Fórum na UENF debate retirada da vacina contra febre aftosa no estado do Rio de Janeiro 

Um dos temas debatidos durante o VI Fórum Estadual de Vigilância Sanitária para a Febre Aftosa, realizado na UENF na última quinta-feira, 10/11/22, foi “Impactos econômicos com a retirada da vacinação da febre aftosa”. O coordenador de Defesa Sanitária da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro, Maurício César Gomes, disse que o plano não é só nacional, mas de toda a América do Sul. A meta é retirar a vacina em maio de 2024.

— Devido ao processo para retirar a vacinação, vamos ter de criar e manter condições sustentáveis para o fortalecimento do sistema de vigilância com um georreferenciamento de no mínimo 70 por cento das propriedades, segundo auditoria do Ministério da Agricultura, para proteger o país e a doença não aparecer novamente — afirmou.

O médico veterinário Virgínio Pereira da Silva Júnior, também da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro, informou que, nos últimos anos, tem sido possível manter o índice de vacinação em mais de 90%, embora o ideal seja 100%.

Ao abordar o tema “A importância do fundo emergencial para a saúde animal e para a pecuária”, o presidente do Fundo Emergencial de Promoção da Saúde Animal do Estado do Espírito Santo (Fepsa), Neuzedino Alves de Assis disse que o fundo é um desafio muito grande para todos os estados brasileiros.

— Goiás é o único estado que tem um fundo totalmente privado. A maior parte dos fundos tem ligação com órgãos públicos. O Fundo do Estado do Espírito Santo foi fundado em 1998 — informou.

O Fundo do Rio de Janeiro, fundado em 2021 e presidido por Maurício Salles, segundo o seu presidente, quer capitalizar recursos para dar suporte aos produtores rurais. Ele informou que um projeto na Assembleia Legislativa do Estado do Rio e Janeiro (Alerj) prevê que os valores para o fundo voltem a estar de acordo com a Unidade Fiscal de Referência (UFIR-RJ). Segundo informou, a taxa de recolhimento vai ser automática do fundo público para o fundo privado. O produtor terá esta opção.

— A Indonésia tem uma demanda grande por carne. A nossa demanda interna, de consumo doméstico no Brasil, diminuiu 16%. Quem paga o maior valor à carne brasileira é a Europa, depois a China, que corresponde a 67 por cento das nossas exportações. Mas o Japão é um mercado em potencial, que tem como grande exportador os Estados Unidos. Daí a importância da qualidade da carne bovina para consumo de proteína. Queremos trocar a vacinação para a vigilância passiva para reduzir custos e nos fortalecer no mercado — disse o superintendente de Relações Institucionais da Federação de Agronomia do Estado de Minas Gerais (Faemg), Altino Rodrigues Netto.

A chefe do Serviço de Insumos Pecuários e de Saúde Animal da Superintendência Federal de Agricultura do Ministério da Agricultura do Governo Federal (MAPA), Ludimila Gaspar, disse que a doença está erradicada no Brasil.

— Resta-nos agora a vigilância, como no caso das exportações da América do Sul. Temos de ter controle — disse.

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