Os primeiros trâmites para um possível Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre a UENF e o governo de Angola começaram a ser discutidos na manhã desta quinta-feira, 11/09/25, durante a visita do cônsul geral de Angola, Mateus de Sá Miranda. O cônsul cumpre uma extensa agenda durante todo o dia na Universidade.
A visita começou às 10h, com apresentação de projetos desenvolvidos no Centro de Ciências do Homem da UENF (CCH), no auditório Multimídia do Centro. Antes, o cônsul e sua comitiva conheceram a sede do Projeto de Educação Ambiental Pescarte no município de Campos dos Goytacazes.
Durante a apresentação no CCH, foram realizadas explanações sobre alguns dos principais projetos do Centro, como o Pescarte, o Observatório das Metrópoles – Núcleo Norte Fluminense e a Universidade da Terceira Idade. A pró-reitora de Extensão da UENF, Deborah Guerra Barroso, representou a reitora Rosana Rodrigues, que não pôde participar por estar participando de audiência pública na Alerj.
Na parte da tarde, a agenda inclui visita a projetos dos demais Centros da Universidade: Aquicultura – professor Manuel Vasquez; Orquidário – professora Virgínia; Galinhas poedeiras – professora Carol e Sementes – professor Alexandre Pio Viana. Em seguida, o cônsul se reúne com o vice-reitor da UENF, Fábio Olivares, na Reitoria. Também está prevista uma visita ao Campus e, em especial, ao Centro de Convenções.
Segundo o diretor do CCH, Geraldo Timóteo, a visita é o primeiro passo para um futuro Acordo de Cooperação Técnica (ACP).
— Este acordo pode envolver apoio tecnológico, extensão rural, transferência de tecnologia social para a organização das comunidades agrárias etc. A UENF tem muito a contribuir. Teremos visitas às unidades produtivas da UENF, como Aquicultura, Orquidário etc, e acredito que sejam pontos importantes para a comunidade angolana — disse.
Pela primeira vez na UENF e também no município de Campos dos Goytacazes, o cônsul disse que a parceria entre a UENF e as universidades de seu país pode ajudar na solução de problemas que são comuns aos dois países.
— Foi uma manhã intensa, de muita informação e de excelente qualidade. As universidades têm esse papel, o de procurar resolver os problemas, trazer soluções. E é isso que estamos procurando, estabelecer essa relação entre a universidade de Campos e as nossas universidades. Somos países irmãos e queremos trabalhar juntos — disse.
Mateus lembrou que existe um acordo de cooperação econômica e técnica entre o Brasil e Angola, ressaltando a importância de aprofundá-lo para resolver os problemas comuns aos dois países.
— Nós temos mais de 17 universidades em Angola, entre públicas e privadas. A mais antiga delas é a Universidade Agostinho Neto, que é pública. Agora, não temos nenhuma praticamente que trabalhe com os aspectos que foram tratados aqui hoje. É por isso que estamos aqui. Queremos muito essa parceria, que já deveria ter se iniciado faz tempo — afirmou.
(Jornalista: Fúlvia D’Alessandri – Fotos: Cassiane Falcão – ASCOM/UENF)
