O PEA Pescarte iniciou a segunda edição do Censo da Pesca Artesanal em 10 municípios da Bacia de Campos. Desde o início do mês de maio, as comunidades de pesca dos municípios de Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Carapebus, Macaé, Quissamã, Rio das Ostras, São Francisco de Itabapoana e São João da Barra estão recebendo os recenseadores. O projeto de extensão PEA Pescarte foi iniciado em 2014 e é gerenciado pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF).
De acordo com o coordenador técnico do Pescarte, Geraldo Timóteo, o Censo da Pesca Artesanal levanta informações sobre renda, trabalho, mobilidade, entre outras pontos. A previsão é que a sondagem seja desenvolvida por 24 meses.
“Os primeiros dados estatísticos sobre a população pesqueira da região foram levantados entre os anos de 2014 e 2016, dando origem a artigos científicos, livros e apoio aos agentes de políticas públicas envolvidos na classe da pesca artesanal. Na ocasião, foram entrevistadas 10.082 pessoas em 32 comunidades de 144 localidades, alcançando 4.331 pescadores em 3.474 famílias. Esses dados ajudam a compreender as condições em que se encontra a população estudada”, completou.
A preparação para o levantamento começou no início deste ano, quando, durante três meses, um grupo de 62 educadores socioambientais e recenseadores foram capacitados para atuar na pesquisa. O grupo participou de cursos sobre Educação Ambiental, Cooperativismo e Licenciamento Ambiental.
Segundo Paulo Mesquita, estatístico do Pescarte, no Censo a análise é realizada por meio de um questionário com perguntas sobre família, trabalho e aspectos ambientais do entorno das comunidades de pesca.
“O Censo faz um retrato dos indivíduos que atuam na pesca artesanal. O objetivo é saber quantos são, onde estão e como vivem esses pescadores. Os questionários chegam até as comunidades por meio dos agentes censitários, que são educadores socioambientais do Pescarte treinados para realizar levantamento”, ponderou.
Estão aptos a participar do Censo os beneficiadores de pescado, comerciantes, construtores navais, artesãos e aquicultores ou a pessoa que exerça alguma ocupação na cadeia produtiva da pesca artesanal nos 10 municípios onde o projeto atua.
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