A doutoranda da UENF Maria Eduarda Ribeiro, 28 anos, recebeu o prêmio de melhor trabalho no Simpósio Europeu de Biopolímeros, realizado no mês de setembro, na República Tcheca, Europa. Única representante da América do Sul, Maria Eduarda defendeu o tema “Scaffolds porosos de PHBHV, nanohidroxiapatita e fulereno: Fácil processamento por impressão 3D e potencial aplicação na Engenharia Tecidual Óssea”.
A estudante é graduada em Engenharia Metalúrgica e de Materiais e mestre em Engenharia e Ciência dos Materiais pela UENF, com foco na área de polímeros e nanocompósitos. Atualmente, ela está na etapa final do doutorado na UENF, sendo orientada pelo professor Rubén Sánchez, do Programa de Pós-graduação em Engenharia e Ciência dos Materiais (PPGECM), no Centro de Ciência e Tecnologia (CCT). Com uma bolsa sanduíche, ela teve a oportunidade de realizar parte das suas análises e experimentos na Universidade de Alberta, no Canadá.
Determinada a alcançar seus objetivos na vida acadêmica, a estudante começou cedo na pesquisa. Na graduação, atuou como bolsista de Iniciação Científica, sendo orientada pelo professor Rubén Sánchez.
— Desde a época do IC, ele investiu todo seu conhecimento e esforço na minha formação. Sempre fui muito insegura em relação a minha capacidade, mas durante a minha graduação e mestrado fui vivendo experiências que me desafiaram e me fizeram crescer pessoal e profissionalmente — declara a estudante.
Maria Eduarda lembra que foi premiada em sua primeira participação oral em congresso.
— Foi no Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica (Confict). Estava com medo e bem nervosa, mas meu orientador foi peça fundamental para que naquele momento eu fizesse um bom trabalho. Aos poucos, com muito estudo, fui construindo uma visão mais sólida do que eu desejo para minha carreira profissional — conta.
O doutorado sanduíche foi mais um desafio enfrentado pela jovem. Ela morou 10 meses no Canadá, período em que pode avançar muito na pesquisa do doutorado e decidiu participar do congresso internacional.
— Foi uma experiência de muita troca, contatos importantes, levando o nome da UENF e do Brasil. Além do prestígio e reconhecimento, a premiação veio em forma de retorno financeiro. Com o dinheiro do prêmio, pude comprar um tablet para me ajudar na pesquisa e leitura de artigos. Reforço com isso a importância de investimento nos nossos pesquisadores. Temos potencial para sermos vistos pelo mundo, enfrentamos dificuldades aqui que muitos países não enfrentam e, mesmo assim, realizamos trabalho de excelência. É preciso investir nas pesquisas e nos pesquisadores, que fazem tudo acontecer — enfatiza a estudante.