Corrida da UENF fecha com chave de ouro programação de aniversário da UENF

A programação pelo aniversário de 29 anos da UENF se encerrou neste domingo, 21/08/22, pela manhã, com algo inédito na história da Universidade: a realização da primeira Corrida da UENF. Participaram da disputa cerca de 300 corredores, entre alunos, professores e técnicos da UENF, além de membros da comunidade externa. Todos tiveram que percorrer um percurso de 6km, dentro do campus universitário.

As cinco primeiras colocadas na competição feminina foram: Kize Oliveira (1º lugar), Rosalina Soares de Souza (2º), Rosimara Barboza Bispo (3º), Edileia Viana da Silva (4º) e Mônica Pinheiro Freitas Ribeiro (5º). Já os campeões masculinos foram: Fabiano Figueiredo Conceição (1º), Alan Ribeiro Alves Martins (2º), Rômulo Igor Azevedo dos Santos (3º), Humberto Tadeu Rodrigues Chaves Santanna (4º) e Nathan Willemen Santos (5º).

Segundo o gerente de Comunicação da UENF, Vitor Sendra, organizador do evento, a ideia é que a corrida passe a fazer parte do calendário oficial da Universidade. “A ideia é fazer um circuito da Universidade, com três corridas por ano: uma no início do ano, outra no aniversário, em agosto, e outra no final”, disse.

O diretor da Secretaria Acadêmica da UENF, Gustavo Luna Louvem, técnico da UENF há 19 anos, foi um dos participantes. Ele disse que a corrida entrou na sua vida através do judô. “Eu utilizava a corrida como complemento do judô antigamente. Aí parei de treinar judô e, de uns tempos para cá, voltei a correr como lazer. Quando soube da corrida da UENF, achei legal participar. Achei a iniciativa boa e espero que continue. Aliás, gostaria de ver outros eventos esportivos dentro da Universidade”, afirmou.

Outro que acordou cedo para correr na UENF foi o paulista Paulo Silva de Albuquerque, de 41 anos, que trabalha como supervisor de manutenção no Porto do Açu. Paulo, que levou a esposa e o filho pequeno para a corrida, contou que começou a correr depois que fez uma cirurgia bariátrica, há um ano e nove meses. “Desde então peguei o gosto pela corrida. Corro todos os dias de oito a 14 quilômetros. A gente vê poucas iniciativas como esta em Campos; tem que ter mais. Achei muito boa iniciativa da UENF”, disse.

A aposentada Margarida Mendonça Barreto, de 58 anos, que corre desde os 24 anos de idade, também elogiou a iniciativa. “Faço parte do grupo Amigos dos Corredores de Campos, e de vez em quando a gente vem aqui na UENF fazer treinamento. Achei a iniciativa excelente, pois é importante incentivar as pessoas a praticarem esporte”, disse.

A jornalista Girlane Rodrigues, de 39 anos, que também participou da corrida, disse que o esporte trouxe muitos benefícios para a sua vida. “Comecei a correr quando passei a apresentar um programa de esportes na TV. Eu comecei a cobrir e me senti desafiada. Nesse período já participei de várias provas, não só em Campos, mas também no Rio e São Paulo. Comecei do zero, e hoje sinto que a corrida melhorou minha disposição física, disciplina, alimentação e a manter hábitos saudáveis”, contou.

A Corrida da UENF também inscreveu pessoas com deficiência (PCD). Foram cinco corredores PCD inscritos na prova. Entre eles, estava Nina Sarmet Moreira, de 36 anos, que tem baixa visão e correu acompanhada da guia Valquíria Costa. Corredora desde 2018, Nina disse que a prova da UENF foi a primeira da qual participou nesta condição. Ela se sentiu mais segura, uma vez que na prova comum há sempre o risco de não enxergar quebra-molas, tachões e buracos, entre outros obstáculos.

Valquíria Costa e Nina Sarmet Moreira

“Achei muito importante a UENF ter esta iniciativa, porque isto incentiva as pessoas. Muitos deficientes acham que não podem correr, mas podem sim. Para mim, foi uma corrida totalmente diferente. Vim muito mais segura pra cá, pois sabia que ía correr com guia. Em nenhum outro lugar que corri foi tão legal quanto aqui”, disse.

Deficiente físico há cerca de cinco anos devido a um acidente de moto, Félix Murilo de Oliveira, de 35 anos, disse que a Corrida da UENF foi sua primeira prova com inclusão de PCD. Ele correu ao lado de Matheus Joaquim Rosa. “Queria agradecer à UENF por fazer essa inclusão. É a primeira vez que vejo isso na cidade. Estou muito feliz pela UENF ter me recebido, assim como toda a nossa equipe que tem pessoal PCD”, disse.

Matheus Joaquim Rosa e Félix Murilo de Oliveira

A primeira colocada na prova feminina, Kize Oliveira, também elogiou a iniciativa: “Este espaço é muito gostoso para este tipo de evento. Acho que precisamos ter mais eventos como este, principalmente por ter sido o primeiro com acessibilidade. É outra energia. O evento tem um outro sentido. Eu gostaria que os próximos incluam cada vez mais”, afirmou.

Kize Oliveira

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