Apresentação da Orquestrando a Vida encerra 8ª Semana do Servidor da UENF

A 8ª Semana do Servidor da UENF encerrou ontem à tarde (31/10/24) em grande estilo, com a apresentação da Orquestrando a Vida, seguida de coquetel entre os servidores no Centro de Convenções. A última palestra do evento foi ministrada pelo especialista em Negócios de Impacto e Desenvolvimento Territorial, Júlio Lêdo.

A 8ª Semana do Servidor da UENF teve início na quarta-feira, 30/10/24, com o tema central “Construindo Laços e Revelando Talentos”. Paralelamente à exposição, foi realizada a 7ª Expo Servidor no hall do Centro de Convenções. Em sua palestra, na parte da tarde, Júlio Lêdo abordou o tema “A próxima revolução do trabalho será a do afeto”.

— A gente vive um mundo muito carente de afeto, de atenção, de respeito. Um mundo muito distanciado do mundo real. A gente vive uma ficção, uma ilusão que está nos adoecendo, nos empobrecendo, nos isolando e nos tirando de uma coisa magnífica que é o convívio com as outras pessoas. Grandes estudiosos no mundo vêm dizendo isso, e eu venho trabalhando nessa revolução do afeto há mais de vinte anos — disse.

Ele disse que atua há 26 anos com comunidade solidária. Engenheiro formado, abandonou a profissão para “conhecer o mundo real”. Hoje tem uma empresa, segundo afirmou, que “vai muito além do lucro”, compartilhando saberes e criando pontes entre mundos distantes.

— A gente dialoga com doutores de universidades, com CEOs de grandes corporações a nível mundial, mas a gente dialoga também com pessoas na comunidade. Pessoas que estão totalmente invisíveis, e a gente pensa como unir esses dois mundos em prol de uma transformação muito mais justa — disse.

Ele contou que viajou por todo o mundo para conhecer as pessoas em situação de vulnerabilidade. No sertão da Paraíba, conheceu mulheres que faziam bordados para grandes estilistas no Brasil, mas que eram “invisíveis”. Elas nunca tinham usado uma peça sequer daquelas que faziam.

— Perguntei o porquê e disseram que isso é para mulheres “chiques”. E eu disse que só continuaria meu trabalho no assentamento se elas se vestissem com as roupas e acabamos fazendo um desfile no meio da caatinga. Naquele momento eu presenciei várias mulheres rindo, soltando cabelo e admiradas se olhando no espelho. Pra mim isso é revolução do afeto: mostrar quem está por trás do que a gente usa, do que a gente come, daquilo que a gente consome numa forma geral. Por trás de marcas, griffes, existem pessoas — afirmou.

Segundo contou, foram cinco anos viajando por várias partes do Brasil e do mundo, morando em favelas, áreas rurais, entre indígenas etc. Na Ásia, conheceu a ex-primeira dama do país, Ruth Cardoso, que o convidou para trabalhar no projeto Comunidade Solidária. Criado em 1995, no governo Fernando Henrique Cardoso, o projeto tinha como objetivo eliminar o assistencialismo e o clientelismo por meio da corresponsabilização e cooperação entre Estado e sociedade.

Pela manhã, foi realizada Oficina de Yoga com Roberta Lima, da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários (ProAC) e as palestras “Aposentadoria e Pensão: quer saber mais?” (com Wagner Catalino Camberlin e Lívia Borel Monteiro de Castro) e “Evolução e Transformação” (Paula Alexandrisky).

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