‘Atlas Territórios do Petróleo’ será lançado nesta terça-feira

Será realizado nesta terça-feira, 06/12/22, às 16h, no Auditório Multimídia do Centro de Ciências do Homem da UENF (CCH), o lançamento do “Atlas Territórios do Petróleo”. As atividades para a realização do Atlas foram inseridas na fase II do Projeto de Educação Ambiental Territórios do Petróleo: Royalties e Vigília Cidadã na Bacia de Campos. Iniciado em 2014, o projeto é desenvolvido por meio da gestão compartilhada entre a Petrobras e a UENF como exigência do licenciamento ambiental federal de empreendimentos de petróleo e gás, conduzido pelo Ibama. 

Construído com os 10 Núcleos de Vigília Cidadã (NVCs) que integram o projeto, o Atlas busca uma representação do espaço para além das publicações oficiais. A ideia é mostrar a realidade de cada município a partir das percepções dos próprios moradores que participaram das atividades como membros dos NVCs, que estão distribuídos nos 10 municípios abrangidos pelo projeto: Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Carapebus, Casimiro de Abreu, Macaé, Quissamã, Rio das Ostras e São João da Barra.  

— O carro-chefe é a Cartografia Social, que traz uma perspectiva mais crítica, típica da educação popular, que é contra-hegemônica, tem uma linguagem mais acessível e parte da realidade dos sujeitos. Ao contrário da cartografia oficial, que é feita de cima para baixo, o objetivo geral da Cartografia Social é dar protagonismo aos sujeitos — explica o geógrafo e professor do CCH Rodrigo Caetano, um dos organizadores do Atlas. 

— Foi um processo de des(re)construção, no qual primeiro orientamos quanto aos fundamentos básicos para que depois eles mesmos pudessem criar suas próprias legendas, terminologias, grafias, enfim, os próprios mapas, partindo do princípio de que as pessoas têm que entender o que elas estão fazendo. As representações são delas, é como elas veem os espaços em que vivem — explica Rodrigo. 

Além da Cartografia Social, o Atlas traz ainda a Cartografia Revessa, o Inventário Participativo e a Cartografia da Palavra. Diversas oficinas foram realizadas no decorrer dos trabalhos, com o intuito de fornecer as condições necessárias para que os próprios integrantes dos Núcleos elaborassem os conteúdos do Atlas, com a mediação de Rodrigo Caetano (Cartografia Social), Simonne Teixeira (Inventário Participativo), Michele Nascimento Weissmann da Silva (Cartografia Revessa) e Paulo Emílio Machado de Azevedo (Cartografia da Palavra). 

— O Atlas dá um panorama sobre como os municípios são impactados por meio da percepção dos sujeitos dos NVCs que participaram dessa construção coletiva e potencializa o controle social na educação ambiental crítica no âmbito do licenciamento ambiental com a participação cidadã — afirma o professor, que integra a equipe de pesquisa do projeto Territórios do Petróleo. 

O projeto Territórios do Petróleo tem a coordenação do professor Marcelo Gantos, do CCH/UENF. 

Em versão digital, o Atlas Território do Petróleo pode ser acessado AQUI

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