
Ao participar da mesa-redonda “Pesquisas em Recursos Hídricos X Demandas Regionais: uma Integração para Sustentabilidade”, realizada na manhã desta sexta-feira, 11/07/25, na UENF, o diretor executivo da concessionária Águas do Paraíba, Giuliano Tinoco, disse que o município de Campos dos Goytacazes ocupa uma posição de destaque no cenário nacional na área de saneamento.
A mesa-redonda fez parte da programação do último dia do XVII Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica (CONFICT) e X Congresso Fluminense de Pós-Graduação (CONPG), iniciado segunda-feira.
Segundo afirmou, o município de Campos já está perto de atingir o que determina o marco legal do saneamento para o ano de 2033, lançado em 2020. Isso porque o município tem 99% de atendimento em água e 96% de atendimento em esgoto coletado. Em 99, o abastecimento de água era de de 50%, o esgoto coletado era de 30%, e o esgoto tratado era zero. Hoje o município de Campos ocupa o 4º lugar no Estado do Rio em termos de saneamento básico.
— Qual a importância da universalização do saneamento? Minimamente a gente pode citar a redução de custos com saúde, aumento de produtividade, valorização imobiliária, aumento da atividade turística, redução da desigualdade de renda, aumento do desempenho escolar etc — disse, informando que o município possui hoje 34 Estações de Tratamento (ETAs), entre captamento, tratamento e distribuição, atendendo 102 localidades.
Mediada pelo diretor do Polo de Inovação do IFFluminense, professor Vicente de Paula Oliveira, a mesa-redonda teve ainda a participação do doutor em Ciência Animal pela UENF, João Gomes Siqueira, representante da UENF no Comitê Hidrográfico do Baixo Paraíba do Sul e Itabapoana, que falou sobre o funcionamento do órgão. Segundo ele, o Comitê faz o monitoramento diário das águas das lagoas e do Rio Paraíba.

— Temos mais de 10 grupo de trabalho que discutem a gestão das águas. A temática de hoje tem tudo a ver conosco. Temos um espaço na universidade para atendimento: a sala de monitoramento e gestão de águas — disse.
Segundo João. o projeto começou em 2016, com a compra de equipamentos de medição de qualidade de água, entre outros, além de parceria com a Prefeitura de Campos dos Goytacazes para a criação da sala de monitoramento, com o intuito de estudar e definir o balanço hídrico do delta do Paraíba do Sul e seus afluentes. Uma das ações da sala de monitoramento é o atendimento aos pesquisadores, técnicos e alunos de toda a região
A mesa-redonda teve ainda a participação de Leonardo Bernardo Campaneli da Silva (biólogo do Instituto Estadual do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro (Inea) e professor do Doutorado Profissional em Modelagem e Tecnologia para Meio Ambiente aplicado a Recursos Hídricos do IFFluminense) e Zenilson Amaral (presidente do Comitê do Baixo Paraíba do Sul, membro titular do Conselho Estadual de Recursos Hídricos-RJ).
(Jornalista: Fúlvia D’Alessandri – Fotos: Cassiane Falcão – ASCOM/UENF)