UENF sedia nesta segunda reunião do Friperj e Cidennf

Durante a reunião, será assinado um acordo de cooperação técnica e plano de trabalho para políticas relacionadas ao uso do solo no setor agrícola Norte Noroeste Fluminense

A UENF sedia nesta segunda-feira, 14/04/25, uma reunião do Fórum de Reitores das Instituições Públicas de Ensino do Estado do Rio de Janeiro (Friperj) e do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento do Norte e Noroeste Fluminense (Cidennf), com o objetivo de efetivar a assinatura de um acordo de cooperação técnica e um plano de trabalho para políticas relacionadas ao uso do solo no setor agrícola Norte e Noroeste Fluminense. A reunião será realizada a partir das 14h, no Centro de Convenções Oscar Niemeyer.

A mesa de debates será composta pela reitora da UENF, Rosana Rodrigues; o reitor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Roberto Rodrigues; o prefeito de Italva e presidente do Cidennf, Léo Pelanca; o reitor do Instituto Federal Fluminense de Educação, Ciência e Tecnologia (IFFluminense), Victor Saraiva; o superintendente Federal do Desenvolvimento Agrário do Rio de Janeiro, Victor Tinoco; e o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Flavio Ferreira.

O acordo tem duração de cinco anos e visa à realização de atividades acadêmicas nas áreas de ensino, pesquisa, extensão, inovação, artes e cultura, que contribuam para o desenvolvimento das regiões do Norte e Noroeste Fluminense e para o fortalecimento das instituições de ensino superior do Estado do Rio de Janeiro. As partes deverão elaborar, em conjunto, um plano de trabalho detalhado, com definição de atividades, cronograma, recursos necessários e responsáveis.

Com isso, um dos objetivos é a retomada dos serviços no laboratório de análises químicas e físicas do campus regional da Universidade Federal Rural (UFRRJ), com ênfase na formação de profissionais por meio de estágios e bolsas de estudo ofertadas a estudantes do IFF, da UENF e da Escola Agrícola Antonio Sarlo, e na assistência técnica a pequenas propriedades agrícolas, com a colaboração do programa de residência em agronomia da UENF.

Ressaltando a importância da colaboração Friperj-Cidennf no fortalecimento da pesquisa e inovação — com a oferta de soluções práticas e acessíveis aos desafios enfrentados pelas comunidades locais —, a reitora da UENF disse que a o laboratório de análise de solos da UFRRJ atenderá aos pequenos produtores rurais dos municípios que aderirem ao programa.

— Será um avanço significativo. As análises de solo, que são uma demanda constante dos gestores públicos municipais, irão proporcionar aos produtores informações essenciais para otimizar o uso da terra, aumentar a produtividade e garantir práticas agrícolas sustentáveis. Essa iniciativa não só promove a inclusão de pequenos produtores nas ações conjuntas do Friperj, mas também contribui diretamente para o crescimento econômico e social da região, criando uma base sólida para o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida local. Com o apoio de todos os parceiros envolvidos, estamos construindo um futuro mais próspero e promissor para as comunidades do Norte e Noroeste Fluminense — afirmou Rosana.

— Os municípios do Cidennf estão em regiões onde a Agricultura ocupa uma fatia grande no desenvolvimento econômico. Muitas famílias vivem dessa atividade, o que ressalta a importância dessa parceria com as universidades. Vamos trabalhar no apoio aos agricultores e também na formação de novos profissionais para atuar no setor — disse Léo Pelanca, presidente do Cidennf.

O coordenador do Friperj, Mauro Osório — professor titular da UFRJ — disse que a ideia é unir esforços para a melhoria da produção agrícola regional. De forma inédita na história do Estado, prefeituras e instituições de ensino superior passarão a atuar conjuntamente nesse sentido a partir de agora.

Ele lembrou que o Friperj foi criado em 2022, congregando todas as universidades e demais instituições de ensino superior públicas do Estado do Rio de Janeiro, com o objetivo não só de defender os interesses destas instituições, como também fomentar reflexões sobre as principais questões regionais, envolvendo poder público e sociedade. Segundo ele, o Estado do Rio não possui uma tradição de reflexão sobre os problemas regionais.

— O Estado do Rio tem indicadores muito ruins. Além de ser o Estado brasileiro em que a economia menos cresceu, tem a maior taxa de mortalidade materna do país. Quando eu me formei só havia instituição de ensino superior pública perto da capital, mas hoje, dos 92 municípios do Estado, 60 têm unidades no interior do Estado. Então, a ideia é pegar essa capilaridade e colocar para pensar e construir uma agenda para melhoria do Estado, através de várias iniciativas, e esta é uma delas — afirma.

(Jornalista: Fúlvia D’Alessandri – ASCOM/UENF)

NOTÍCIAS

EDITAIS