Publicação marca o Mês de Conscientização e Combate ao Abandono de Animais

Embora seja considerado crime — conforme a Lei Federal nº nº 14.064/2020 — o abandono de animais ainda é um problema social e de saúde pública. Com penas que podem chegar a cinco anos de detenção, o crime de abandono também abrange situações em que o animal é mantido preso, sem alimentação adequada, água fresca, abrigo seguro e cuidados veterinários. A campanha nacional Dezembro Verde tem por objetivo promover a educação, conscientização e responsabilidade compartilhada entre os responsáveis pelos animais, instituições públicas e a sociedade civil.
Para marcar a data, o Hospital Veterinário da UENF lançou a Cartilha “Dezembro Verde”, que traz informações importantes sobre o tema. A cartilha tem a autoria da professora Rosemary Bastos, docente das disciplinas de Fisiologia e Bem-estar Animal na UENF e especialista em Direito Animal.
Clique AQUI para ter acesso à Cartilha Dezembro Verde.
— É importante frisar que abandono não é solução e sim um agravamento da saúde pública, levando as pessoas a sofrerem riscos desnecessários e sobrecarregando o sistema de saúde público — diz a diretora do Hospital Veterinário da UENF, professora Helena Hokamura.
De acordo com ela, infelizmente muitas pessoas ainda acreditam que o campus universitário é um local para abandono de animais.
— Apesar de termos animais comunitários, isso não significa que a Universidade venha a se transformar em campo de abandono. Animais que não são do campus, se forem abandonados aqui, serão encaminhados ao CCZ. Esse é o regramento legal — diz.
O abandono pode causar problemas sérios à população. Helena observa que, se uma pessoa for mordida ou atacada por um animal de rua, é preciso lavar muito bem o local com água limpa e sabão e procurar o pronto socorro mais próximo para as providências necessárias.
— Caso o animal seja de origem desconhecida, a pessoa deverá ser submetida a tratamento preventivo da raiva. Caso o animal seja conhecido e tenha um responsável legal, deverá ser checado o estado vacinal. Se as vacinas estiverem em dia, o animal deverá ficar em observação, domiciliado por 10-15 dias, para averiguação de não alteração comportamental. E se o cão que provocou o acidente vier a óbito nesse meio tempo, o CCZ deverá ser notificado para as providências cabíveis — explica.



