
Aberta na tarde de ontem, 13/10/25, a XVII Mostra de Extensão da UENF, IFF, UFF e IX da UFRRJ promete movimentar o Centro de Convenções Oscar Niemeyer, no campus da UENF, até esta quinta-feira, 16/10/25, com apresentações orais e de poster, rodas de conversa, palestras e apresentações culturais.
A cerimônia de abertura, realizada no anfiteatro principal do Centro de Convenções, teve a participação de representantes das quatro instituições de ensino participantes do evento. O evento foi aberto com uma apresentação do Coral da UENF, formado por servidores e alunos e regido pela maestrina Érica Pontes.
— É uma grande satisfação estar aqui nessa cerimônia que marca a abertura da nossa XVII Mostra de Extensão, que já é uma tradição porque reúne quatro instituições extremamente relevantes que têm feito um trabalho no estado do Rio de Janeiro de uma forma inegável para a defesa da ciência, da educação pública de qualidade e do acesso ao ensino superior — disse a reitora da UENF, Rosana Rodrigues.

Rosana afirmou que o evento simboliza o encontro entre o saber acadêmico e a sociedade, entre a pesquisa, a criatividade e o compromisso com o bem comum. Ela informou ainda que a UENF vive um período de transição de seu perfil educacional, que até então era exclusivamente de nível superior, e agora está abarcando também o ensino básico.
— Nossa primeira ação nesse sentido está sendo a incorporação do Colégio Agrícola Antônio Sarlo, que passará a ser gerenciado, administrado pela filosofia e pelos métodos preconizados pela UENF. A partir de 2026, a escola agrícola pertencerá aos quadros da UENF e ao campo de ação da UENF. Eu entendo que isso é um passo muito importante também para a democratização e valorização do ensino público estadual do Norte e Noroeste Fluminense. Espero em 2026 estar aqui também trazendo os trabalhos realizados pelos estudantes do ensino técnico da escola agrícola Antônio Sarlo — disse a reitora.
Durante a palestra de abertura, a professora Eliane Teixeira Mársico, do Departamento de Tecnologia de Alimentos da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal Fluminense (UFF), apresentou o projeto “Do resíduo ao recurso: estratégias circulares de valorização total em sistemas de criação de tilápia e camarão em Maricá, como modelo para os ODS da Agenda 2030”, que já está em fase final e apresenta ótimos resultados.

Ela explicou que o projeto, desenvolvido em parceria com a Prefeitura de Maricá, busca a sustentabilidade na área de piscicultura, mais especificamente no cultivo de tilápia e camarão.
— Não sei se todos têm ideia, mas esta é a indústria que mais produz resíduo. E é muito difícil a gente lidar com a quantidade de resíduo, fazer com que o ambiente seja poupado e que a população também seja poupada de tantos problemas decorrentes desses resíduos. Que nós possamos de fato acreditar que o peixe é uma das mais nobres fontes de proteína. Esse projeto foi montado para que a gente possa entender que é do espaço da universidade que muitas vezes saem as respostas. Tem como fazer as coisas acontecerem, mas o resto cabe ao poder público, ou seja, fazer com que todas as respostas sejam aplicadas — disse.
A professora afirmou que, no que se refere à agenda 2030, que reúne objetivos de desenvolvimento sustentável, quem está fomentando a implementação das ODS são as universidades. Segundo ela, as universidades é que trazem as respostas para cada um desses objetivos de desenvolvimento sustentável.
A XVII Mostra de Extensão da UENF, IFF, UFF e IX da UFRRJ tem como tema central “Planeta Água — A cultura oceânica para enfrentar as mudanças climáticas no meu território”, mesmo tema da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2025. A Mostra está reunindo 1.600 trabalhos e 340 projetos de extensão das quatro instituições.
Veja a programação completa no site do evento AQUI.

