Neste sábado, 20 de abril, comemora-se no Brasil o Dia do Disco. Criada em 1978 para homenagear o músico Ataulfo Alves de Souza — falecido em 20 de abril de 1968 —, a data é uma ocasião especial que celebra a cultura musical e a importância do formato de mídia conhecido como disco de vinil. Desde a sua criação, o vinil desempenhou um papel significativo na história da música, moldando a forma como as pessoas ouvem e apreciam suas canções favoritas.

Um bom lugar para apreciar — ou, dependendo da idade, conhecer — os discos de vinil é a Casa de Cultura Villa Maria, da UENF, localizada na Praça do Liceu, centro de Campos dos Goytacazes. A Fonoteca da Casa de Cultura Villa Maria constitui atividade pioneira na cidade, com mais de 30 anos de existência, proporcionando um local específico para pesquisa, através da disponibilidade de mais de 17 mil álbuns em diferentes estilos e gêneros musicais.

Os discos de vinil, também conhecidos como LPs (Long Play), foram introduzidos pela primeira vez na década de 1940 e rapidamente se tornaram o principal meio de distribuição de música. Com o passar dos anos, o vinil conquistou uma legião de fãs dedicados, que apreciam não apenas a qualidade sonora excepcional, mas também a experiência tátil e visual única que os discos oferecem.

— Apesar do surgimento de tecnologias digitais e streaming de música, o vinil experimentou um ressurgimento impressionante nas últimas décadas. Muitos aficionados pela música redescobriram o prazer de colecionar e ouvir discos de vinil, contribuindo para um renascimento da indústria fonográfica analógica — afirma o responsável pela Fonoteca da Villa Maria, Alexandre Silva Red.

Além de sua qualidade sonora distintiva, os discos de vinil também são apreciados por sua arte de capa elaborada e colecionável. As capas dos álbuns muitas vezes se tornam parte integrante da experiência musical, refletindo o estilo e a estética da época em que foram produzidas.

— O Dia do Disco é uma oportunidade para celebrar essa rica história musical e reconhecer a influência duradoura que o vinil teve na forma como experimentamos e apreciamos a música. É também uma ocasião para os amantes da música compartilharem sua paixão pelo vinil e desfrutarem da comunidade vibrante que se formou em torno desse formato clássico — diz o diretor de Cultura da UENF, Giovane Nascimento.

Os discos de vinil possibilitaram a gravação de áudios com uma duração mais longa, daí o nome pelo qual os vinis ficaram conhecidos: “Long Play” (LP). O primeiro disco foi gravado em 21 de junho de 1948, nos Estados Unidos. Chamava-se “Mendelssohn’s Concerto In E Minor”, tocado pelo violinista Nathan Milstein. No Brasil, o primeiro disco de vinil foi produzido em 1951, trazendo marchinhas de Carnaval: “Carnaval em Long-Playing”.

Tendo composto mais de 300 canções, Ataulfo Alves de Souza — cuja data da morte foi a escolhida para o Dia do Disco — é considerado uma das maiores musicografias da música popular brasileira. No acervo da Fonoteca, há 23 álbuns de Ataulfo de Souza, dentre discos de vinil e CDs.

As audições de músicas podem ser reservadas através do email fonoteca@uenf.br