e no país tem que ser enfrentado através da articulação entre meio acadêmico, setor produtivo e instâncias de governo.

– A hora é de desbravar a inovação, transferir as tecnologias que temos, fortalecer a incubação e estabelecer a cultura da inovação. Com estas frentes consolidadas, poderemos, no futuro, pensar num parque tecnológico. Que não será da UENF, mas da região – avalia.