Villa Maria vai abrigar sede do Geoparque Aspirante Costões e Lagunas

A Casa de Cultura Villa Maria vai abrigar a sede do Norte Fluminense do Geoparque Aspirante Costões e Lagunas do Rio de Janeiro, do Norte Fluminense.  Para marcar a inauguração do espaço, será realizado um evento em 26/09/24, a partir das 16h, na Villa, durante o qual será feito o lançamento do projeto Geodia na Villa — uma série de roteiros educativos dentro da área compreendida pelo Geoparque com o objetivo de divulgar informações geológicas, históricas e culturais e de populações tradicionais.

Foi o que ficou resolvido na última quinta-feira, 29/08/24, em reunião realizada na Casa de Cultura Villa Maria, com a presença do diretor de Cultura da UENF, Giovane Nascimento; da professora Maria da Glória Alves (assessora científica pela UENF e coordenadora da Câmara de Educação e Cultura do Geoparque); e os bolsistas do projeto Geoparque- Costa Doce e da Villa Maria.

— O Geoday também vai proporcionar a troca de informações com os outros municípios do Geoparque. Ou seja, além dos roteiros, também serão realizadas palestras, cursos, entre outros eventos para esta troca de informações — afirma Maria da Glória.

A proposta de criação de um Geoparque na região do litoral Norte e Leste do Estado do Rio de Janeiro está em discussão há mais de dez anos, envolvendo diversas instituições, entre elas as universidades: UFRJ, UERJ, UFRRJ, UENF , UFF e USP. Em novembro de 2023, o grupo gestor do Geoparque encaminhou um dossiê para a Unesco. A proposta foi aceita e a área passou a ser denominada Geoparque Aspirante Costões e Lagunas do RJ.

Em julho deste ano, uma comissão formada por representantes da Unesco realizou uma avaliação dos locais sugeridos para o Geoparque. Um relatório deverá ser encaminhado em setembro para a Unesco, que em abril de 2025 divulgará o resultado final acerca da criação do Geoparque. Se aceita a proposta, o Geoparque Aspirante Costões e Lagunas do Rio de Janeiro passara a Geoparque Mundial da Unesco. Será o sexto do Brasil.

O Geoparque abrange 16 municípios — de Maricá, na Região Metropolitana, até São Francisco de Itabapoana, no Norte Fluminense. Compreende áreas de interesse científico, didático-pedagógico, turístico, histórico, pré-histórico e ecológico. A coordenadora geral e cientifica do Geoparque Aspirante Costões e Lagunas do Rio de Janeiro é a professora da UFRJ, Kátia Leite Mansur.

— Para que se crie um Geoparque, é necessário que o local contenha uma geologia de importância internacional. Em Búzios e Maricá, por exemplo, temos rochas de bilhões de anos, que são um pedacinho da África, pois estão aqui desde quando os continentes eram ligados. Na Lagoa Salgada, em Campos e São Joao da Barra temos os estromatólitos — diz Maria da Glória, que está envolvida no projeto desde o seu início, em 2012.

Os roteiros turísticos e educativos, que começarão a ser realizados em parceria com a Casa de Cultura Villa Maria ainda este ano, serão abertos a toda a comunidade.

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