A Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), por meio da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários (ProAC), está realizando a alfabetização de colaboradores de empresas terceirizadas que prestam serviços para a Universidade. As aulas começaram em 18/05/23 e acontecem às segundas, quartas e quintas-feiras, das 12h30 às 13h50, no térreo do E1, prédio da Reitoria da UENF. Atualmente, oito alunos participam das aulas de alfabetização e aprofundamento. A expectativa é que novas turmas sejam formadas.
De acordo com a Pró-reitora de Assuntos Comunitários, professora Clícia Grativol, a ideia surgiu depois que o servidor Ivisson da ProAC identificou que muitos colaboradores da UENF não eram alfabetizados.
— Assim que tivemos essa informação pensamos em fazer algo nesse sentido. Com a chegada da professora Bianka Pires, que atua na Pedagogia e agora também é assessora da ProAC, iniciamos a realização deste projeto. Este é mais um exemplo do papel transformador da universidade pública na vida das pessoas — conta Clícia.
O sonho da colaboradora Dalva de Oliveira Silva, 58 anos, sempre foi ler e escrever. Na infância, ela não teve a oportunidade e agora está feliz em poder estudar. Moradora no Bairro Codin, em Campos dos Goytacazes, Dalva trabalha há quase 10 anos na UENF.
— Eu e meus irmãos não conseguimos estudar. Eu tive que trabalhar muito cedo. Agora estou realizando um sonho. Agradeço a Deus e a todos os envolvidos nesse projeto. Tenho três filhos e sempre fiz questão que todos estudassem. Minha filha, inclusive, está cursando faculdade de Educação Física. É uma vitória — comemora Dalva.
Segundo a professora Rosilani Balthazar, a cada aula pode-se perceber a força de vontade dos alunos, que, mesmo com tantas dificuldades, compreendem o quanto é necessário aprender a ler e a escrever para terem mais autonomia, qualidade de vida e melhores oportunidades.
— A alfabetização de adultos é, sem dúvida, uma oportunidade de levarmos o conhecimento da leitura e da escrita para aqueles que não tiveram a possibilidade de estudar anteriormente. Assim, acreditando na importância da educação para a inclusão social dessas pessoas, nos unimos ao projeto para ministrar as aulas e ajudar em suas atividades. E tem sido uma experiência muito gratificante — declara Rosilani que divide as tarefas de ensino com a professora Neiva Haddad.