Mais 113 alunos colam grau em cerimônia histórica na UENF

Colação de Grau, realizada no Centro de Convenções, teve primeira aluna formada no curso de Engenharia Meteorológica da UENF, pioneiro no Brasil

A formatura da primeira aluna do curso de Engenharia Meteorológica da UENF — pioneiro no Brasil — tornou a cerimônia de Colação de Grau realizada na noite de ontem, 20/02/25, um evento histórico. Larissa Mercadante Góes Portella foi um dos 113 alunos a colarem grau durante a cerimônia realizada no Centro de Convenções Oscar Niemeyer.

Dividida em dois dias, a Colação de Grau desta quinta-feira foi dedicada aos formandos dos Centros de Biociências e Biotecnologia (CBB) e de Ciência e Tecnologia (CCT). Na noite da última quarta, colaram grau os formandos dos Centros de Ciências do Homem (CCH) e de Ciências e Tecnologias Agropecuárias (CCTA).

A reitora Rosana Rodrigues ressaltou o compromisso da UENF com a inovação e o futuro, lembrando que, além do curso de Engenharia Meteorológica, a UENF também foi pioneira na criação do curso de Engenharia de Exploração e Produção de Petróleo no Brasil.

Reitora da UENF, Rosana Rodrigues

— Nessa Universidade nasceu o primeiro curso do Brasil em Engenharia de Exploração e Produção de Petróleo, que vem formando tantos profissionais importante para o país. Temos certeza de que o curso de Engenharia Meteorológica será também um diferencial na história da UENF e no desenvolvimento do nosso estado e do país — disse.

A mesa solene foi composta, além da reitora, pelo vice-reitor, professor Fábio Lopes Olivares; pelo pró-reitor de Graduação, professor Juraci Aparecido Sampaio; e pelas diretoras do CBB, professora Marina Suzuki; e do CCT, professora Marcia Giardinieri de Azevedo.

Também participaram os professores coordenadores dos cursos: Ana Beatriz Garcia (Ciências Biológicas), Jorge Hudson Petretski (Licenciatura em Ciências Biológicas), Olga Lima Tavares Machado (Licenciatura em Ciências Biológicas EaD), Ausberto Silveira Castro Vera (Ciência da Computação); Rancés Castilho Lara (Engenharia Civil); Marco Ceia (Engenharia de Exploração e Produção de Petróleo); Alessandra Agna Araújo dos Santos (Engenharia Metalúrgica e de Materiais); Nivaldo Silveira Ferreira (Engenharia Meterorológica); Sebastião Décio Coimbra de Souza (Engenharia de Produção); Leonardo Mota de Oliveira (Licenciatura em Física);  Oscar Alfredo Paz La Torre (Licenciatura em Matemática); Jefferson Rodrigues de Souza (Licenciatura em Química); e Victor Gomes Lima Ferraz (Licenciatura em Química EaD).

Como paraninfos, estiveram presentes os professores João Luiz de Almeida Filho (Ciência da Computação); Marina Suzuki (Ciências Biológicas); Dilmar Penteado Dias (Engenharia Civil); Marco Ceia (Engenharia de Exploração e Produção de Petróleo); Lioudmila Aleksandrovna Matlakhova (Engenharia Metalúrgica e de Materiais); Maria Gertrudes Justi (Engenharia Meteorológica); Jaqueline Magalhães Rangel Cortes Barbirato (Engenharia de Produção); Rigoberto Gregório Sanabria Castro (Licenciatura em Matemática) e Jefferson Rodrigues de Souza (Licenciatura em Química).

Representando os alunos do CBB, a formanda Ingrid Teixeira de Freitas fez um discurso cheio de emoção, no qual enalteceu a figura do biólogo.

— O biólogo é alguém que nunca deixou de se maravilhar com o mundo. É como uma criança que nunca se perdeu, ou melhor, guardou com carinho aquele pedaço de curiosidade que faz os olhos brilharem diante de uma folha caindo, um inseto raro, um fenômeno microscópico ou uma grande descoberta científica. Ser biólogo é carregar essa faísca de fascínio  e transformá-la em conhecimento, preservação e mudança. Enquanto muitos veem apenas uma paisagem, os biólogos veem histórias, conexões e vida pulsando em cada detalhe — disse.

Já a formanda Ana Jardim Ramos, representando os alunos do CCT, destacou o compromisso dos profissionais das áreas tecnológicas com a transformação da sociedade.

— Ao longo desse caminho descobrimos que a ciência é uma aventura intelectual. Um convite à curiosidade, à transformação. E nós abraçamos essa aventura com entusiasmo, mergulhamos nas mais  diversas áreas do saber. Cada um de nós trilhou um caminho único mas  todos nós levamos  conosco o rigor da lógica, a beleza das descobertas e o compromisso com a transformação da sociedade — disse.

A diretora do CBB, professora Marina Suzuki, cobrou dos formandos dois deveres: defenderem as universidades públicas e ajudarem na preservação do planeta.

— Vocês acessaram ferramentas e conhecimentos através das diversas disciplinas que tiveram, então, onde quer que venham a atuar, devem ter em mente que o planeta não aguenta mais a  atual velocidade de exploração de recursos. Precisamos de uma cultura de desenvolvimento sustentável — afirmou.

A diretora do CCT, professora Márcia Guardinieri, disse que a UENF, desde sua implantação, busca cumprir sua missão de educar, qualificar pessoas para serem cidadãos críticos, responsáveis e capazes de atuar na transformação da sociedade.

— Esperamos que todos vocês  sintam orgulho por terem escolhido a UENF, uma instituição que, muito além de ensino, pesquisa, extensão e inovação, trabalha com sonhos, conquistas e desafios. Uma universidade com padrão de excelência em ensino superior no cenário nacional da educação — afirmou.

A professora Maria Gertrudes Justi, que atuou na criação do curso de Engenharia Meteorológica, agradeceu aos colegiados e reitores da UENF que possibilitaram a implementação do curso, chegando agora à formatura de sua primeira aluna. Iniciado na modalidade bimodal — com o ciclo básico realizado através do Consórcio Cederj —, o curso passará para a modalidade presencial a partir deste ano.

— A ideia, ao criarmos o curso, era formar um profissional que, além de contribuir com o desenvolvimento da área meteorológica, pudesse trabalhar firmemente na solução dos problemas que se relacionam a outras atividades, ajudando na criação de soluções para a agricultura, produção de energia, recursos hídricos, ou seja, em todas as áreas onde o tempo e o clima causam impactos. Um profissional do presente mirando as necessidades de desenvolvimento do futuro — disse.

A reitora Rosana Rodrigues disse que o conhecimento não é apenas uma teoria, mas uma ferramenta de transformação. Ela frisou que o progresso requer equilíbrio, responsabilidade e visão.

— O verdadeiro profissional não se define apenas pelo que ele sabe mas pelo que ele faz com esse conhecimento. Ética, empatia e compromisso são tão essenciais quanto qualquer habilidade técnica. O mundo que vivemos hoje precisa de líderes  que saibam trabalhar com inteligência e humanidade, que transformem dificuldades em oportunidades e que inspirem mudanças positivas na sociedade — afirmou a reitora.

(Jornalista: Fúlvia D’Alessandri / Fotos: Cassiane Falcão – ASCOM UENF)

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