PEA Pescarte realiza II Simpósio de Linguagens e Letramentos na UENF

Nos dias 25 e 26/09/24, o Projeto de Educação Ambiental Pescarte (PEA Pescarte) vai realizar o II Simpósio de Linguagens e Letramentos: saberes empíricos da pesca artesanal, no Anfiteatro IV do Centro de Convenções da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF). O evento é direcionado aos integrantes da cadeia da pesca dos 10 municípios da área de atuação do Pescarte e tem o objetivo promover a reflexão e a discussão crítica dos saberes práticos sobre a pesca artesanal. 

Serão discutidos temas como usos linguísticos de comunidades pesqueiras, os desafios de ser mulher na atividade pesqueira artesanal e práticas culinárias como patrimônio sociocultural. O evento vai acontecer de forma híbrida, presencialmente para os integrantes da cadeia produtiva da pesca e equipe técnica, e online para os demais participantes, com transmissão pelo canal do PEA Pescarte no YouTube. Acesse aqui a programação e faça sua inscrição.

Junto aos Núcleos Estruturante da Pesquisa, Pedagógico e Administrativo, o professor e pesquisador Sérgio Arruda coordena a organização do evento. Ele destaca a importância da atividade para os pescadores e pescadoras.

“O Simpósio busca inserir os participantes na discussão a partir de suas experiências de toda a vida. A importância desta atividade reside no fato de que cabe às comunidades de pescadores todas as iniciativas de manutenção e defesa de suas práticas em todos os campos, daí a necessidade de ordenar e valorizar os saberes para manter a pesca artesanal assegurada em bases sólidas frente às dificuldades, mas também às oportunidades”, completou.

Sérgio destaca o Simpósio como instrumento para o fortalecimento da organização comunitária, um dos pilares do Projeto.

— O fortalecimento da organização comunitária e a entrada e permanência dos membros das comunidades pesqueiras artesanais nos espaços de decisão passa pelo fortalecimento das identidades e oralidade. Isso demonstra que não há falar correto, mas diferentes falares, e que reconhecer o lugar de fala é fundamental para avançar nas lutas por justiça ambiental e na gestão democrática dos territórios — reiterou.

Gisele Braga, supervisora do Núcleo Estruturante da Pesquisa (NEP), reitera que o Simpósio é destinado exclusivamente às comunidades tradicionais da pesca artesanal.

— Os pescadores e pescadoras vão participar ativamente das discussões com protagonismo, algo inédito em eventos acadêmicos. A atividade reafirma o PEA Pescarte na vanguarda da produção de conhecimento, demonstra o sucesso da metodologia participativa Freiriana e da pesquisa ação no fortalecimento da autonomia dos educandos e no reconhecimento e difusão de seus conhecimentos — completou.

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