Graduação

 

 APRESENTAÇÃO DO CURSO

O Curso em Engenharia de Exploração e Produção de Petróleo da UENF é o pioneiro no Brasil, com a chegada em dezembro de 1993, em Macaé, a natureza do projeto de implantação do Laboratório de Engenharia e Exploração de Petróleo (LENEP), iniciando logo em agosto de 1994 um curso de pós-graduação, com mestrado e doutorado, em instalações de pequeno porte no CEFET. Os primeiros alunos da graduação cursaram dois anos na UENF em Campos, mas, após concluírem o ciclo básico, chegaram ao LENEP em agosto de 1995 para o ciclo profissional começando o 3º ano. Aqui eles ficaram até 1998, quando se deu a Colação de grau dessa primeira turma de graduação; nesse mesmo ano, foi concluída a primeira tese de mestrado. Em 28 de março de 2002, foi a inauguração das atuais instalações do LENEP através do convênio entre UENF/FENORTE/PETROBRAS/Governo do Estado do Rio de Janeiro e Prefeitura de Macaé.

O LENEP é a unidade acadêmica responsável pela gestão do Curso, e trata-se de um projeto que tem como diretriz principal a associação de um alto padrão acadêmico com o direcionamento tecnológico e inserção regional inerentes à sua interação com o setor industrial e à sua localização na região produtora da Bacia de Campos. Esse perfil demandou uma implantação estruturada, contemplando: (i) a formação de um corpo docente diversificado de alta capacitação técnico-científica, composto exclusivamente por doutores em regime de dedicação exclusiva, englobando as áreas de Geofísica, Geologia e Geoquímica, Petrofísica, Engenharia do Petróleo, Modelagem Matemática e Computacional; (ii) a abertura de cursos em níveis de graduação, mestrado e doutorado com concepção própria inovadora, de forma a reunir, na formação profissional e acadêmica, as principais disciplinas da exploração e produção de petróleo (E & P), bem representadas na Instituição.

Em 18 anos de funcionamento, o LENEP/UENF tornou-se referência nacional para a indústria do petróleo, como instituição de pesquisa e formação de recursos humanos de alto nível, conforme demonstra-se através dos seguintes eventos: i) acordos recentemente firmados entre a PETROBRAS, a UENF, UNICAMP e UNESP, para pesquisas voltadas para exploração e produção de petróleo nas camadas do pré-sal, e entre a CGGVeritas e a UENF (juntamente com UNICAMP e UFPA) para a formação de doutores que irão integrar o seu centro de tecnologia recém implantado no Rio de Janeiro; ii) fundação da INVISION GEOFÍSICA LTDA, como empresa incubada, que em 2009 iniciou a comercialização de serviços de processamento e análise de dados geofísicos, com base em frutos das pesquisas em geofísica de reservatório desenvolvidas na Instituição; iii) investimento massivo (cerca de R$ 17.500.000,00) em infraestrutura de pesquisa através da escolha do LENEP/UENF como Núcleo Regional de Competência em Campos Marítimos e como integrante do comitê gestor de diversas redes temáticas da PETROBRAS; iv) incorporação pela PETROBRAS de tecnologias das áreas de engenharia de reservatório e processamento e inversão de dados sísmicos, desenvolvidas no LENEP/UENF através de projetos de pesquisa financiados pela Empresa. Não obstante o vigor demonstrado na evolução do Programa, envolvendo a sua estruturação em amplas bases (pesquisa, graduação e pósgraduação) e interação com o setor industrial, o que impôs um forte ônus a um reduzido grupo de pesquisadores, há agora a necessidade de se buscar um melhor posicionamento no sistema acadêmico de avaliação. Atualmente, o principal esforço da Instituição está voltado para a consolidação dos indicadores acadêmicos de produção científica e tecnológica, que demandam uma ação redobrada pelos membros do corpo docente atual e das esferas administrativas superiores, em função de condições adversas impostas pelo mercado de trabalho da área de petróleo, atualmente aquecido pelo crescente nível de atividade do setor de E & P de petróleo, o que dificulta a manutenção de corpos docentes e discentes de alta qualidade. Nesse sentido, a Instituição está lançando editais para a contratação de 2 professores titulares e 5 associados, bem como obteve aprovação prévia do governo do Estado para expansão do quadro docente em mais 10 professores nos próximos anos. Contudo, é premente a necessidade de tornar mais atraente a carreira acadêmica, através do aproveitamento do ambiente de benefícios ao pesquisador discente e docente e de infraestrutura privilegiada, conforme construído ao longo dos anos.

O curso tem realizado, com êxito, a implantação de um ambicioso programa de formação de recursos humanos PRH20/ANP/UENF e desenvolvimento de pesquisa científica e tecnológica na área de E & P de petróleo.

No âmbito regional (Norte-Noroeste Fluminense e Região dos Lagos), o impacto causado pelo Programa de Pós-graduação e pelo curso de graduação (Bacharelado) tem sido expressivo ao prover localmente uma formação adequada para a demanda do mercado, com desdobramentos de natureza sócio-econômico e cultural. Foi o primeiro Programa de Pós-graduação implantado em Macaé (vindo no bojo da UENF) com Corpo Docente em regime de dedicação exclusiva, atuando prioritariamente na pesquisa, como também no ensino. Por outro lado, vem formando quadros técnicos e científicos altamente especializados (aos níveis de Bacharel, Mestre e Doutor) e quadros de liderança, numa das áreas mais complexas da atualidade em matéria de nível tecnológico (E&P). A maioria dos alunos é de jovens talentos da região, tendo por objeto de estudo o petróleo, a maior riqueza regional. Na graduação, se formaram 240 Engenheiros de E & P de Petróleo, 100 mestres e 29 doutores, sendo mais de 75% provenientes da região, com mais de 95% contratados pelas empresas do ramo (ver dados a seguir):

Absorção dos egressos pelo Mercado de Trabalho (estatística até 01.01.2013): a) 29 Doutores: 9 na PETROBRAS (5 já pertenciam à Empresa ao ingressar no Programa), 6 no LENEP (sendo 3 docentes e 3 técnicos de nível superior), 1 na Universidade de Vila Velha (UVV/ES) e 1 na UNIGRANRIO (Macaé/RJ); b) 64 Mestres: 27 na PETROBRAS (14 já pertenciam à Empresa ao ingressar no Programa), 17 em empresas (4 na Halliburton, 4 na Schlumberger, 2 na Genes ys, 1 na BJ-Service, 1 na INVISION, 1 SONANGOL, 1 na Nauko, 1 na Analytical Solutions, 1 na Baker-Hughes e 1 na UNAP), 2 no IBAMA, 2 Empresários, 1 na ANP, 1 no CEFET, 1 Universidade Particular – Campos/RJ, 8 foram para o Curso de Doutorado do Programa (5 ainda estão cursando, sendo que 1 passou a funcionário da Schlumberger atualmente, e 2 concluíram, sendo uma Professora do LENEP e outra é funcionária concursada da PETROBRAS) e 2 ministrando aulas em faculdades particulares, 4 sem informação sobre o destino; c) Bacharelados (190): 118 na PETROBRAS (concursados + contratados), 19 na Schlumberger, 16 na Halliburton (incluindo Landmark), 5 na BJ-Services, 3 na Cooper-Cameron, 3 na Weatherford, 3 na Baker-Hughes, 2 na Smith, 2 na Petrorecôncavo, 1 na Atrac, 1 na Transocean, 1 na Agip, 1 na Pride, 1 na W Washington, 1 na Expro, 1 na Queiroz Galvão, 1 na Chevron, 1 na Hope Consultoria, 1 no CEFET, 1 na UNIG e 2 fazendo mestrado neste Programa, 1 na UNICAMP.

 

 PERFIL DO CURSO

• Denominação do Curso: Engenharia de Engenharia de Exploração e Produção de Petróleo

• Data de início do funcionamento do curso: 16/08/1993

• Reconhecimento: Data de Publicação D.O.U:  31/12/1998

• Modalidade: Educação Presencial – Graduação

• Titulação Conferida: Engenheiro de Petróleo

• Duração do curso: 5 anos

• Currículo Atual: Aprovado em 2009/2

• Regime Escolar: Semestral

• Número de Turmas Oferecidas: 1 (uma)

• Turnos Previstos: Matutino e Vespertino

• Número de Vagas Oferecidas: 25

• Total de Créditos e horas:

-Atividades teóricas obrigatórias totais: 214 ou 3.944 horas (incluindo atividades optativas)

– Atividades prática experimentais: 10 créditos ou 340 horas

– Atividades suplementares Estágio: 340 horas

Total: 224 créditos

• Integralização Curricular em horas: 4.284 horas

• Profissão: Lei 5.194 de 24/12/1966.

 ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO

O Curso de Engenharia de Petróleo da UENF tem a duração convencional de 5 (cinco) anos que obedece a resolução nº 2, de 18 de junho de 2007 do MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR, que dispõe sobre carga horária mínima e procedimentos relativos à integralização e duração dos cursos de graduação, bacharelados, na modalidade presencial. O corpo docente do ciclo básico e profissional é composto somente por professores com nível de doutorado com regime de dedicação exclusiva à ensino, pesquisa e administrativo ao curso.

Com base no artigo 7º do Capítulo III das Normas da Graduação da UENF, o controle da integralização curricular é feito pelo sistema de créditos, correspondendo um crédito a 17 (dezessete) horas de atividades teóricas, a 34 (trinta e quatro) horas de atividades práticas e a 68 (sessenta e oito) horas de atividades curriculares suplementares.

Sendo assim, o aluno para se formar em Engenharia de Petróleo na UENF deve cursar 4284 horas em disciplinas e 480 horas em requisitos curriculares complementares, no mínimo, assim distribuídas:

•Disciplinas de Atividades Teóricas Obrigatória: 204 créditos ou 3468 horas

•Disciplinas de escolha condicionada Optativas: mínimo 10 créditos ou 476 horas

•Disciplinas de Atividades Práticas: 10 créditos ou 340 horas

•Requisito curricular suplementar “Estágio Supervisionado” 480 horas

•Requisito curricular suplementar “Projeto de Graduação”

•Atividades Complementares até 320 horas (opcional)

FORMAS DE ACESSO AO CURSO

Em consonância com o inciso II do art. 44 da LDB, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional – “de graduação, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio ou equivalente e tenham sido classificados em processo seletivo”. O curso de graduação em Engenharia de Petróleo da UENF tem duas formas condicionantes de acesso por meio de processos seletivos:

A) SiSU/ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio/ Sistema de Seleção Unificada)

            A partir de 2010/2011, o Vestibular para os cursos presenciais da UENF é exclusivamente o SiSU/Enem. O SiSU/ENEM tem como objetivos democratizar as oportunidades de acesso às vagas de ensino superior, e possibilitar a mobilidade acadêmica e induzir a reestruturação dos currículos do ensino médio.

            De acordo com o item 4 da ATA DA 193ª REUNIÃO DA CÂMARA DE GRADUAÇÃO da UENF realizada no dia 20 de julho de 2010 que define pesos das matrizes de referência das provas do SiSU/ENEM para os cursos de graduação. Define que, para o curso de Engenharia de Petróleo da UENF, os pesos:

MATRIZ DE REFERÊNCIA Pesos
Linguagem, códigos e suas tecnologias 1 (um)
Matemática e suas tecnologias 3 (três)
Ciências humanas e suas 1 (um)
Ciências da natureza e suas tecnologias 3 (três)
Redação 2 (dois)
Total 10 (dez)

B) Transferências, reingresso e isenção de vestibular

            No primeiro semestre de cada ano são oferecidas, pela pró-reitoria de graduação, através de edital de seleção para Transferências Externa e Interna, Isenção de Vestibular e Reingresso nos Cursos de Graduação da UENF. O acesso via a esta forma depende da existência de vagas e do atendimento às disposições expressas neste edital. Para o curso de Engenharia de Exploração e Produção, é exigido que o candidato seja originado de outro curso de qualquer curso de Engenharia, Geologia, Geofísica, Tecnólogo de Exploração e Produção de Petróleo.

       A seleção é realizada da seguinte forma:

B.1 Primeira Etapa: Prova escrita, com duração de 04 horas, composta por questões de disciplinas que compõem a matriz curricular do curso de Engenharia de Exploração e Produção da UENF, e uma redação sobre um tema escolhido pelo candidato, dentre os temas oferecidos.

a) As questões da prova de conhecimentos específicos e os temas da redação serão elaborados pela Comissão de Avaliação do curso, escolhida pelo respectivo colegiado de curso.

b) O candidato selecionará cinco questões dentre as dez oferecidas na prova.

Obs.: Caso o candidato responda mais de cinco questões, serão consideradas para correção as cinco primeiras na ordem que foram respondidas.

c) A prova de conhecimentos específicos será avaliada pela Comissão de Avaliação de cada curso.

d) A redação será avaliada por uma Comissão composta por, no mínimo, três pessoas, sendo observados gramática, concordância, pontuação, acentuação, coesão, coerência e conteúdo, bem como o conhecimento relativo ao tema escolhido.

e) A Comissão de Avaliação de cada curso receberá os resultados da redação e emitirá a nota da primeira etapa, considerando o peso 0,3 para a redação e peso 0,7 para a prova de conhecimento específico.

f) Serão eliminados, nesta etapa, os candidatos que obtiverem nota abaixo de 6,0, numa escala de 0 a 10,0.

B.2. Segunda Etapa: Entrevista com a Comissão de Avaliação do curso, onde serão considerados os seguintes pontos:

a) Disciplinas cursadas na instituição/curso de origem;

b) Coeficiente de rendimento do aluno na instituição/curso de origem;

c) Conceito/nota em disciplinas consideradas fundamentais pela comissão avaliadora de cada curso;

d) Percentagem de reprovação no curso de origem;

e) Outras ações dependentes das Coordenações dos cursos.

4.2.1. No caso de empate entre dois candidatos, terá prioridade na classificação a seguinte ordem:

1) O candidato inscrito para Transferência interna,

2) O candidato inscrito para Reingresso,

3) O candidato inscrito para Transferência externa,

4) O candidato inscrito para Isenção de Vestibular.

Permanecendo o empate, a prioridade será do candidato com maior nota, pela ordem na avaliação da prova escrita.

B.3 Classificação final

a) Média final a partir do resultado do processo de avaliação, levando-se em consideração as notas de 0 a 10; e pesos iguais a 0,4 para a nota da Primeira Etapa e 0,6 para a nota da Segunda Etapa;

Nota final = (Nota da primeira etapa x 0,4) + (Nota da segunda etapa x 0,6)

b) Serão automaticamente eliminados da classificação final os candidatos que não alcançarem média final igual ou superior a 6,0.

c) Serão automaticamente eliminados os candidatos que não comparecerem a qualquer etapa.

d) As notas finais dos candidatos serão emitidas pelas comissões de avaliação dos cursos.