Os projetos de extensão do Grupo de Ecologia de Abelhas e Polinização do Laboratório de Ciências Ambientais da UENF (LCA) vêm realizando esta semana uma série de exposições para marcar o Dia Mundial das Abelhas, comemorado em 20 de maio. No dia 21, a exposição foi no CIEP João Borges Barreto, em Ururaí, com a participação do Clube de Sustentabilidade da escola e do Clube de Ciências da Escola Municipal José do Patrocínio, com os quais o projeto trabalha de forma colaborativa, através do Programa Escola Parceira da UENF. Nesta quarta-feira, 22/05/24, foi a vez da comunidade da UENF receber a exposição, realizada na área externa do Restaurante Universitário (RU). E na quinta-feira, 23/05/24, a exposição será na Reserva Caruara, recebendo alunos de São João da Barra.
Segundo a professora Maria Cristina Gaglianone, que coordena o grupo de pesquisa, o Dia Mundial das Abelhas é uma oportunidade para conhecer melhor estes insetos, bem como sensibilizar a população sobre a importância das abelhas para a vida.
— As abelhas silvestres compõem uma riqueza de mais de 20 mil espécies no mundo e 1.800 espécies no Brasil; somente uma delas é conhecida mais amplamente, justamente uma espécie exótica no nosso continente, a abelha africanizada. Nem todas as espécies de abelhas fazem mel, nem todas possuem rainhas, nem todas ferroam. Aliás, a maioria delas tem sua biologia muito distinta de tudo isso. A maioria das espécies é solitária e constrói ninhos no chão ou em pequenas cavidades — diz a professora.
Os projetos de extensão do Grupo de Ecologia de Abelhas e Polinização do Laboratório de Ciências Ambientais (LCA/CBB/UENF) têm como objetivo a divulgação científica sobre a biologia das abelhas e sua importância nos ecossistemas. Segundo Gaglianone, todas as abelhas têm uma grande importância na polinização das plantas nativas e contribuem para a produção de frutos e sementes de 75% das plantas cultivadas como alimento humano.
— Por isso, conservar as populações naturais destes insetos é tão importante, e o primeiro passo para isso é o conhecimento sobre a diversidade e a biologia das abelhas. Os projetos de extensão “Trilha das abelhas” e “Coleções biológicas” levam esse conhecimento para diferentes públicos, na UENF e fora dela, nas escolas, praças e eventos públicos. Através de eventos como exposições, feiras e minicursos, procuramos traduzir para uma linguagem acessível as informações científicas sobre a diversidade de abelhas, sobre a contribuição destes polinizadores na restauração florestal e na produção de alimentos, sobre as ameaças pelas alterações das paisagens e do clima e sobre as técnicas para o manejo e aumento das populações de abelhas — afirma.
Os projetos têm o apoio da Faperj (Programas “Cientista Nosso Estado”, “Apoio à Melhoria das Escolas Públicas” e “Jovens Talentos”), do CNPq (INCT-Polinização), da ProEx-UENF (bolsas de extensão e Universidade Aberta), da ProPPG (bolsas do PIBi-UENF e de pós-doutorado), do Programa de Pós-graduação em Ecologia e Recursos Naturais da UENF (bolsas de mestrandos e doutorandos) e da Prefeitura de Campos (bolsas do Programa Mais Ciência). Fazem parte da equipe estudantes de pré-IC, graduandos, mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos.